Um dos maiores destaques da filmografia de Quentin Tarantino (Pulp Fiction) e da carreira de Uma Thurman (Pulp Fiction), Kill Bill: Volume 1 foi um marco no cinema de ação do século XXI com a história de Beatrix Kiddo, interpretada por Thurman, uma ex-assassina que acorda de um coma de quatro anos decidida a se vingar de Bill (David Carradine), seu ex-noivo e chefe que tenta matá-la no dia do casamento.

Com um show de artes marciais e muita pancadaria, Kill Bill colocou uma mulher no centro da ação com todo o estilo marcante de Tarantino, tornando-se um grande representante do gênero e também da força performática de mulheres no formato.

Já que começamos a lista falando de Kill Bill, nada mais justo do que mencionar um dos filmes que influenciaram a performance de Uma Thurman no filme de Tarantino: Coffy - Em Busca da Vingança. Expoente do blaxploitation, o filme estrelado por Pam Grier (Jackie Brown) marcou os anos 70 com a jornada eletrizante de Coffy, uma enfermeira que decide fazer justiça com as próprias mãos para tentar eliminar chefões do crime responsáveis pela morte da irmã.

Com direção de Jack Hill (Foxy Brown), Coffy: Em Busca de Vingança fez com que Pam Grier se tornasse uma musa do gênero, influenciando uma leva de filmes do formato com mulheres na posição de protagonistas.

Mad Max: Estrada da Fúria revitalizou a franquia Mad Max, grande sucesso do final dos anos 70 e início dos 80, para o público da atualidade com uma mulher como protagonista. Estrelado por Charlize Theron (Atômica), o longa dirigido por George Miller (Mad Max) é ambientado no mesmo universo pós-apocalíptico dos filmes estrelados por Mel Gibson (Máquina Mortífera), mas dessa vez quem vemos no centro da ação é a Imperatriz Furiosa.

Na trama, Furiosa inicia uma guerra mortal para tentar salvar um grupo de garotas, enquanto forma uma aliança com Max (Tom Hardy), um homem que é capturado por um tirano e tenta fugir de seus capangas para sobreviver.

Mais um ótimo filme de ação com protagonismo feminino é Atômica. Com direção de David Leitch (Trem-Bala), o longa acompanha a história de Lorraine (Charlize Theron), uma espiã que é enviada para Berlim durante a Guerra Fria para investigar o assassinato de um oficial e ainda recuperar uma lista com nomes de agentes duplos.

Inspirado na HQ The Coldest City, Atômica conta com o carisma de Charlize Theron, que fez um treinamento intenso para interpretar a espiã no filme, para construir uma história eletrizante e repleta de sequências de tirar o fôlego.

Além de ter marcado o mercado editorial com os livros escritos por Suzanne Collins, a adaptação de Jogos Vorazes mostrou para o público que mulheres também podem estar na linha de frente em filmes de ação. A distopia estrelada por Jennifer Lawrence (Que Horas Eu Te Pego?) foi ainda mais além por colocar no centro uma jovem mulher em uma trama direcionada para o público adolescente, fortalecendo a representatividade nas telonas.

Jogos Vorazes é uma série distópica que conta a história de Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence), uma jovem que, por obra do destino, acaba entrando em uma competição mortal organizada pela Capital de Panem, onde um garoto e uma garota de cada distrito controlado pela região são escolhidos anualmente para participar de um evento televisionado, cujos competidores lutam até a morte até que um deles saia vitorioso.

Com Viola Davis (How to Get Away with Murder) no elenco, A Mulher Rei é mais um filme com protagonismo feminino no gênero de ação. O longa ainda apresenta um diferencial: ser ambientado no ano de 1800 e ser inspirado pela história real de um grupo de guerreiras que possuíam a missão de proteger o reino africano de Dahomey de forças inimigas.

Na trama, Davis interpreta Nanisca, uma general que precisa treinar a próxima geração de guerreiras para tentar vencer uma grande batalha contra um grupo que ameaça a paz do local. Com uma super produção, o filme dirigido por Gina Prince-Bythewood (The Old Guard) reúne cenas de combate grandiosas com mulheres no comando.

Dirigido por Luc Besson (O Profissional), Nikita: Criada Para Matar conquistou o público dos anos 90 com o protagonismo de Anne Parillaud (O Homem da Máscara de Ferro) em um filme de ação repleto de sequências enérgicas e eletrizantes.

Nikita: Criada Para Matar acompanha a jornada da personagem titular, uma mulher que é condenada por matar um policial e que acaba ganhando uma nova chance. Mas há um porém: para conseguir isso, Nikita precisa assumir uma nova identidade e se tornar uma verdadeira máquina assassina, sendo controlada pelo governo em missões especiais.

Uma mistura de ação e comédia, o filme D.E.B.S.:As Super Espiãs também é uma boa pedida para quem procura por uma maior representatividade feminina no gênero. Com direção de Angela Robinson (Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas), o longa acompanha quatro jovens espiãs que são acionadas pelo governo americano para descobrir o paradeiro de uma agente desaparecida após o confronto com uma criminosa. Mas, para isso, elas precisam se infiltrar em uma escola e, assim, descobrir o paradeiro.

Falando sobre espiãs, não dá para não citar As Panteras, filme dirigido por McG (Terminator Salvation) e estrelado por Cameron Diaz (O Amor Não Tira Férias), Drew Barrymore (Como Se Fosse a Primeira Vez) e Lucy Liu (Kill Bill: Volume 1) que marcou os anos 2000 com mulheres no centro da ação.

Na trama, três detetives especialistas em artes marciais usam uma série de disfarces para resgatar um futuro bilionário, enquanto tentam impedir que um software secreto criado por ele caia nas mãos erradas.

Comandado pelo diretor Tom Tykwer (Perfume: A História de um Assassino), o filme Corra, Lola, Corra é mais uma ótima produção do formato estrelada por uma mulher. No longa, acompanhamos a eletrizante jornada de Lola (Franka Potente), uma mulher cujo namorado é o mensageiro de um gângster. Quando as coisas começam a dar errado, Lola precisa entrar na jogada para levar uma quantia de dinheiro ao outro lado da cidade antes que seu namorado morra. Mas alguns imprevistos no meio do caminho acabam atrapalhando sua missão.