13 filmes slasher não tão conhecidos que você precisa assistir

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13 filmes slasher não tão conhecidos que você precisa assistir

Por Arthur Eloi

Não há dúvidas que slasher é o subgênero mais popular do horror. Para muita gente, um filme de terror é sinônimo de maníacos mascarados perseguindo jovens indefesos, já que obras do tipo foram uma das tendências mais fortes do cinema entre as décadas de 1970 e 1990.

Todo mundo conhece Halloween, Pânico, Chucky, Sexta-Feira 13 e O Massacre da Serra Elétrica, afinal essas são as grandes obras do subgênero, mas os fãs mais hardcore de horror também celebram muitos outros títulos sangrentos e divertidos que não caíram nas graças do público geral.

Quer expandir o seu repertório além das grandes franquias? Então confira nossa lista de 13 slashers não tão conhecidos que você precisa assistir!

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Parque do Inferno (2018)

Atualmente, o cinema vive uma retomada do slasher com o retorno de Halloween, e novidades como a trilogia Rua do Medo, Freaky e muito mais. Em 2018, Parque do Inferno participou do levante do subgênero, mas acabou passando batido por muita gente.

A trama acompanha um grupo de amigos que visita um parque de diversões com temática de horror, sem nem ao menos desconfiar que todas as atrações são apenas fachada para as matanças de um serial killer.

É um filme que segura em um mistério intrigante o bastante, personagens divertidos e levemente odiáveis, e boas cenas de morte. Se você precisa saciar sua vontade de assistir um slasher rapidamente, Parque do Inferno é um bom lugar para começar!

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Acampamento Sinistro (1983)

Queridinho cult dos fãs de terror, Acampamento Sinistro (ou Sleepaway Camp, para os mais íntimos) é um slasher oitentista que bebeu da febre de “maníacos em acampamentos” popularizada por Sexta-Feira 13. Aqui, porém, a experiência é muito mais surtada, divertida e estranha.

O filme segue Angela (Felissa Rose), uma menina quieta e introvertida que viaja para um acampamento de verão com seu primo Ricky (Jonathan Tiersten). Lá, a menina se vê sofrendo bullying e agressões de todos a sua volta, seja de outras crianças ou dos monitores. Estranhamente, as pessoas que provocam a garota começam a aparecer mortas.

Acampamento Sinistro se sustenta no mistério da identidade do assassino, mas entrega um ótimo elenco de personagens detestáveis para servirem de vítimas, além de um roteiro deliciosamente brega e memorável ao melhor estilo Meninas Malvadas. Vá esperando uma comédia de terror, e encontre um filme que surpreende no carisma, nas mortes, e em um dos plot twists mais estranhos do subgênero.

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Você é o Próximo (2011)

O diretor Adam Wingard é uma figura divisiva. Há quem ame seus segmentos em V/H/S (2012) e o blockbuster Godzilla vs. Kong (2021), e outros que tem um pé atrás com ele após a dobradinha Bruxa de Blair (2016) e Death Note (2017). Um consenso entre esses dois lados é de que Você é o Próximo (2011), seu slasher de invasão domiciliar, é excelente!

A trama acompanha um jantar de família, marcado pela reunião de irmãos com seus pais, e as tradicionais intrigas e discussões à mesa. A noite toma um rumo sombrio quando a casa é atacada por um trio de assassinos mascarados.

Você é o Próximo é sanguinário, com ar claustrofóbico e viradas imprevisíveis. Há um motivo pelo qual muitos fãs perdoam os erros de Adam Wingard, e é o fato de que esse filme lhe rendeu créditos por uns bons anos.

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Slumber Party: O Massacre (1982)

É altamente questionável a obsessão do slasher em matar mulheres jovens, especialmente as mais libidinosas. Não é surpresa alguma que a grande maioria das produções é tocada inteiramente por homens. Slumber Party: O Massacre é uma das raras exceções, tendo sido escrito e dirigido por duas mulheres, a dupla Amy Holden Jones e Rita Mae Brown, respectivamente.

Em um cenário que hoje é comum ao gênero, o filme é ambientado em uma festa do pijama que é invadida por um maníaco em busca de sangue, carregando uma gigantesca furadeira para atormentar as jovens que só queriam se divertir.

