Homem-Aranha: Os melhores momentos da trilogia de Sam Raimi

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Homem-Aranha: Os melhores momentos da trilogia de Sam Raimi

Por Gus Fiaux

Possivelmente o herói mais conhecido e querido da Marvel, o Homem-Aranha já foi agraciado com várias adaptações ao longo dos anos, mas é difícil encontrar uma que soe tão fiel ao personagem quanto a trilogia original de Sam Raimi, lançada entre 2002 e 2007. Os filmes capturam uma essência saída diretamente das páginas dos quadrinhos, enquanto dão mais profundidade e dramaticidade à história do aracnídeo.

Mesmo com seus deslizes, a saga protagonizada por Tobey Maguire marcou toda uma geração e possibilitou o advento dos filmes de super-heróis como o carro-chefe do cinema de Hollywood, como vemos hoje. Somos muito gratos por isso e, por esse motivo, decidimos listar aqui os 10 melhores momentos da trilogia original do Homem-Aranha!

Os momentos e cenas não estão listados em ordem de qualidade, mas sim de forma cronológica, seguindo cada um dos três filmes.

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Peter descobre seus poderes (Homem-Aranha)

Lançado em 2002, Homem-Aranha ainda tem várias lições a ensinar a muitos filmes de origem da atualidade. O longa foca boa parte da duração em desenvolver os poderes e habilidades de Peter Parker, depois de ser mordido por uma aranha radioativa em um passeio escolar. E temos uma bela cena que mostra essa descoberta.

Na cena, Peter escala paredes, salta prédios e descobre até como lançar sua teia (que, devemos lembrar, é orgânica na trilogia original). A sequência não apenas é impressionante, como também é filmada com maestria por Sam Raimi, que sabe usar a câmera para emular o "rastejar" de Peter pelas paredes e até mesmo o fluxo frenético quando ele está saltando por aí.

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A morte de Tio Ben (Homem-Aranha)

Um elemento crucial na história do Amigão da Vizinhança é a morte do Tio Ben. Essa parte dolorosa da vida de Peter Parker já foi adaptada várias vezes em animações, games e nas duas primeiras franquias do herói nos cinemas, mas nenhuma chega aos pés da emoção que a morte de Ben causa em Homem-Aranha.

O que torna a cena tão impactante é justamente a relação entre os dois. Ben é sempre visto como uma figura paterna para Peter, e antes de sua morte, os dois têm uma breve discussão que resulta na fala icônica do Tio Ben ("Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades"). Porém, ele é assassinado por um ladrão que Peter se recusou a capturar - e isso torna tudo mais dramático.

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Beijo aracnídeo (Homem-Aranha)

Um dos pontos bem interessantes da trilogia original de Sam Raimi foi justamente a forma como os filmes exploravam muito da vida pessoal de Peter Parker e como era difícil para ele conciliar tudo isso com sua vida heroica. Ainda assim, o herói tem alguns momentos incríveis, como quando beija Mary Jane Watson na chuva.

A cena acontece no primeiro filme do herói e é uma das sequências mais memoráveis da história do cinema até hoje. Peter segue MJ em um beco escuro, onde ela é perseguida e encurralada por vários criminosos. Sem avisar, o Homem-Aranha chega e derrota todos os bandidos, e ainda consegue um beijo de sua amada enquanto está cabeça para baixo, pendurado em sua teia.

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Aranha contra Duende (Homem-Aranha)

Willem Dafoe foi escolhido para interpretar Norman Osborn ao longo da trilogia original. Ainda no primeiro filme, ele se transforma em Duende Verde e tenta arruinar a vida do Homem-Aranha, mesmo antes de descobrir que ele e Peter Parker são a mesma pessoa.

O jogo de gato-e-rato dos dois é sensacional, e fica ainda melhor durante a batalha final, na qual o Duende recria um dos momentos mais brutais das HQs (A Morte de Gwen Stacy) ao jogar Mary Jane Watson da ponte do Brooklyn. Depois de resgatar MJ, Peter parte para enfrentar Osborn de uma vez por todas - o que resulta em uma morte sangrenta e icônica para o vilão.

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O nascimento de Octopus (Homem-Aranha 2)

Quando foi lançado em 2004, Homem-Aranha 2 se tornou um sucesso imediato de crítica e público. Hoje, quase vinte anos após seu lançamento, o filme ainda é tido por muitos como o melhor exemplar de uma adaptação de quadrinhos de super-heróis - e honestamente, não é difícil concordar com isso.

