10 melhores filmes de terror dos anos 90

Capa da Publicação

10 melhores filmes de terror dos anos 90

Por Dyllan Souza

Depois da era de ouro dos anos 80, o gênero do terror ficou um tanto apagado do radar. O contexto cultural da época,  com novos aparelhos eletrônicos, fim da guerra fria, entre outras coisas, tornaram o terror pouco atrativo a não ser para aqueles que curtem um pastelão. Além disso, o suspense acabou se tornando um recurso muito mais efetivo em assustar e entreter do que o terror mais visual dos anos anteriores.

Nesse período, foi muito comum tentarem recriar os sucessos dos anos 80 com continuações dos principais longas da época, mas que não deu muito certo no geral. Até recentemente sofremos um pouco do preconceito sobre o gênero nessa época, pelos filmes ou buscarem um ar muito sério, e acabarem se perdendo demais, ou por não levarem nada a sério.

De qualquer forma, não dá para dizer que grandes obras não foram realizadas. Alguns grandes nomes conseguiram trazer o terror para a chave que o público demandava e ainda muito mais! Confira então os 10 melhores filmes de terror dos anos 90:

Imagem de capa do item

Bruxa de Blair

O longa que enganou todo uma geração. O filme acompanha um grupo de três jovens cineastas desaparecendo ao entrar em uma floresta de Maryland para gravar um documentário sobre uma lenda local. As filmagens dos jovens então são encontradas e esse temos, através delas, nosso filme.

Muita gente na época acreditou que as filmagens eram reais, que se tratava de um acontecimento real. Foi o primeiro filme gravado totalmente com a técnica de câmera na mão, trazendo o telespectador a ideia de que o que se passa na tela foi vivido de verdade. Isso acabou criando um subgênero próprio dentro do terror, que foi muito usado em produções com pouco orçamento nos anos seguintes.

Imagem de capa do item

Drink no Inferno

Esse aqui é o tipo de esculhambação que fez sucesso nos anos 90. O longa traz George Clooney e Quentin Tarantino como dois irmãos criminosos que sequestram um pastor e sua família. Eles cruzam a fronteira, chegando ao México e se escondem em uma boate. Lá eles descobrem que os frequentadores do local são vampiros. O filme é bem divertido e mostra que o terror pode ser bom sem precisar ser assustador.

Imagem de capa do item

Alucinações do Passado

Este longa conta a história de Jacob, que está tendo alucinações que misturam seu passado com a família e imagens da guerra do Vietnã. Junto com seu amigo e sua namorada, ele tenta descobrir o porquê dessas imagens estarem vindo a tona.

Aqui temos um certo tipo do que chamam de terror psicológico. O assustador vem exatamente do psicológico do protagonista e seus traumas causados principalmente pela guerra.

Imagem de capa do item

Fome Animal

Antes de Peter Jackson dirigir os longas do Senhor dos Anéis, ele se divertia bastante dentro do subgênero dos filmes trash, sendo, inclusive, um dos maiores nomes. Fome Animal traz a história de uma mãe que é mordida por um macaco, contraindo raiva e dando início a uma epidemia zumbi. O filme é total esculhambação com diversas maquiagens, deformações e tudo que se tem direito.

Imagem de capa do item

Candyman

O filme traz a história de uma estudante chamada Helen Lyle cuja pesquisa é sobre folclore moderno. Ela nunca acreditou nesse tipo de lenda, mas depois de conhecer a de Candyman ela se empolga para escrever sua tese.

Um filme sobre mito, algo que realmente move a cultura americana. Mas nesse caso ele surge como forma de desmitificar algumas coisas, exatamente por causa de seu mito ser sobre um filho de escravos negros.

Imagem de capa do item

Silêncio dos Inocentes

Silêncio dos Inocentes é um filme que pode explicar bem como a descrença com o terror se desenrolou nos anos 90. O filme traz Clarice, uma estudante do FBI que precisa interrogar o Dr. Hannibal Lecter, um psiquiatra condenado à prisão perpétua por crimes como assassinato e canibalismo. Lecter pode ajudar em um caso que o FBI precisa resolver e a personagem vivida por Jodie Foster é a única que pode tirar essa informação dele. O filme foi ganhador do Oscar e une diversos elementos do terror, como por exemplo, o da garota atraente que precisa encarar um assassino. Mas aqui há mudanças, como podemos observar entre a relação dela com o assassino que se torna mais complexa do que de vítima e assassino. Além disso o suspense é mais hegemônico em causar o terror em cima da relação entre os dois.

Imagem de capa do item

Pelo Amor e Pela Morte

Filme italiano baseado, levemente na obra de Tiziano Sclavi, conhecido pelos quadrinhos do Dylan Dog. O longa traz *Francesco Dellamore, um coveiro que mora no cemitério de uma pequena cidade. O personagem que precisa lidar com um mistério que assola o local, seu mortos retornam a vida e é sua obrigação contê-los, porém, ele acaba se apaixonando por uma das mortas. A narrativa é bastante surreal, com momentos de pura loucura do protagonista, que entra em uma jornada existencial muito bem feita. É um filme que tem um pouco de tudo.

Imagem de capa do item

À Beira da Loucura

Dirigido por John Carpenter, um dos maiores nomes do terror, À Beira da Loucura conta a história do investigador John Trent que é contratado para achar Sutter Cane, um escritor de histórias de terror, que, após terminar seu último livro, misteriosamente desaparece. Trent pensa que não se passa de uma jornada de marketing, mas lendo os livros de Cane ele percebe como suas histórias são poderosas. O filme é praticamente um terror dentro de um terror dentro de um terror. Desde as histórias de terror dos livros, até como aquele mundo se transforma através dela nas imagens e a incrível cena final.

Imagem de capa do item

Sexto Sentido

O filme sobre o garoto que vê pessoas mortas é um dos grandes clássicos dessa era do cinema. Também é um longa que vai usar do terror com outros objetivos. Nesse caso não é o de assustar, mas de contar uma história. De usar do sobrenatural, aquilo que traz medo, como forma de superação, de seguir em frente. Tem momentos que são um tanto assustadores, mas eles são sempre recompensadores emocionalmente.

Imagem de capa do item

Pânico

Esse filme é o maior marco dos anos 90, e porquê isso? Bom, a sinopse nos conta que a história é sobre um um grupo de jovens que enfrenta um assassino mascarado e testa seus conhecimentos sobre filmes de terror. Para começar, é um longa que é um tanto órfão do terror dos anos 80. Seu diretor, Wes Craven, já havia dirigido A Hora do Pesadelo e, em Pânico, conseguiu trazer todos os elementos que ele gostaria, de fato, para um filme de terror. O longa é todo autoconsciente de si, brinca sem parar com o telespectador. Ele une o slasher a uma certa iconoclastia e consegue criar uma nova imagem muito singular de um filme de terror e que dialoga com toda a geração dos anos 90.

E aí, concordam com a lista? Seu filme favorito ficou de fora? Comente!