O longa foi inicialmente pensado como uma paródia de slashers a lá Pânico (14 anos antes da obra de Wes Craven), mas acabou sendo rodado com um autêntico filme de terror. O resultado é algo que flerta como um humor bastante sombrio, e que demonstra a força do olhar feminino ao criar personagens críveis, e ao mostrar um maníaco desmascarado, com olhar intenso e perturbador.

Menção honrosa: se quiser algo ainda mais insano e divertido, assista também a continuação de 1987, um verdadeiro surto ao estilo Hora do Pesadelo.

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Chamas da Morte (1981)

Sexta-Feira 13 é uma das obras mais influentes do slasher como um todo, ao ponto de ter inspirado uma infinidade de imitadores. Chamas da Morte é erroneamente colocado nesse balaio com frequência, ainda que tenha sido produzido antes mesmo da franquia de Jason Vorhees ser iniciada.

Inspirado por lendas reais, o filme abre com um ex-funcionário de um acampamento de verão que é vítima de uma cruel pegadinha de jovens, que colocam fogo em seu corpo enquanto ele dorme. Agora, anos após ter sido dado como morto, ele retorna para atormentar o local.

Hoje em dia, Chamas da Morte é marcado por todos os clichês que esperamos do gênero, mas o filme ainda surpreende por bons momentos de tensão, os impressionantes efeitos visuais de Tom Savini, e por ter lançado a carreira de nomes como Holly Hunter (O Piano, Nos Bastidores da Notícia) e Jason Alexander (Seinfeld).

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Skull: A Máscara de Anhangá (2021)

Ao lado de Raphael Borghi, Armando Fonseca e Kapel Furman construíram uma reputação no horror brasileiro ao comandarem o CineLab, programa de TV focado em mostrar a confecção de cenas de ação e terror. A dupla então se juntou para criar o longa-metragem Skull: A Máscara de Anhangá.

A trama acompanha o retorno da titular máscara, um artefato indígena que foi cobiçado pelos nazistas no passado. O problema surge quando a máscara é escavada no presente, e acaba possuindo um hospedeiro na cidade de São Paulo, dando início a um verdadeiro banho de sangue.

Um filme B assumido, Skull pega leve na narrativa mas entrega tudo nas cenas de matança. Considerando que efeitos visuais de altíssima qualidade são a especialidade de Fonseca e Furman, aqui eles não decepcionam, com muitas tripas e nojeira de revirar o estômago. O longa foi inicialmente lançado no exterior, onde conquistou uma ótima reputação, e chegou às plataformas digitais e à TV brasileira em outubro de 2021.

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Terror nos Bastidores (2015)

Depois de uma verdadeira saturação de slashers na década de 1980, há quem não aguente ver um filme do gênero sem ser mergulhado em ironia e metalinguagem. Para quem busca esse tipo de coisa, uma ótima opção é Terror nos Bastidores.

Aqui, Max Cartwright (Taissa Farmiga) é tomada pelo luto após perder sua mãe, Nancy (Malin Akerman), que foi uma atriz proeminente de filmes slasher nos anos 80. Ao revisitar as obras estreladas pela mãe, Max e um grupo de amigos se vêem transportados para dentro do mundo do filme, e terão que usar todo o conhecimento de terror para sobreviver à matança em um acampamento de verão.

Ao estilo de Pânico, o longa é marcado de acenos e referências aos clássicos, e é cheio de bom humor, momentos sangrentos e até cenas emocionais entre Max e a mãe.

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Hush: A Morte Ouve (2016)

Por A Maldição da Residência Hill (2017), Doutor Sono (2019) e Missa da Meia Noite (2021), Mike Flanagan é um dos cineastas mais queridos do terror atualmente. Dentro da sua filmografia, há um tesouro escondido chamado Hush: A Morte Ouve (2016).

A premissa pode parecer batida de primeira, com uma invasão domiciliar por um assassino mascarado. O diferencial é que a vítima - uma escritora chamada Maddie (Kate Siegel) - é surda. O maníaco então mostra todo o seu sadismo ao se aproveitar disso para perturbar sua presa, e a escritora usa de todos os utensílios adaptados de sua casa para se defender do assassino.

Se você é fã dos trabalhos de Mike Flanagan, já sabe o que esperar: tensão de primeira, poucos e bons sustos, e uma ótima atuação de Kate Siegel.

