Os 10 melhores arcos de personagens nas animações da Pixar

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Os 10 melhores arcos de personagens nas animações da Pixar

Por Gus Fiaux

Vista por muitos como um dos melhores estúdios de animação do ocidente, a Pixar tem um verdadeiro império de personagens marcantes e adorados, desde brinquedos falantes a sentimentos que existem apenas na nossa cabeça. Desde 1995, com a estreia do primeiro filme de Toy Story, o estúdio não deixa de nos encantar com suas narrativas ousadas e originais.

Porém, o que mais nos cativa nos filmes do estúdio é justamente o cuidado e atenção para com seus personagens, que possuem arcos narrativos muito maduros e, em alguns casos, até mesmo surpreendentes. Aqui, reunimos os 10 melhores arcos de personagens da Pixarpara você relembrar os maiores filmes do estúdio!

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Xerife Woody (Toy Story)

Se é para falarmos dos filmes da Pixar, essa lista não estaria completa sem o Xerife Woody, um dos personagens principais da franquia Toy Story. E o mais interessante é como a evolução do personagem não parou no filme de 1995, mas foi algo contínuo e até hoje reverbera a cada nova produção da franquia, com Woody se tornando sempre um brinquedo melhor.

No primeiro filme, ele precisa superar seu ciúme e sua inveja para aprender a conviver com Buzz Lightyear. Já no segundo, ele descobre um pouco mais sobre suas origens e se encontra no dilema entre se tornar famoso ou seguir como um brinquedo de Andy. No terceiro e no quarto, Woody tem que se tornar mais independente e aprender que nem tudo dura para sempre.

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Lotso (Toy Story 3)

A Pixar, ao contrário da Disney, nunca foi muito de criar vilões para seus filmes. Em vez disso, as histórias quase sempre não possuem antagonistas, e os personagens precisam lidar com o peso de suas decisões. Por isso, uma das poucas exceções do estúdio é justamente uma das melhores - Lotso, o urso que comanda a creche Sunnyside em Toy Story 3.

Qualquer vilão que se preze precisa de motivações compreensíveis, e Lotso é uma figura trágica que sofre com o abandono do passado - o que o motivou a engendrar um verdadeiro regime fascista no único lugar em que ele tem um pouco de autoridade. Isso o transforma em um dos melhores vilões da Pixar - e seu arco de personagem é igualmente assustador e emocionante.

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Relâmpago McQueen (Carros 3)

Tudo bem que a saga Carros é, para muitos, o patinho feio da Pixar. O filme de 2006 ainda tem sua parcela de fãs, a continuação de 2011 é rejeitada pela crítica e pelo público, e o terceiro filme acaba não sendo muito lembrado - o que é uma pena, pois é justo nele que temos o melhor desenvolvimento de Relâmpago McQueen, o carro mais veloz do mundo.

No longa, ele percebe que já não está mais conseguindo correr como antes, e isso o faz passar por uma jornada mental enquanto treina sua nova aprendiz, Cruz Ramirez, para que ela possa substituí-lo nas pistas de corrida. Ainda que não seja um dos filmes mais brilhantes da Pixar, temos uma mensagem ótima, mostrando que todos devemos saber a hora de seguir em frente.

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Carl Fredricksen (UP: Altas Aventuras)

Desde os seus minutos iniciais, UP: Altas Aventuras já prepara o público para uma montanha-russa de emoções, enquanto conhecemos a história de vida de Carl Fredricksen e sua amada Ellie. Com o passar do tempo, o adorável Carl se transforma em um velhinho ranzinza que não está disposto a abrir mão de seu sonho: viajar com sua casa até a América do Sul.

O que ele não espera é que, em sua viagem, acabe levando junto Russell, um garotinho escoteiro muito curioso e atrevido. O filme se divide na relação dos dois, e mostra como Carl precisou desapegar de certos aspectos de seu passado para poder realizar seus sonhos. É uma história emocionante, que só fica melhor quando pensamos em todo o arco do personagem.

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Alegria e Tristeza (Divertida Mente)

Lançado em 2015, Divertida Mente tem uma das propostas mais sólidas e originais da Pixar, nos mostrando como funciona o cérebro de uma jovem garota que acaba de se mudar com seus pais para uma cidade nova - porém, em vez de segui-la, acompanhamos os seus sentimentos: Alegria, Tristeza, Nojinho, Medo e Raiva.

