O décimo terceiro filme da franquia Godzilla, Godzilla vs Megalon é estrelado pelos dois monstros no título, bem como por Gigan e pelo personagem mecha Jet Jaguar.

O filme por si só foi considerado bastante ruim em relação a seu tom e narrativa, com alguns chegando a dizer que a produção é uma das menos assistíveis de toda a franquia.

E não são só o tom e a narrativa que são ruins: o design de Godzilla no filme também é um dos piores entre todas as versões do titã nos cinemas, em grande parte resultado de uma tentativa de tornar o personagem menos ameaçador. Isso aconteceu pela produção ser mais voltada para o público infantil, embora este tenha sido o último Godzilla a ter este foco (e com muitos motivos para isso).

O vigésimo quarto filme da franquia, Godzilla 2000 foi o segundo reboot pelo qual Godzilla passou, e o filme deu início à chamada era Millenium, que durou até 2004.

Tal qual a história, o visual do Rei dos Monstros também recebeu uma nova versão. O dorso cheio de pontas de tamanhos variados, bem como os detalhes em cor, aliados às partes afiadas que o design contém, contribuem para criar uma versão bastante ameaçadora de Godzilla, além de ser um design bem interessante.

Essa versão do titã também aparece em alguns outros filmes da era Millenium, e foi a primeira que muitos espectadores conheceram, no começo dos anos 2000.

O terceiro reboot da franquia feita pela Toho, Shin Godzilla, também conhecido como Godzilla: Resurgence, foi o trigésimo primeiro filme do monstro. A produção foi muito bem no Japão, embora não tenha sido tão bem recebida no ocidente.

Independente da qualidade do filme, no entanto, Shin Godzilla apresenta um dos piores visuais do titã. Parte da proposta da trama é mostrar o Rei dos Monstros como uma criatura sempre em evolução, e suas primeiras formas são terríveis de forma que chega a ser cômica.

Mesmo sem considerá-las, o visual final de Godzilla não é realmente mais ameaçador do que outros vistos antes, e não consegue transmitir tão bem a ideia do quão poderoso o monstro é, uma vez que não é muito imponente.

Além disso, a falta de proporção e os olhos, esbugalhados antes da transformação e minúsculos na forma final do monstro, o fazem parecer bobo, o que certamente não é como o Rei dos Monstros deveria ser descrito.

Lançado no aniversário de 50 anos da franquia, Godzilla: Final Wars conta com diversos atores e monstros que tiveram participações anteriores nos filmes do titã. Elogiado por ser divertido e cheio de ação, além de contar com um ritmo rápido, o filme foi considerado bem sucedido quando se trata de celebrar Godzilla.

Entre as justificativas apresentadas pelo diretor Ryuhei Kitamura para seu desejo de fazer o filme, ele citou querer resgatar a sensação passada pelos filmes do monstro de antigamente, além da maneira como Godzilla era rápido e forte. Isso certamente se reflete no design, que busca fazer o monstro ameaçador, mas de maneira que agilidade e força estejam em equilíbrio.

O visual combina elementos de versões anteriores do titã, e faz isso muito bem: dos detalhes às proporções, e até mesmo o rosto da criatura, o Godzilla de Final Wars certamente transmite a ideia de força que se espera do Rei dos Monstros.

Diferente da maior parte da lista, essa versão de Godzilla não foi criada pela Toho, sendo uma versão norte-americana dos filmes do titã - algo que não fica nem um pouco claro ao se olhar para o design do monstro nos filmes, uma vez que ele sequer parece ser Godzilla.

A criatura se assemelha mais a um dinossauro do que ao kaiju, além de não contar com os poderes que Godzilla geralmente possui. Parecendo se encaixar melhor em Jurassic Park do que em um filme do Rei dos Monstros, esse visual descaracteriza o personagem completamente, o tornando irreconhecível e genérico.

Ainda assim, não é surpreendente que o resultado tenha sido péssimo: o diretor do filme, Roland Emmerich, sequer tinha interesse em dirigi-lo, recusando o projeto antes de finalmente aceitar, e impondo condições de que pudesse fazer tudo do seu jeito, o que incluiu muitas mudanças, e resultou no que é considerado um dos piores filmes de Godzilla.