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Faca no Coração (2018)

Muito do slasher e seus maníacos mascarados são fruto de um outro subgênero do horror: o giallo, filmes italianos altamente estilizados sobre crime e assassinato. O cineasta francês Yann Gonzalez decidiu homenagear essa vertente do terror com o excelente Faca no Coração (2018).

Ambientado no submundo de Paris em 1979, a trama acompanha Anne (Vanessa Paradis), uma problemática cineasta de pornô gay que se vê perseguida quando um assassino mascarado começa a matar todos os atores de suas produções.

É um longa altamente estiloso e dinâmico, mas sem abrir mão da estranhice e, principalmente, da brutalidade.

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O Massacre da Serra Elétrica 2 (1986)

O Massacre da Serra Elétrica não é nem um pouco desconhecido - na verdade, é um clássico absoluto do cinema como um todo. Quem é fã de horror sabe que sequências de clássicos não costumam ter boa reputação, mas que sempre há algo bom escondido entre as coisas mais questionáveis. O Massacre da Serra Elétrica 2 é igualmente duvidoso e deliciosamente divertido.

Dirigido por Tobe Hooper, criador do original, a sequência é focada em uma nova onda de crimes dos Sawyer, a família de canibais do primeiro filme. Dessa vez, o maníaco Leatherface e seus irmãos miram em uma apresentadora de rádio que tenta expor as atrocidades cometidas por eles.

Se o pôster que homenageia O Clube dos Cinco não deixou claro, O Massacre da Serra Elétrica 2 é pensado para ser uma paródia, se afastando do tom sombrio do primeiro e abraçando a breguice e o entretenimento. É a indicação certeira para quem quer se aventurar por um slasher puramente insano - quando você ver Dennis Hopper em uma briga de serra elétrica, vai entender o nível de loucura.

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Violência e Terror (1989)

Quando se pensa na franquia Evil Dead, é comum se lembrar do diretor Sam Raimi e do astro Bruce Campbell, mas um nome que fica esquecido é do roteirista Scott Spiegel. Em 1989, ele mostrou que não fica devendo em talento ao comandar *Violência e Terror.

Em uma ambientação inusitada para o gênero, a trama se passa em um supermercado. Após o horário de fechamento, a equipe de funcionários se vê atormentada por um maníaco, que vai matando vítima por vítima.

O longa é altamente tenso e sangrento, com o toque de loucura que Spiegel colocou no roteiro do segundo Evil Dead. E para mostrar apoio ao colega, o filme conta com participações especiais de Sam Raimi, Ted Raimi e Bruce Campbell.

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Assassinatos na Fraternidade Secreta (1982)

Fraternidades são uma das ambientações mais queridinhas dos slashers, pela concentração de jovens universitárias para fazer de vítima. Esse cenário é utilizado desde o precursor do subgênero, Noite do Terror (1974), mas ganhou destaque no clássico oitentista Assassinatos na Fraternidade Secreta (1982).

Como sugere o título, a trama se passa em uma fraternidade, com um grupo de jovens celebrando a sua formatura. As coisas dão errado quando elas passam a ser atormentadas pelas consequências de uma cruel pegadinha do passado, e agora um assassino busca matar uma por uma.

Assassinatos na Fraternidade Secreta teve recepção morna na época de lançamento, mas cresceu para se tornar um clássico cult, em especial pela sua tensão de primeira, frequentemente comparada com os trabalhos de Brian DePalma (Carrie) e de Alfred Hitchcock (Psicose).

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Por Trás da Máscara - O Surgimento de Leslie (2006)

Depois de Pânico, metalinguagem se tornou quase que obrigatório para os slasher, mas nem todos conseguiram replicar o humor de Wes Craven. Por sorte, Por Trás da Máscara - O Surgimento de Leslie (2006) traz uma nova abordagem. Ao invés de só referenciar outros filmes, aqui o espectador é convidado a entender os bastidores de um slasher.

Rodado como um documentário, a trama é ambientada em um mundo que assassinos como Michael Myers, Jason e Freddy Krueger existiram de verdade, e mostra uma equipe acompanhando um sujeito chamado Leslie Vernon (Nathan Baesel), cujo objetivo é se tornar o próximo grande maníaco.

O falso documentário entrega ótimos momentos de tensão e violência, brinca com clichês do gênero, e também conta com a participação especial de grandes nomes do horror, como Robert Englund (Freddy Krueger) e Kane Hodder (Jason).