O episódio começa com uma cena que esteve presente em Vingadores: Ultimato, só para dar um contexto sobre essa "nova" versão do Deus da Trapaça que nós iremos acompanhar. Para quem não se lembra, os Heróis Mais Poderosos da Terra voltaram no tempo para tentar roubar o Tesseract em 2012, durante os eventos de Os Vingadores.

Contudo, suas ações acabam fazendo com que Loki consiga se libertar, roube a Joia do Espaço e fuja sem olhar para trás, criando assim vários problemas na linha do tempo. A abertura do episódio traz a cena completa, dando continuidade a isso e mostrando como ele logo foi interceptado pelos agentes da Agência de Variação Temporal.

Assim que Loki foge das garras dos Vingadores, ele acaba indo parar no Deserto de Gobi, na Mongólia. Podemos vê-lo caindo de um buraco no céu e aterrissando na terra sem cerimônias, ferido e machucado. E quem é fã mais antigo do Universo Cinematográfico da Marvel talvez note um easter-egg escondido aqui.

Conforme a câmera se aproxima, podemos ver o Deus da Trapaça caído no meio do deserto. A cena, tanto em seu ângulo quanto na própria posição do vilão, lembra muito um momento do primeiro filme do Homem de Ferro - quando ele foge da caverna em sua armadura Mark I e acaba caindo nas areias de um vasto deserto.

Capitã Marvel nos apresentou uma das raças alienígenas mais importantes das HQs da Marvel: Os Skrulls. Eles são seres verdes e capazes de mudar sua aparência para qualquer forma que quiserem. E nós sabemos que eles serão muito importantes no futuro, com a série da Invasão Secreta já anunciada.

Bem no começo do episódio, quando Loki é levado para a sede do AVT para ser detido e interrogado, nós podemos ver um Skrull na recepção, conversando com o divertido Casey. Não sabemos qual é a identidade desse alienígena, e muito provavelmente ele nem é importante, mas é interessante ver os Skrulls ganhando mais destaque.

Assim que Loki passa por uma revista completa, o Deus da Trapaça pode ver um vídeo especial da Agência de Variação Temporal, que é narrado pela Miss Minutes, um cartoon de um relógio. Esse vídeo contém várias informações importantes, como por exemplo a ideia de que, há muito tempo atrás, os universos do Multiverso estavam em guerra por superioridade.

O vídeo explica que tudo isso acabou, mas não conseguimos deixar de pensar em uma das sagas mais relevantes da Marvel Comics nos últimos anos: as Guerras Secretas de 2015. Nos eventos que as antecederam, vimos várias realidades se enfrentando antes de todas serem destruídas e reunidas em um único Planeta Terra, o Mundo Bélico.

O vídeo continua explicando como essa guerra parou, e tem tudo a ver com os Guardiões do Tempo, três seres que "unificaram" o Multiverso em uma única linha do tempo, conhecida como a Linha Temporal Sagrada. Desde então, eles criaram a Agência de Variação Temporal para monitorar todas as ameaças a esse único contínuo espaço-tempo.

Nos quadrinhos, os Guardiões do Tempo são entidades cósmicas importantes e também possuem uma forte conexão com a AVT. Contudo, eles não são mostrados devidamente ao longo do episódio. Só podemos vê-los ilustrados no cartoon e através de grandes esculturas na base da agência. Talvez haja algum plot twist sendo construído por trás desses personagens...

Ao fim do desenho/comercial, nós também temos mais informações sobre o que está acontecendo com Loki. É explicado que quando uma variação é feita no tempo, isso cria um Evento Nexus - que se não for contido, pode acabar criando novas linhas temporais e formando um novo Multiverso. Ao mesmo tempo, certas mudanças estão destinadas a acontecer.

É interessante notar isso por uma série de questões - a primeira delas sendo que o Evento Nexus pode ter alguma ligação importante com a Feiticeira Escarlate, que foi revelada como um Ser Nexus em WandaVision. Além disso, várias produções futuras da Marvel vão lidar com o Multiverso, então talvez Loki mostre essa Linha Temporal Sagrada sendo rompida.

