Os 14 melhores jogos FPS que rodam em qualquer PC

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Os 14 melhores jogos FPS que rodam em qualquer PC

Por Arthur Eloi

Para quem gosta de shooters em primeira pessoa, nada melhor do que trocar alguns tiros com teclado e mouse! Ainda que o gênero tenha se expandido com títulos de peso nos consoles, o PC é a casa dos FPS. O problema é que nem sempre dá para ficar a par das novidades, com estoques de peças cada vez menores e preços cada vez mais altos para os componentes.

Felizmente, a parte boa de jogar no computador é que sempre vai existir algo que rode no seu PC, mesmo que seja naquele notebook mediano que você pegou só para estudar ou assistir Netflix. Abaixo, listamos alguns dos melhores jogos de tiro em primeira pessoa que vão rodar em qualquer PC!

Valorant

A Riot Games entende o valor de criar jogos multiplayer divertidos, intensos e que rodem em qualquer tipo de máquina, como fizeram com League of Legends. Isso se manteve em 2020 com Valorant, FPS que parece combinar as melhores partes de Counter-Strike com o carisma de Overwatch.

Valorant traz partidas entre equipes de cinco jogadores, em que cada time alterna entre plantar uma bomba ou defender áreas específicas dos atacantes. Há uma grande variedade de personagens jogáveis, com habilidades especiais, mas também uma jogabilidade tática que pede bom entrosamento entre os jogadores, bom posicionamento e boa leitura de mapa.

Os requisitos mínimos de Valorant são bastante modestos, pensados para rodar até em PCs mais antigos, usando como base um processador Core 2 Duo e a placa de vídeo integrada da Intel. Graças ao excelente estilo artístico do game, é um FPS cujo visual não decepciona nem quando rodando nas configurações mínimas.

Dusk

Nos últimos anos, os desenvolvedores independentes abraçaram uma tendência de jogos de tiro retrô, fortemente inspirados pelo Quake e outros clássicos noventistas. Não há dúvidas que, dentre esse subgênero, Dusk é uma das obras-primas.

O game te coloca para sobreviver em um pesadelo rural, repleto de caipiras cultistas, em tiroteios frenéticos e armamentos absurdos. Ao total, são três capítulos bastante distintos entre si, ótimos para quem quer dar uma variada na mesma temática militarista de sempre. Fases como “The Escher Labs”, que brincam com perspectiva ao melhor estilo Portal, merecem destaque como algumas das melhores criações dentro do gênero. Tudo isso ainda é muito bem embalado pela pesada trilha sonora de Andrew Hulshult, que depois assumiu a composição das expansões de Doom Eternal.

Dusk ainda conta com um modo horda, para testar a habilidade de sobrevivência, e um multiplayer online, com mata-mata retrô - ainda que os servidores seja, infelizmente, um pouco desertos. De qualquer forma, Dusk é um dos melhores jogos dos últimos anos, e ajuda muita que tenha sido construído para rodar em qualquer tipo de PC.

Ultrakill

Assim como Dusk, Ultrakill também é publicado pela New Blood, uma publisher independente com carinho especial por obras retrô. Aqui, porém, se trata de um shooter com premissa bastante ousada: Ultrakill é a junção de Quake com Devil May Cry.

Isso se traduz em um FPS retrô bastante sangrento e de tiroteios intensos, mas com um medidor de estilo, que avalia a variedade dos combos e finalizações do jogador. Nesse jogo, que parece uma obra perdida do PS1, o jogador assume o controle de uma máquina que usa sangue como combustível no pós-apocalipse. Quando a raça humana é extinta da Terra, cabe ao robô desbravar o Inferno para saciar sua sede.

Ultrakill ainda está em desenvolvimento, com poucos episódios lançados até então, mas já é um dos mais promissores FPS indies. Não acredita? Então jogue a demo gratuita que isso com certeza isso vai te convencer!

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Half-Life

Ter um PC modesto é a desculpa perfeita para conhecer os clássicos! Os grandes games do passado recompensam a sua paciência com obras-primas que rodam em qualquer configuração moderna, décadas de mods gratuitos à disposição, e também títulos que, em frequentes promoções, custam menos que uma passagem de ônibus.

Quando se trata de FPS, um dos nomes obrigatórios é Half-Life. O jogo da Valve mudou tudo em 1998, colocando o estúdio no mapa e elevando o nível de narrativa, ambientação e jogabilidade da indústria como um todo. Por conta disso, é uma experiência surpreendente e moderna até para os padrões dos dias de hoje. A trama acompanha Gordon Freeman durante o pior dia de sua vida, quando um acidente no trabalho coloca os laboratórios da Black Mesa em colisão com uma dimensão paralela. O cientista então se vê forçado a combater hordas de alienígenas invasores, e também fugir do governo, que tentam ao máximo amarrar as pontas soltas da catástrofe.

