A popular série da Netflix sobre um stalker psicótico chamado Joe já teve muitos altos e baixos, mas a segunda temporada tem seus momentos de brilhantismo e, em grande parte, isso se deve à presença energética e furiosa de Jenna Ortega como Ellie Alves, a irmã mais nova de uma vizinha do sociopata.

Jenna aqui demonstra todo seu carisma em um papel difícil, já que sempre está rondando Joe e trazendo desafios para o personagem, além de possuir uma dinâmica deliciosamente ácida. De muitas formas, é uma preparação bem engenhosa para o papel da sarcástica Wandinha Addams na série solo da personagem pela Netflix.

Lançado em 2019, A Babá: Rainha da Morte é a continuação do filme de terror e comédia de 2017, dirigido por McG. Ainda que não tenha ganho críticas tão favoráveis quanto seu antecessor, a sequência traz um novo senso de aventura e apresenta novos personagens, como a misteriosa Phoebe Atwell, interpretada por Jenna Ortega.

A personagem a princípio parece um tanto deslocada da narrativa, sempre no escanteio do protagonista vivido por Judah Lewis. Ela é uma nova aluna no mesmo colégio do personagem principal, e aos poucos vai se envolvendo na trama do culto macabro que aterrorizou o garoto há alguns anos. Porém, é no terceiro ato do longa que ela ganha sua chance de brilhar.

Embora o horror tenha garantido um bom sucesso para a carreira de Jenna Ortega, a atriz já demonstrou um alcance significativo em outros gêneros, sobretudo em papéis cômicos. Porém, ela também ganhou espaço no drama graças à sua performance emocionante em A Vida Depois, filme que retrata as consequências de um tiroteio escolar nos Estados Unidos.

Como a estrela principal do filme de Megan Park, Jenna interpreta Vada Cavell, uma menina que sobrevive a um massacre e desenvolve traumas e culpa por ter passado pelo evento incólume, mas acaba ganhando um novo propósito graças aos seus amigos e sua família. É um filme muito tocante, e a atuação de Jenna Ortega apenas intensifica tudo isso.

2022 marca o ano da guinada surpreendente na carreira de Jenna Ortega, onde ela ganhou diversos papéis e se consolidou ainda mais como uma das maiores it girls da história recente do horror. E para dar início a isso, temos o quinto filme da franquia Pânico, onde a atriz faz o papel de Tara Carpenter, a irmã da protagonista.

Só pelos cinco minutos iniciais do longa, já podemos entender os memes de que "Jenna Ortega sofreu mais que Jesus", já que ela apanha, é esfaqueada, perseguida, aterrorizada e ainda assim, sobrevive para contar a história. Jenna traz tanta energia para o filme que muitos a consideram o verdadeiro centro do filme, em vez de Sam Carpenter (vivida por Melissa Barrera).

O segundo projeto de terror de Jenna Ortega neste ano foi o "terrir" (que é como se chama a mistura de horror e comédia) Terror no Estúdio 666, cuja trama segue os membros do Foo Fighters enquanto eles se juntam para gravar um novo álbum em um estúdio mal-assombrado. Contudo, a atriz não tem um papel muito significativo no longa.

Na verdade, Jenna interpreta Skye Willow, a baterista de uma outra banda que gravou no mesmo local e acabou morrendo de uma forma grotesca. Por mais que seja uma participação muito pequena, Ortega consegue dar vida à sua personagem de uma maneira bem interessante e divertida, provando que quem é boa faz muito com pouco.

X: A Marca da Morte foi um dos maiores sucessos do ano no campo do horror, trazendo uma bela homenagem à era dos slashers clássicos, tudo graças ao trabalho minucioso e preciosista de Ti West. No filme, seguimos um grupo de amigos que se reúne em uma fazenda para gravar um longa pornográfico, até que tudo começa a dar (muito) errado.

Aqui, Jenna Ortega faz o papel de Lorraine Day, uma jovem assistente de som que acaba ficando encantada com a possibilidade de estrelar em um pornô, mesmo contra os protestos de seu namorado. Quando a carnificina se desenrola, Jenna mostra todo seu potencial como scream queen, enquanto tenta salvar sua própria vida de assassinos cruéis.

Ainda que sua carreira esteja apenas deslanchando graças aos projetos mais recentes, Jenna Ortega fez uma estreia em grande estilo nos cinemas, ao participar de Homem de Ferro 3. Seu papel é bem pequeno e não traz nada muito novo para a saga, já que ela interpreta a filha do vice-presidente dos Estados Unidos.

Na trama, descobrimos que o Vice-Presidente Rodriguez (que é vivido por Miguel Ferrer) "traiu" o governo norte-americano para fazer uma parceria com Aldrich Killian, o desenvolvedor do vírus Extremis. Ele quer usar a tecnologia para restaurar uma das pernas de sua filha, mas quando o Homem de Ferro salva o dia, ele é destituído e preso.

Depois disso, Jenna Ortega nunca mais voltou ao Universo Cinematográfico da Marvel.