Em um momento particular, Mobius M. Mobius, um agente especial da AVT que nutre um interesse bem particular por Loki, está presente na França, no Século XVI. Ele está investigando algum acontecimento bizarro e se depara com uma criança, que ao ser questionada sobre o culpado, aponta para um vitral com um demônio.

Isso fez com que os fãs nutrissem teorias insanas e bizarras de que se tratava de Mephisto (sim, ainda não nos livramos disso), mas na verdade, trata-se de uma "variação" - ou seja, outra versão temporal - do próprio Loki. Isso já foi confirmado pela diretora da série, Kate Heron, e a simbologia usada mostra como o vilão é tido como o "Diabo" - caído e expulso do "paraíso".

Assim que Loki fica sob a custódia de Mobius M. Mobius, nós vemos o Deus da Trapaça revisitando vários momentos de seu passado graças a um aparelho da AVT, que reconstrói as cenas dos filmes anteriores como hologramas. Aqui, vemos tudo que o vilão causou em Os Vingadores, desde sua ascensão até o assassinato de Phil Coulson.

Depois, nós também podemos ver algumas cenas do "futuro" daquela versão do Loki - ou seja, coisas que ele não viveu, mas que já vimos no cinema por conta de sua versão anterior. Assim, temos cenas de Thor: O Mundo Sombrio (onde ele vê a morte de sua mãe adotiva), Thor: Ragnarok e Vingadores: Guerra Infinita (onde testemunha sua própria morte).

Enquanto Mobius M. Mobius relembra os "melhores momentos" de Loki, ele traz de volta uma memória bem bizarra que já estava presente em vários trailers e comerciais da série, confirmando que o Deus da Trapaça foi, na verdade, D.B. Cooper, um homem responsável por interceptar um avião, fazer um grande assalto e sumir como se nada tivesse acontecido.

Esse evento aconteceu no mundo real em novembro de 1971 e é um caso sem solução até hoje. Na série, é dito que tudo aconteceu porque Loki perdeu uma aposta para Thor e precisou fazer algo em troca. Tanto é assim que, ao fim da cena, ele é resgatado por Heimdall (que, apesar de não aparecer na série, controla a Bifrost).

Ao fim, Loki consegue fugir do controle de Mobius M. Mobius e se aventura pela AVT, em busca de uma saída. Nisso, ele acaba indo até a recepção, onde faz Casey de refém e tenta conseguir de volta o item que o ajudou a fugir antes, o Tesseract. Para sua surpresa, Casey tem várias Joias do Infinito guardadas em sua gaveta.

É bem interessante ver objetos tão importantes e poderosos sendo tratados como meros acessórios jogados em uma gaveta sem o menor cuidado. Ao ver aquilo, Loki acaba ficando embasbacado e é quase capturado novamente. Ainda assim, gostaríamos de saber o que aconteceria caso o Deus da Trapaça tentasse roubar essas joias para si mesmo.

Os agentes que trabalham para a Agência de Variação Temporal são chamados de Homens-Minuto. À primeira vista, pode-se achar que isso é uma referência a Watchmen, a popular graphic novel da DC Comics que já foi adaptada para o cinema e para a TV, tendo em vista que há uma equipe na história chamada Minutemen.

Contudo, os Homens-Minuto também existem na Marvel Comics e seu papel é o mesmo que o apresentado na série. Eles são guardas da linha do tempo a serviço da AVT e que tentam monitorar todas as ameaças, sejam elas itens deslocados no tempo ou até mesmo pessoas e criminosos temporais. No episódio, eles não são páreo para uma figura misteriosa e encapuzada.

Nos quadrinhos, Loki já foi abraçado como parte da comunidade LGBTQ+ por ser um personagem abertamente pansexual e de gênero fluido - ou seja, ele sente atração por todos os gêneros e não possui um gênero definido, "fluindo" entre o masculino e o feminino. Isso é algo que vem da própria mitologia nórdica e que tem sido cada vez mais incorporado na Marvel.

E a série também confirma isso através do cartão de prisão do vilão - que já aparece no começo, mas que podemos ver com detalhes nos créditos. Aqui, Loki é descrito como tendo "sexo" fluído - e isso é um indício bem forte de que veremos a Lady Loki em algum momento. Aliás, há teorias de que ela é a grande "variação" do Loki que o AVT está investigando.