E é justamente nas duas primeiras que o enredo se foca, mostrando como são completos opostos e não se dão muito bem. No entanto, nem tudo é feito de momentos puramente felizes ou tristes, e após uma longa jornada na mente de uma garota confusa e deprimida, Alegria e Tristeza fazem as pazes e se tornam amigas, compartilhando momentos felizes e melancólicos.

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Senhor Incrível (Os Incríveis)

Muito se fala de como Os Incríveis é um baita filme de super-heróis (e é mesmo), mas outro elemento deve ser levado em consideração aqui, afinal, é um filme sobre uma família, acima de tudo. E ninguém representa mais essa temática que Beto Pêra, o patriarca da família - que, por sua vez, começa a redescobrir a adrenalina da aventura como Senhor Incrível.

Em suma, o filme fala sobre um super-herói que precisou se esconder durante décadas por conta da proibição dos heróis, mas que agora se vê na iminência de recuperar seus dias de glória - mas, para isso, ele precisa confiar não só na sua família, como também em seus instintos. De muitas formas, sua evolução acaba reverberando em toda a Família Pêra... ou melhor, Os Incríveis.

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Mulher Elástica (O Incríveis 2)

E já que estamos falando de Os Incríveis, outra figura que merece uma menção aqui é Helena Pêra, heroína conhecida como Mulher Elástica. Esposa de Beto, ela é uma das que mais se opõe ao retorno do marido à vida heroica, mas quando o inevitável acontece, ela se vê disposta a tudo para que possa salvá-lo e preservar toda sua família.

Tudo bem, as sequências da Pixar (exceto as de Toy Story) não são lá tão queridas pelos fãs, mas Incríveis 2 dobra a aposta com a Mulher Elástica, tornando-a uma heroína ocupada e muito famosa, que se vê no centro de um novo complô dentro da comunidade heroica - e isso subverte vários tropos e estereótipos que encontramos nas personagens femininas de quadrinhos.

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Joe Gardner (Soul)

Lançado no auge da pandemia, Soul foi um dos últimos sucessos (tanto críticos quanto comerciais) da Pixar. Aqui, nós somos apresentados a Joe Gardner, um pianista que busca cumprir seus sonhos quando, de repente, morre e se vê no pós-vida. Desesperado para voltar ao mundo dos vivos, ele precisa convencer uma alma não-nascida (22) a ajudá-lo.

O mais interessante a respeito do personagem é como, a princípio, ele se vê disposto a trapacear para voltar ao mundo dos vivos, mas logo percebe que seu tempo pode ter acabado e que 22 não pode deixar um componente mais que essencial de sua alma para trás - e no fim, Joe é recompensado por isso, ganhando o direito de voltar à vida e tentar mais uma vez.

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Marlin (Procurando Nemo)

Procurando Nemo é, de longe, um dos melhores e mais emocionantes exemplos de como a Pixar pode ir longe para contar histórias que são, em sua mais pura essência, sobre sentimentos e conflitos humanos. Aqui, somos apresentados a um pai superprotetor que vive seu maior pesadelo, ao perder seu filho e embarcar em uma jornada desesperada para encontrá-lo.

Apresentado no início do filme como um peixe covarde e pouco disposto a conhecer o mundo, Marlin logo precisa abandonar seus medos e cair de cabeça em uma aventura que o levará por vários oceanos, ao lado da peixe esquecida Dory. É um arco bem interessante, e é uma pena que Marlin não tenha muito o que fazer na sequência, Procurando Dory.

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Wall-E (WALL-E)

Encerrando esta lista, está um dos projetos mais ambiciosos e criativos da Pixar. Lançado em 2008, WALL-E nos leva para um futuro distante, no qual a humanidade deixou o Planeta Terra para trás, soterrado por camadas e mais camadas de lixo. Um dos poucos seres que sobrou no planeta é justo o adorável Wall-E, um robozinho criado para coletar dejetos.

A história de WALL-E logo se transforma em um romance com a chegada de EVA, um robô ultratecnológico enviado para saber se nosso planeta tem as condições necessárias para abrigar vida humana novamente. E aqui, vemos a grande viagem cósmica de Wall-E em busca de sua amada, enquanto tenta fazer os humanos redescobrirem a alegria de viver e o amor à natureza.