Outro filme do titã que não foi sucesso no ocidente apesar de bem recebido no Japão, Godzilla vs Destoroyah apresentou o monstro sob a premissa de que seu coração era similar a um reator nuclear, e que estava próximo de passar por derretimento nuclear, um processo que colocaria toda a Terra em risco.

O processo de superaquecimento que levaria ao derretimento acabou sendo refletido no design do monstro: ao invés do habitual azul, essa versão do monstro tem partes de lava, trazendo novidade ao visual mas o mantendo reconhecível e muito interessante.

Além disso, o design de Godzilla é muito bem feito ao mesmo tempo em que é criativo, deixando seus traços ameaçadores sem chegar ao ponto do ridículo.

Segundo filme já feito de Godzilla, Godzilla Ataca Novamente trouxe o titã de volta aos cinemas pouco depois do lançamento do filme original. Apesar de ter sido feito visando aproveitar o sucesso do primeiro, o segundo título da franquia não foi bem sucedido, sendo considerado uma falha mesmo por sua equipe de produção.

Feito de maneira corrida, o filme deixou a desejar em muitos os aspectos, sendo um deles o visual de Godzilla. Enquanto o original estabeleceu a criatura que continuaria impactando o cinema por mais de 50 anos, este trouxe uma versão esquecível, que não faz jus ao titã e não se justifica simplesmente por ser datada.

O design não mostra nada do poder ou força de Godzilla, e está muito longe de ser considerado imponente de qualquer maneira. Ao invés disso, o visual parece mal produzido de modo que chega a ser engraçado, ainda que esse não fosse o objetivo do filme.

E, falando do original, ele certamente não poderia faltar na lista dos 5 melhores visuais de Godzilla. Este foi o filme responsável por estabelecer toda uma franquia que dura décadas, bem como a primeira forma que o titã teve.

É fato que o monstro evoluiu ao longo dos anos, mas o icônico visual original dele foi o que serviu de parâmetro para tudo que veio depois. Além disso, ainda que o visual pareça datado por conta dos avanços tecnológicos que o cinema teve em relação aos efeitos visuais, o design não sofre por parecer bobo ou mal feito, e consegue passar a imagem que se espera do chamado Rei dos Monstros.

Mesmo em questão de detalhes, o visual original não deixa a desejar, e é impressionante apesar de simples, prova de seu valor mais de 50 anos depois do lançamento do filme.

Como perceptível ao longo da lista, o Godzilla já teve alguns visuais bastante ruins. Ainda assim, é difícil competir com o visto em O Filho de Godzilla, oitavo filme da franquia.

A produção por si só já é considerada bastante ruim, uma vez que tentou ao máximo deixar o titã mais amigável, visando atingir o público infantil. Os personagens não tem personalidades cativantes, e o filho do Godzilla, chamado de Minilla, é considerado bastante irritante, o que com certeza contribui para a má fama do filme.

E, quando se trata do design, o visual de Godzilla só não é pior do que o de seu filho, ambos podendo ser considerados ridículos. Além do ar bobo dos personagens, essa versão não remete em nada à força e poder esperados do Rei dos Monstros.

Assim, não é difícil perceber porque o visual pode ser facilmente considerado como um dos piores visuais que Godzilla já teve ao longo de toda a franquia.

Godzilla voltou a chamar a atenção do público recentemente, com o lançamento de um novo filme em 2014 e a continuação de 2019, Godzilla: Rei dos Monstros. Ambos os filmes foram muito bem recebidos pelo público, e o visual do titã certamente não deixou a desejar.

Os efeitos em CGI com certeza tem grande crédito pelo design do monstro, que consegue ter um certo realismo ao mesmo tempo em que o mantém interessante. Nessa versão, fica óbvio que Godzilla é uma criatura extremamente poderosa e bastante ameaçadora, sem precisar deixá-lo irreconhecível ou exagerado de maneira que não combina com o personagem.

Embora tanto a versão de 2014 quanto a de 2019 sejam incríveis, elas são bastante semelhantes, motivo pelo qual apenas uma entrou para a lista. Ainda assim, é inegável que são designs incríveis, capazes de fazer jus ao legado do personagem e deixá-lo interessante para uma audiência moderna.