Uma das cenas mais icônicas do filme se dá quando Otto Octavius acorda em um hospital, após o acidente que o ligou permanentemente aos seus quatro tentáculos mecânicos. A cena é assustadora, conforme os braços robóticos ganham vida e matam enfermeiros e médicos. Assustadora e marcante, a cena lembra muito o trabalho de Sam Raimi em sua outra trilogia, Uma Noite Alucinante.

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Tia May salva o dia (Homem-Aranha 2)

O segundo filme também lida muito com os medos e anseios de Peter Parker, já que seus poderes começam a falhar e ele passa a duvidar de sua própria capacidade como Homem-Aranha. O herói momentaneamente desiste de tudo, mas reganha a confiança após várias provas de fogo. E é preciso reconhecer o papel de Tia May nisso tudo.

Em determinado momento, Peter vai até a casa de sua tia para visitá-la. Os dois haviam tido uma conversa bem íntima anteriormente, onde Peter confessa que se acha responsável pela morte de Tio Ben. Porém, nessa cena, May mostra que sempre o amará e que acha ele um herói completo - no fim, ela inclusive faz um discurso emocionante sobre heroísmo e virtude.

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A luta no trem (Homem-Aranha 2)

Poucas cenas de ação no cinema são tão eletrizantes quanto a batalha que se passa em um trem, pouco antes do clímax de Homem-Aranha 2. Aqui, o Doutor Octopus tenta capturar o aracnídeo para oferecê-lo de bandeja a Harry Osborn, que tem os recursos necessários para dar ao vilão o que ele mais deseja - poder absoluto.

A cena é de tirar o fôlego, justamente por ter um senso de urgência magistral e por se passar inteiramente em um trem em movimento. Ao fim, Peter ainda precisa salvar os passageiros da morte iminente, o que resulta em uma das sequências que mostra muito bem toda a bravura e o altruísmo do herói, quando o Cabeça de Teia está disposto a se sacrificar para salvar os que precisam de sua ajuda.

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O sacrifício de Otto (Homem-Aranha 2)

Nas HQs mais antigas, Otto Octavius é a epítome do "cientista maluco" e não há muito desenvolvimento de sua personalidade além disso - o vilão só foi ganhar mais complexidade de uns 30 anos para cá. Contudo, Homem-Aranha 2 já subverte isso logo de cara ao nos apresentar um antagonista que é mais humanizado e compreensível que sua contraparte dos quadrinhos.

O Otto de Alfred Molina só se torna insano por conta da ligação que tem com seus tentáculos mecânicos. A batalha final do filme é grandiosa porque ele tenta reconstruir seu projeto e acaba criando um "mini-sol" no meio de Nova York. Porém, no fim do dia, Peter consegue conversar com ele e o vilão acaba tendo uma morte heroica ao se sacrificar para destruir suas criações.

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A origem do Homem-Areia (Homem-Aranha 3)

Homem-Aranha 3 definitivamente é o mais fraco da franquia e não há como negar isso. Porém, muitos detonam o filme com tanto ódio no coração que não conseguem perceber seus méritos e qualidades. Por exemplo, aqui temos a humanização de outro vilão clássico do Amigão da Vizinhança que nunca teve muita personalidade nas HQs: o Homem-Areia.

A história de origem de Flint Marko no filme pode soar forçada por traçar uma ligação com a morte de Tio Ben, mas ainda assim é muito triste devido a toda a trama envolvendo a filha do vilão. Um momento particularmente brilhante do filme se dá quando Flint é transformado em Homem-Areia e nós podemos ver seu corpo sendo reconstituído lentamente, grão por grão.

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De um hospedeiro para outro... (Homem-Aranha 3)

A maior fonte das críticas a Homem-Aranha 3 tem a ver justamente com o Venom - e não há como negar que ele de fato é um personagem bem mal adaptado para os cinemas. Ainda assim, há uma cena em específico que contém tantas camadas e subtextos para a origem desse personagem e seu papel como antagonista de Peter Parker.

Na cena em questão, Peter vai até o campanário de uma igreja e acaba se debatendo sobre o sino, irritando o simbionte alienígena e expulsando-o de seu corpo. O simbionte cai sobre Eddie Brock, que observa a cena de baixo, e o transforma no Venom. Há muito aqui a ser analisado nas alegorias sobre fé, redenção, martírio e até mesmo a queda de Lúcifer, representada pelo simbionte.