9 filmes de terror mais pesados de todos os tempos
9 filmes de terror mais pesados de todos os tempos
Conheça algumas das obras mais doentias do cinema de horror
O poder do cinema está nos levar a mundos e situações que dificilmente vamos vivenciar na pele, e isso abre as portas para obras que desvirtuam essa beleza e nos colocam em horrores inimagináveis. Filmes de terror brincam com o espectador, mas alguns não se contentam só com sustos: para alguns, seja pela violência gráfica ou por atos repugnantes, o objetivo é traumatizar.
Reunimos abaixo 9 dos filmes de terror mais pesados de todos os tempos para quem quer se aventurar pelo submundo de obras degeneradas. Claro, é bom lembrar que existem sim filmes muito mais extremos que esses, portanto deixe seus próprios relatos nos comentários no fim da página – e prossiga com cuidado!
O Albergue (2005)
O primeiro item da lista é, em teoria, o mais leve. Nos anos 2000, depois de décadas de slashers progressivamente mais violentos, ficou claro para Hollywood que os fãs de terror tinham um gosto por sangue. Assim, um dos gêneros controversos mas altamente populares daquela década era conhecido como torture porn, onde mutilações e todo tipo de nojeira explícita era mostrado nas telas.
Jogos Mortais é o principal representante do gênero, mas O Albergue vem logo atrás. O filme consagrou Eli Roth como uma das mentes mais perturbadas do cinema norte-americano, com uma trama que segue um grupo de turistas sendo torturados durante uma viagem pelo Leste Europeu. Há todo tipo de desgraça imaginável, de mutilação peniana à olhos sendo arrancados com maçaricos, portanto só assista de estômago vazio.
As Fitas de Poughkeepsie (2007)
Um filme pesado não precisa ser necessariamente gráfico para perturbar. Às vezes, basta ser estilizado de forma que traumatize todos os seus espectadores. As Fitas de Poughkeepsie parece ter saído das profundezas da deep web, o tipo de coisa que você encontra acidentalmente na internet de madrugada e que tira o seu sono pelos próximos dias.
O longa é uma coletânea de fitas caseiras de um suposta serial killer, que mostram uma década de tortura e assassinatos à vítimas indefesas. O visual de VHS mofado, cheio de ruído e estética precária, dão um visual de arrepiar ao filme, que é considerado uma das obras mais malditas do terror.
A Invasora (2007)
Quando se trata de terror, os franceses não sabem brincar - algo que ficará claro até o final dessa lista. Para ter uma ideia, um dos movimentos mais populares do cinema de gênero francês se chama Nova Extremidade Francesa. Para começar com o pé direito nessa aventura, A Invasora é um bom (?) ponto de partida.
Inspirado em Halloween, o longa da dupla Alexandre Bustillo e Julien Maury acompanha uma mulher nos últimos estágios de gravidez que, em certa noite, vê sua casa invadida por uma maníaca que quer o seu filho. Se a premissa não fosse bizarra o bastante, é bom pontuar que a invasora quer a criança antes mesmo dela nascer, mesmo que isso signifique arrancá-las da barriga da mãe com as próprias mãos.
Doce Vingança (2010)
Dos subgêneros do cinema apelativo (ou Exploitation), não existe nenhum mais polêmico que o rape revenge, filmes em que uma personagem busca vingança contra seus abusadores. História do tipo buscam entregar algum tipo de catarse da justiça, mas frequentemente são usados para mostrar cenas explícitas de abuso sexual e de violência. Há nomes grandes dentro desse segmento, com o sempre-citado Irreversível (2008), de Gaspar Noé, mas o maior representante é Doce Vingança.
Originalmente um longa de 1978, responsável por “popularizar” tramas do tipo, o clássico ganhou um remake ainda mais brutal em 2010, com a mesma premissa: uma escritora tira algumas semanas de férias em uma cabana nas florestas, mas seu descanso é interrompido quando um grupo de homens invade sua casa para violentá-la sexualmente e deixá-la para morrer. Ela não só sobrevive como também parte em busca de acabar com os abusadores, de todas as formas mais grotescas o possível.
