Muito antes de se tornar conhecido como o criador da franquia Star Wars nos cinemas, George Lucas fazia sua estreia com um projeto modesto e ousado chamado THX 1138 - longa produzido por ninguém menos que Francis Ford Coppola e estrelado por astros como Donald Pleasence e Robert Duvall.

O enredo é ambientado em um futuro distópico, onde a cópula entre os seres humanos é proibida por lei, a população é obrigada a tomar remédios para se adequar às suas funções na sociedade e qualquer tipo de emoção é um tabu. Seguimos então THX 1138 (Duvall), um trabalhador de fábrica que deseja uma vida diferente - e que acaba ingerindo drogas diferentes, que despertam um lado revolucionário.

Com uma série amplamente divulgada pela HBO (que infelizmente acabou sendo cancelada após sua quarta temporada), Westworld se tornou um nome conhecido na cultura pop. Entretanto, o que muita gente não sabe é que a série é inspirada em um filme de 1973, Westworld: Onde Ninguém Tem Alma, dirigido por Michael Crichton (o criador de Jurassic Park).

O filme se passa em um futuro não muito distante, onde existe um parque de diversões habitado por seres robóticos, com três "mundos" baseados em eras diferentes da humanidade (Velho Oeste, Europa Medieval e Pompéia). A saga se passa nesse primeiro mundo, e mostra uma rebelião dos androides usados de atração no parque. O longa teve uma sequência, Futureworld (1976).

Ainda que seja relembrado pelos fãs de David Bowie como uma das obras mais impactantes do artista britânico na Sétima Arte, O Homem que Caiu na Terra acabou se perdendo com o tempo, e atualmente é até difícil achá-lo em plataformas legais de streaming, mesmo sendo uma história sensível e que faz o melhor uso dos recursos da ficção científica.

No longa, Bowie dá vida a Thomas Jerome Newton, um alienígena que se disfarça em uma forma humanoide e viaja até a Terra na esperança de levar um pouco de água para seu planeta, afligido por secas intermináveis. Então, vemos como suas habilidades o dão fama imediata - mas também o fazem cair refém de todos os vícios terrenos.

Outro longa que acabou sendo ofuscado pelo seu próprio legado - e nesse caso, de uma forma bem literal - foi Tron: Uma Odisseia Eletrônica. Com Jeff Bridges e Cindy Morgan no elenco, o filme nos apresenta a vida de Kevin Flynn, um programador que tenta hackear um jogo de arcade e acaba se vendo sugado para seu mundo eletrônico.

Por mais que muitos conheçam a continuação de 2010, Tron: O Legado, o filme original acabou sendo deixado de lado por muito tempo. Ainda que seu visual soe datado, ele foi muito importante para a história da computação gráfica no cinema, tendo sido o primeiro filme a inserir atores em um cenário totalmente digital.

Muito se fala acerca de 2001: Uma Odisseia no Espaço, um dos clássicos definitivos de Stanley Kubrick, que nos apresentou o misterioso monólito e sua enigmática aparição toda vez que a humanidade está prestes a dar um salto em sua evolução. Porém, muitos nem sabem que o longa teve sequência em 1984, com o lançamento de 2010: O Ano em que Faremos Contato.

Com roteiro e direção de Peter Hyams, 2010 definitivamente não chega aos pés de 2001 em relação à estética extravagante de Kubrick e a narrativa intrincada de Arthur C. Clarke. Ainda assim, é um longa interessante, que mostra uma missão conjunta dos Estados Unidos e da União Soviética para enviar uma expedição espacial para os arredores do planeta Júpiter.

Mesclando perfeitamente ficção científica e horror em um filme que mais soa como um capítulo perdido da franquia Hellraiser, O Enigma do Horizonte é uma das obras mais interessantes da carreira do controverso Paul W.S. Anderson, nos oferecendo uma história clássica de casa mal-assombrada - com a diferença de que a tal "casa" é uma nave espacial.

Em 2047, a tripulação da Lewis and Clark recebe um sinal de resgate da lendária Event Horizon, uma nave que teria sumido há sete anos, após ser engolida por um buraco negro. Agora, ela inexplicavelmente está de volta - e parece que sua passagem pelo buraco negro trouxe de volta algo sombrio e assustador... algo que só pode ter vindo de uma dimensão infernal!

Lançado bem na onda do sucesso de Titanic, o inquietante Cidade das Sombras acabou se tornando um fracasso de público e perdeu uma parcela considerável de seu público para o épico de James Cameron. Mas mesmo assim, há muito a se discutir sobre o thriller neo-noir dirigido por Alex Proyas (de O Corvo).

A trama acompanha John Murdoch (vivido por Rufus Sewell), um cara amnésico que desperta em uma banheira de hotel, sem saber como chegou até ali. A partir daí, ele precisa desvendar uma conspiração envolvendo os Estranhos, homens pálidos vestindo sobretudos escuros, que parecem ter controle sobre uma cidade. O filme influenciou a Saga Matrix.

Atualmente, temos inúmeras discussões a respeito do uso de ambientes em realidades virtuais, e como a tecnologia têm moldado um pouco dessa nossa obsessão pelo assunto (ainda que a maior aposta da área, o Metaverso de Mark Zuckerberg, tenha sido um fracasso retumbante). Porém, já na década de 90, o assunto era questionado por David Cronenberg.

Uma das pérolas mais esquecidas do cineasta canadense, Existenz conta a história de Allegra Geller, uma brilhante designer de jogos que precisa fugir de um assassino enquanto entra em sua própria criação, um mundo de realidade virtual chamado eXistenZ. O filme conta com os talentos de Jude Law e Jennifer Jason Leigh.

Encerrando nossa lista, trazemos esse filme pouco conhecido com direção de Richard Linklater (de Boyhood e de Antes do Pôr-do-Sol), que adapta uma obra homônima de Philip K. Dick - autor que já deu origem a vários ícones do sci-fi, como O Vingador do Futuro e Blade Runner: O Caçador de Androides.

O longa se ambienta em um futuro distópico em que 20% da população dos Estados Unidos se encontra viciada em uma droga chamada Substância D. O nosso protagonista, um agente interpretado por Keanu Reeves, já está dependente do narcótico, e seguimos sua vida psicodélica em um filme que é animado através de rotoscopia (animação por cima do live-action).