Cada fase de Half-Life brinca com mecânicas e cenários diferentes, criando uma campanha bastante variada e divertida. O game continua deliciosamente engajante em suas mecânicas, com bons tiroteios e controles. De quebra, pela facilidade de manusear seu motor gráfico, há ainda enormes listas de mods gratuitos para baixar e explorar. Todo fã de FPS precisa, em algum momento, jogar Half-Life para entender sua grandeza e influência no gênero como um todo. Para quem tiver um PC mais parrudo e quiser experimentar uma versão atualizada do clássico, vale também jogar Black Mesa, remake de 2020 feito por fãs (mas autorizado pela Valve).

Portal

Uma das últimas criações originais da Valve, Portal é um FPS um pouco diferente. Ao invés de destruir inimigos e trocar tiros, o game transforma o gênero em um quebra-cabeças, em que o jogador precisa pensar para escapar de várias salas de teste.

Suas mecânicas são bastante simples: um botão abre um portal azul, e outro abre um portal laranja. Com ambos abertos, é possível entrar em um ponto do mapa e sair em outro, ou vice-versa. Através dessa base bem estabelecida, Portal pede que você pense fora da caixa para encontrar soluções, contornar inimigos e usar as leis da física ao seu favor.

Junto com a excelente sequência de 2011, Portal é uma das melhores franquias já feitas. Graças à facilidade da Source Engine, ambos os games rodam em grande variedade de PCs, e garantem experiências marcantes e muito humor sarcástico.

Screencheat

Todo mundo tem aquele amigo que, durante um contra em tela dividida, ficava “comendo tela”, ou seja, olhando os outros jogadores ao invés de focar no próprio jogo. Screencheat é um FPS inteiramente inspirado por isso.

Aqui, o objetivo é comer tela mesmo. Todos os jogadores são invisíveis, e o único jeito de localizar seus oponentes é dando aquela espiada na tela deles. É um game perfeito para curtir com os amigos, bastante traiçoeiro, colorido e divertido. Screencheat funciona com modos online, mas é altamente recomendado de jogar ao lado de seus amigos, em carne-e-osso.

Heavy Bullets

Assim como a New Blood, a publisher Devolver Digital também é conhecida por publicar experiências inusitadas e divertidas. No gênero dos FPS, além do remake de Shadow Warrior, uma delas é Heavy Bullets, shooter do brasileiro Terri Vellmann.

Heavy Bullets é um FPS com elementos de rogue-like em que o jogador se aventura por cenários exóticos repletos de criaturas, mas com uma quantidade limitada de balas. Cada tiro precisa ser recuperado, o que pede por doses de estratégia e boa movimentação em meio a tiroteios frenéticos. De quebra, o visual é ridiculamente estiloso e marcante, e o game pode ser aproveitado tanto em pequenas porções quanto em maratonas para tentar chegar ao fim de sua jornada.

Killing Floor

Um dos shooters indie de maior sucesso, Killing Floor faz jus ao hype. Nesse FPS cooperativo da Tripwire Interactive, o objetivo é sobreviver hordas das mais variadas criaturas grotescas. Com uma premissa bastante simples, o game surpreende na excelente jogabilidade, boa trilha sonora, e na impressionante variedade de conteúdo.

Killing Floor foi originalmente lançado em 2009, e de lá para cá ganhou incontáveis atualizações com armas, personagens e mapas. O resultado é um shooter altamente divertido, seja para jogar sozinho ou com amigos, e com mais de 30 arenas diferentes, que incluem tanto cenários em Londres, parques de diversão macabros, e até mesmo os laboratórios da Aperture Science, de Portal. O game ganhou uma sequência em 2015, Killing Floor 2, que é tão divertida quanto o original, mas com uma fração do conteúdo e com requisitos mínimos mais exigentes.

Insurgency

Assim como Killing Floor, Insurgency é outro FPS que fez muito sucesso no PC e já ganhou sequência, mas que ainda há incentivo para revisitar o original. Aqui, se trata de um shooter que roda em computadores mais modestos, e que oferece uma experiência tática que poucos outros do gênero oferecem.

Com temática de guerra moderna, Insurgency traz conflitos online tradicionais, mas um pouco mais hardcore que a média dos shooters. Não há mira na tela, o dano é super elevado, e tanto matar ou morrer pode acontecer com apenas alguns tiros. É preciso prestar bastante atenção na tela, e coordenar tudo com o seu time, seja para vencer ou apenas para não atirar nos colegas por acidente.