Holocausto Canibal (1980)
Todo mundo conhece a lenda de Holocausto Canibal. O filme do italiano Ruggero Deodato se tornou um dos casos de marketing mais famosos da história, já que o longa foi vendido como um documentário real sobre tribos canibais na Amazônia. Além de proibido em várias partes do mundo, o cineasta chegou até a ser preso pela obra, tendo que provar em tribunal que os atores continuavam vivos, e que tudo se tratava apenas de encenação.
Mesmo hoje, sabendo que é apenas um filme, Holocausto Canibal continua uma experiência verdadeiramente pesada e incômoda, seja pela forma crua que toda a violência é filmada, ou então pelas desconfortantes cenas de crueldade animal, que infelizmente foram cometidas na vida real e que frequentemente passam o limite do aceitável.
Saló ou os 120 Dias de Sodoma (1976)
Um dos maiores horrores que podemos vivenciar coletivamente em vida é a guerra. Há muitos dramas que falam da destruição generalizada do conflito, mas poucos retratam detalhadamente ao ponto de beirar o terror. Saló ou os 120 Dias de Sodoma é o melhor exemplo disso.
A obra de Pier Paolo Pasolini é pensada como uma crítica ao fascismo na Itália, mas acaba se tornando um horror gráfico e psicológico ao acompanhar um grupo de jovens que são submetidos a todo tipo de tortura nas mãos de um grupo de nazistas, incluindo abuso sexual e degradação. Tenha em mente de que o filme é parcialmente inspirado na obra de Marquês de Sade que originou a palavra "sadismo".
Mártires (2008)
Um dos maiores representantes da Nova Extremidade Francesa, Mártires não é para os fracos de coração. O longa de Pascal Laugier começa com uma história de vingança, de uma jovem assassinando brutalmente a família de seus torturadores, mas gradualmente afunda mais e mais em uma experiência de sadismo puro e penitência.
Há alguns anos, o diretor Jordan Peele listou 10 influências para seu filme de terror Nós (2019), em uma escala progressiva de desgraçamento mental, que ajudaria o elenco a entender o que ele queria atingir em sua obra. Não é a toa que Mártires estava no topo da lista, com um aviso de cuidado logo ao seu lado.
Centopeia Humana II (2011)
Horror e comédia andam de mãos dadas, mas os filmes que costumam exagerar na desgraceira costumam ter um humor bastante mórbido que raramente é compreendido ou apreciado. O diretor holandês Tom Six descobriu isso quando seu filme, A Centopéia Humana, foi recebido tanto como piada quanto obra ultrajante ao mostrar um cientista louco cujo experimento incluía juntar três pessoas através de suas extremidades.
Em 2011, o cineasta então decidiu responder aos críticos que bateram em sua obra. O resultado é A Centopéia Humana II, um verdadeiro ataque aos sentidos que cruza todo limite do aceitável. A metanarrativa segue o maior fã do primeiro filme, que decide replicar o experimento em larga escala em um galpão, sem ter nenhum tipo de experiência médica. Sua “centopéia” é muito mais grotesca que a antecessora, com pessoas remendadas por grampos, dentes estourados com martelos e cabeças explodidas - isso sem sequer ao menos citar os momentos escatológicos. Se você chegou nesse ponto, nada mais pode te chocar.
A Serbian Film - Terror Sem Limites (2010)
O diretor Srdjan Spasojevic entregou o que até hoje é considerado o filme de terror mais pesado da história. A Serbian Film - Terror Sem Limites acompanha um ator pornô que busca retomar sua carreira no cinema, e aceita participar de um filme de arte underground.
O resultado é uma jornada que não deixe nenhum tema controverso ou insensível de lado. Há violência gráfica, mas também pedofilia, necrofilia, abuso sexual e todo ato repudiável em uma sucessão de horrores por quase duas horas. Na internet há muitos que não se chocam com nada do filme, por já terem consumido outras obras primas da desgraça como Nekromantik ou a série japonesa Guinea Pig, mas não deixe se enganar: *A Serbian Film continua traumático mesmo depois de mais de uma década.