Jogos Vorazes: 5 momentos dos filmes que não estão nos livros

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Jogos Vorazes: 5 momentos dos filmes que não estão nos livros

Por Melissa de Viveiros

Toda adaptação passa por mudanças ao ir de uma mídia para outra, e a saga Jogos Vorazes não é exceção. Por mais que os fãs sintam a falta de momentos que gostariam de ver em tela, nem tudo seria bem colocado na versão cinematográfica da série, e algumas coisas acabaram ficando de fora.

Ao mesmo tempo, as produções baseadas na obra de Suzanne Collins acabaram tomando algumas outras liberdades. Isso resultou na inclusão de alguns momentos bem significativos, que impactam como a história é apresentada – seja para o bem ou para o mal, dependendo da visão de cada um da trama.

Pensando nessas diferenças, nesta lista apresentamos 5 elementos dos filmes de Jogos Vorazes que não estão nos livros!

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A presença de Snow

O presidente Snow é um grande antagonista ao longo de todos os livros de Jogos Vorazes, mas raramente o vemos diretamente em ação. No primeiro livro, o personagem sequer aparece na maior parte do tempo. Em comparação, o primeiro filme mudou isso ao acrescentar mais cenas para o vilão, o colocando como alguém que tem uma presença em controlar os jogos.

Entre os momentos em que ele aparece, um dos mais notáveis é a conversa que Snow tem com Seneca Crane. É nessa cena que o presidente diz uma de suas falas mais memoráveis, explicando que ”A esperança é a única coisa mais forte do que o medo.”

Os outros dois filmes também contam com alguns acréscimos memoráveis quando se trata do vilão. Além de suas interações com os responsáveis pelos jogos, como o Idealizador Plutarco Heavensbee, Snow estrela partes que dão um pouco mais de profundidade ao seu personagem. Assim, o público o vê assassinar a sangue frio um de seus subordinados, ao mesmo tempo em que é apresentado a cenas do presidente com sua neta.

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Effie no Distrito 13

Além de Snow ganhar mais espaço, outra personagem que acabou ganhando destaque foi Effie Trinket. Muito querida pelos fãs desde o primeiro filme, ela acabou tendo seu papel um pouco expandido em comparação aos livros.

Na versão literária, Effie é presa após o Massacre Quaternário nos eventos de Em Chamas. Ela permanece assim até o presidente Snow ser preso, perto do fim do terceiro livro. Já nos filmes, isso foi alterado, e Effie chega ao Distrito 13 com Katniss após o Massacre Quaternário. A partir daí, ela assume um papel de assistente para Heavensbee, além de ajudar na criação de propaganda rebelde, parcialmente assumindo a função de Fulvia Cardew, uma personagem menos importante que aparece nos livros.

A personalidade de Effie, fortemente influenciada pelas excentricidades da Capital, acaba tendo um forte contraste com os rebeldes. Isso fez com que ela também tenha recebido alguns momentos mais leves, servindo como alívio cômico na parte 1 de A Esperança.

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Effie e Haymitch

E, falando em Effie, ela também está em uma das adições mais controversas que o cinema apresentou à saga Jogos Vorazes. Em uma decisão que foi exaustivamente discutida pelos fãs à favor ou contra, os filmes optaram por incluir um beijo entre Effie e Haymitch no fim de A Esperança - Parte 2.

Ao longo dos filmes, a história apresenta alguns momentos de tensão entre eles, e a atriz Elizabeth Banks, intérprete de Effie, já disse que imaginava que os dois compartilhassem uma longa história. O beijo em si aparentemente não fazia parte do roteiro, e foi improvisado por ela e Woody Harrelson, que viveu Haymitch nos filmes.

Nos livros, a relação dos dois não é nada romântica, então nenhum desenvolvimento do tipo acontece. Ainda assim, a cena foi defendida por quem argumenta que esta era uma construção sendo feita sutilmente ao longo dos quatro filmes, algo que justificaria a mudança.

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A rebelião

A rebelião é um ponto crítico da história de Jogos Vorazes mas, sendo narrados por Katniss, os livros sempre apresentam apenas o que a personagem vê. Com a mudança de mídia, também veio um ponto de vista mais abrangente, que permitiu aos filmes mostrarem um pouco mais do que acontece para além da Garota em Chamas.

É com isso que o público ganhou algumas novas cenas, mostrando os cidadãos se rebelando por Panem e enfrentando os Pacificadores, mesmo quando a protagonista não estava lá. Nos filmes, isso é mostrado no Distrito 11, que protesta após a morte de Rue, o Distrito 7 executando um ataque coordenado contra os Pacificadores, além do Distrito 5 realizando um ataque para deixar a Capital sem energia. Apesar de inspirados por Katniss, esses atos mostram a população agindo por conta própria, e ajudam a fortalecer ainda mais a ideia de que a faísca proporcionada por ela foi apenas o início.

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A cobertura da mídia

Outro resultado da mudança na narração é que os filmes mostraram um pouco mais da cobertura midiática dos eventos da história. Na prática, eles serviam para apresentar mais detalhes e exposição para o público, algo feito através de cenas com personagem como Caesar Flickerman. Ao invés de ter alguém explicando tudo de modo pouco natural, os espectadores puderam entender melhor as coisas por meio das cenas que tinham essa ênfase no jornalismo que ocorria dentro do universo.

Em A Esperança Parte 1 e 2, o apresentador do jogo continua cobrindo a rebelião, e chega até a entrevistar Peeta Mellark, que havia sido capturado. Os momentos também dão um papel para a mídia no conflito, já que essas mesmas entrevistas tentam desmoralizar a protagonista e os rebeldes ao mostrar a condição de Peeta deteriorando ao longo do conflito.

O que você achou dessas mudanças? Se lembra de mais alguma? Comente aqui!