Ion Fury

A 3D Realms é um dos maiores estúdios dos shooters, responsável por clássicos como Duke Nukem e Shadow Warrior. Recentemente, eles passaram a colaborar com a tendência dos shooters retrô, e Ion Fury é uma das grandes obras do gênero.

Ion Fury é o grande sucessor dos shooters noventistas, com fases enormes, repletas de inimigos e segredos. O seu diferencial é que, apesar de ter sido lançado em 2019, também foi construído na Build Engine, o mesmo motor gráfico de Duke Nukem 3D. O resultado é um FPS autenticamente retrô, com ideias modernas de jogabilidade e level design transportadas para as limitações e técnicas da época. Essa mistura entre passado e presente é especialmente acessível, podendo ser jogada em qualquer PC atual, ou então no hardware dos anos 1990.

Blood: Fresh Supply

Apesar de ser bem conhecido entre os entusiastas do gênero, Blood é uma pérola noventista pronta para ser redescoberta. Desenvolvido em 1997 pela Monolith - estúdio de F.E.A.R e Terra-Média: Sombras de Mordor -, o game ganhou uma repaginada pela Nightdive Studios em 2019, chamada de Blood: Fresh Supply.

Feito na Build Engine, Blood coloca o jogador no papel de Caleb, um verdadeiro maníaco que se vê traído pelo demônio e parte em busca de vingança. Seja nos cenários, na trilha sonora ou nos inimigos, é um game com visual muito sombrio e marcante, com destaque especial para a performance de Stephan Weyte como o protagonista, que solta tiradas macabras com uma voz horripilante a lá Vincent Price. Mesmo em sua versão repaginada, Blood é levemente datado em seus controles, mas compensa com muito sangue e jogabilidade desafiadora.

Devil Daggers

Ambientado em uma única arena, Devil Daggers é um pesadelo em forma de FPS. Nesse mini-shooter, o jogador testa o quanto consegue sobreviver dentro de uma apertada plataforma, cercado dos mais bizarros monstros e criaturas.

É um shooter bastante simples, com uma única arma contra a horda, mas bastante eficiente em te deixar aflitom especialmente pelo excelente design de som. É possível ouvir cada criatura grotesca vagando pela escuridão. Faça um favor e jogue Devil Daggers com fones de ouvido.

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Quake

Um dos mais influentes shooters da história, Quake é o grande responsável por empurrar a indústria de games aos jogos 3D, além de praticamente criar o multiplayer online (aperfeiçoando tudo que havia sido feito em Doom) e os eSports. Além do legado, Quake é simplesmente marcante e divertido até hoje.

Saído direto de uma sessão de RPG de mesa, o game coloca o jogador como um fuzileiro perdido entre dimensões, que precisa encontrar uma forma de voltar para casa. No caminho, ele encontra os mais variados inimigos, criaturas macabras e monstros lovecraftianos. Quake é uma verdadeira obra-prima de jogabilidade frenética, ambientes góticos, e uma intensa trilha sonora de metal industrial feita por Trent Reznor, do Nine Inch Nails.

Melhor ainda, o jogo tem uma das comunidades de mods mais ativas da internet, e continua recebendo mapas e expansões gratuitas, como o excelente pack Arcane Dimensions, de 2015, ou o vindouro Tremor, que promete uma experiência de horror inédita para o clássico. Seja jogando o original, alguma versão atualizada (como a recomendada Quakespasm), ou o possível remaster pela MachineGames (de Wolfenstein), Quake é um dos shooters mais essenciais do PC.

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Doom

É impossível falar de FPS sem citar Doom, o pai do gênero. Em 1993, a id Software mudou o rumo da história dos games com o seu shooter incrivelmente intenso e violento. Claro, antes disso já havia Wolfenstein 3D, mas Doom era tão mais rápido e completo que foi ali que nasceu o gênero. Não é a toa que, por anos, jogos de tiro eram apenas conhecidos como “clones de Doom”.

Ao mesmo tempo, Doom é um dos shooters que mais pode soar datado. Seu ritmo, fases e trilhas sonoras continuam impecáveis, mas a jogabilidade pode sim parecer um pouco truncada. Felizmente, há uma infinidade de mods que modernizam a experiência, e mesmo as versões repaginadas que a Bethesda lançou no PC (junto com os consoles) já ajudam bastante.

Além de descobrir o pai do gênero, Doom é essencial justamente pelas modificações. Seja Brutal Doom, que deixa tudo ainda mais violento, ou conversões por completo, que criam novos jogos em cima do motor original, ter o game é como a base para todo um novo universo de projetos independentes. Dá até para aproveitar mecânicas de Doom (2016) e Doom Eternal nos originais!