10 filmes LGBTQIA+ que saem da caixinha

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10 filmes LGBTQIA+ que saem da caixinha

Por Junno Sena

O Mês do Orgulho está aí, entre listas e posts de apoio duvidosos de empresas questionáveis, existem aquelas iniciativas e produções que não se destacam, mas que, mesmo assim, conseguem entregar representatividade e cuidado em suas propostas. Pensando nisso, separamos dez filmes para sair do convencional e descobrir o que é ser LGBTQIA+ através de outros olhos.

Entre produções nacionais e taiwanesas, encontre um pouco do Orgulho desse mês nas indicações abaixo. Não esqueça de recomendar outro filme nos comentários!

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Dear Ex

Existe aquela máxima em meio a comunidade LGBTQIA+: “Quero uma história que não termine em tragédia”. Porém, se alguns querem finais felizes, outros procuram o que pode existir após uma perda. É nisso que o filme taiwanês de comédia e drama, Dear Ex, se debruça.

Com um elenco cativante e um roteiro que consegue prender até os espectadores menos atentos, Dear Ex é a indicação certa para quem quer entender uma experiência gay pelos olhos de alguém fora do circuito estadunidense.

Disponível na Netflix.

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Rafiki

Rafiki pode não ser uma história completamente nova, mas traz dois pontos positivos que conquistam qualquer um: (1) a química do casal principal e (2) a cor e gingado do Quênia.

Dirigido por Wanuri Kahiu e protagonizado por Sheila Munyiva e Samantha Mugatsia, o filme lançado em 2019 no Brasil foi um dos destaques de Cannes. Nele, seguimos o romance de Kena e Ziki, que são amigas, apesar de suas famílias serem rivais políticas.

Disponível na Globoplay.

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Tangerina

Talvez o projeto mais ambicioso dessa lista, Tangerina surgiu como uma ideia simples: filmar todo um longa com um iPhone 5S.

Com o olhar de Sean Baker, seguimos a vida conturbada de duas prostitutas transexuais. O que pode parecer um drama denso, se torna um dia cômico na vida de Alexandra e Sin-Dee.

Disponível no Mubi.

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Os Iniciados

O filme protagonizado pelo cantor, ator e romancista sul-africano, Nakhane, não é para estômagos fracos. Trazendo a dor e fragilidade de uma relação homoafetiva em um espaço onde ser LGBTQIA+ não é aceito, seguimos uma comunidade de homens e a execução de rituais de amadurecimento, que consiste na circuncisão de adolescentes.

Xolani é um dos responsáveis pelo ritual e, durante os processos em busca de uma “masculinidade padrão”, vamos entendendo que sexualidade e performance não são tão simples quanto fazem parecer.

Disponível no Mubi e no Looke.

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Bixa Travesty

Não é apenas de BBB22 que Linn da Quebrada é feita. Em Bixa Travesty, conhecemos mais da trajetória da cantora transexual, além de nos apresentar mais da cena musical produzida por artistas trans em São Paulo.

Não apenas uma obra para conhecer o talento e discografia da artista, o filme é uma ótima pedida para quem quer ver uma faceta pouco explorada pela mídia tradicional do movimento LGBTQIA+ nacional.

Disponível na Globoplay.

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Spa Night

Andrew Ahn pode estar fazendo sucesso com Fire Island, disponível na Star+, porém, o diretor tem outro projeto interessante no currículo. Spa Night é um filme íntimo que investiga a identidade LGBTQIA+ de um homem racializado.

Entre fetiches, desencaixes e desejo, o ator Joe Seo nos mostra, na pele de David, que nem todos foram capazes de encontrar o “orgulho”.

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The Watermelon Woman

De 1996, The Watermelon Woman se trata de outra produção que parece ter se afogado no desconhecido. Dirigido, escrito e protagonizado por Cheryl Dunye, o filme segue Cheryl, uma lésbica negra de vinte e poucos anos, que está produzindo um documentário sobre Fae Richard, uma atriz negra dos anos 30. Porém, enquanto pesquisa sobre a vida da Mulher Melancia, como era conhecida, Cheryl acaba descobrindo novos caminhos em sua vida pessoal.

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Thelma

Quando tratamos de obras marcantes para indivíduos LGBTQIA+, não é difícil encontrar um longa de terror na lista. Diferente de outros filmes que trabalham com metáforas e subtextos, Thelma se apoia inteiramente na descoberta da protagonista como uma mulher lésbica.

Com poderes psíquicos e um tom sombrio, Eili Harboe e Okay Kaya dão um show de atuação.

Disponível no Mubi e no Looke.

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Naaz & Maalik

Às vezes, produções LGBTQIA+ parecem se resumir apenas a histórias de casais brancos e heteronormativos. A verdade é que poucas produções que fogem desses parâmetros conseguem furar a bolha da produção indie e chegar ao público. Esse é o caso de Naaz & Maalik.

Nele, seguimos um dia na vida de um casal gay de adolescentes muçulmanos. Entre afetos, os dois precisam lidar com o segredo de seu relacionamento até uma trama conspiracionista.

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Sócrates

Sócrates é uma das pérolas subestimadas do cinema nacional. Com pouco mais de uma hora, o filme se debruça na vida conturbada de um jovem negro e gay.

Com Christian Malheiros no papel principal, o longa tem um toque de Moonlight, mas ao invés da beleza azulada de Barry Jenkins, temos uma realidade dura e suja, transmitida pelos olhos de Alexandre Moratto.

Disponível na Globoplay.