10 “Cortes do diretor” que são melhores que o filme original
10 “Cortes do diretor” que são melhores que o filme original
Às vezes, umas cenas adicionais fazem a diferença!
Na semana passada, muitos fãs ficaram mais do que felizes ao descobrir que a Warner Bros. vai lançar o Snyder Cut de Liga da Justiça, em 2021 no HBO Max. Muitos que não gostaram da versão “oficial” do filme já estão em celebração pela oportunidade de ver um longa mais próximo à visão original de Zack Snyder.
Isso nos fez lembrar de como vários filmes possuem versões estendidas e “cortes do diretor” que chegam a ser melhores que as edições que vão ao cinema. Nesta lista, relembramos dez destes filmes, que através de grandes (ou até mesmo pequenas) alterações, ficaram ainda melhores!
Créditos: Divulgação
Blade Runner: O Caçador de Androides (Blade Runner, 1982)
Se vamos falar de versões do diretor e edições alternativas, não podemos deixar de mencionar Blade Runner: O Caçador de Androides, o clássico dos anos 80 dirigido por Ridley Scott. O filme sofreu vários problemas em sua produção, incluindo os embates entre o estúdio e o diretor, que levaram o longa a ter nada menos que sete versões diferentes.
De todas elas, a melhor é o Final Cut, lançado em 2007. Nessa versão, nós temos um aprofundamento bem maior dos personagens e uma construção e compreensão melhor desse universo, e que impacta diretamente nos eventos da sequência de 2017, Blade Runner 2049. Muitos consideram essa edição parte do cânone oficial da franquia.
Cruzada (Kingdom of Heaven, 2005)
Ridley Scott volta a atacar, dessa vez com seu épico histórico de 2005, Cruzada. O filme foi lançado nos cinemas com uma duração de 144 minutos, e logo foi muito criticado por sua estrutura fragmentada, já que o estúdio "costurou" o filme original para que tivesse um lançamento mais comercial e lucrativo.
Por outro lado, a versão do diretor, lançada no mesmo ano, é muito melhor e conta com cerca de cinquenta minutos adicionais. Nessa edição, o filme flui com uma história mais completa e subtramas que adicionam à história, além de mais diálogos. O sucesso foi tanto que, durante anos, a Fox só lançava DVDs e Blu-Rays da versão do diretor, e não do corte que foi aos cinemas.
O Senhor dos Anéis (The Lord of the Rings, 2001-2003)
Embora não sejam "cortes do diretor" em si, as edições estendidas da trilogia d'O Senhor dos Anéis são aclamadas pelos fãs, justamente por trazerem diversos momentos dos livros que acabaram sendo cortados para que os filmes não ficassem longos demais. O resultado é uma expansão crucial da mitologia da Terra-Média.
Essas edições trazem momentos bem importantes para o desenrolar da trama - como, por exemplo, a morte de Saruman, o discurso emocionante feito por Boromir e a aparição do Boca de Sauron. Porém, vale um aviso: fique longe das edições estendidas de O Hobbit, que estendem ainda mais o que já não era necessário.
Eu Sou a Lenda (I Am Legend, 2007)
Baseado em um popular romance de Richard Matheson, o filme Eu Sou a Lenda, lançado originalmente em 2007, dividiu os fãs da obra original, por subverter vários elementos extremamente importantes da história, o que inclui o final. Ainda assim, em 2008, foi lançada uma versão "alternativa" do filme, que corrige muitos problemas da edição original.
Esse corte não possui muitas diferenças em termos de duração (a versão que foi aos cinemas contava com 1h40, enquanto a estendida adiciona apenas 3 minutos a mais), mas várias cenas são alteradas e o final é mais condizente e fiel ao livro, o que trouxe uma boa recepção entre os fãs. Se você nunca leu o livro, recomendo que veja as duas versões e tire suas conclusões.
Aliens: O Resgate (Aliens, 1986)
Quando James Cameron assumiu a franquia de horror alienígena, tivemos um dos melhores filmes de ação de todos os tempos. Em Aliens: O Resgate, continuamos a acompanhar Ellen Ripley em sua aventura trágica pelo universo, enquanto foge desesperadamente das garras da Rainha Xenomorfo.
A versão estendida, lançada cinco anos após o lançamento do filme, ajuda a construir a tensão com dezessete minutos adicionais, ao mesmo tempo em que traz algumas cenas bem trágicas e assustadoras - como, por exemplo, quando Ripley descobre que sua filha morreu durante o período em que ela passou em sono criogênico.
O Exorcista (The Exorcist, 1973)
O Exorcista é um daqueles longas malditos que muitos nutrem medo até hoje. O filme de William Friedkin adapta o livro de William Peter Blatty e é considerado um dos maiores clássicos do horror mundial. Mesmo a versão de cinema é espetacular, com vários momentos de gelar a espinha e atuações sensacionais.
Desde seu lançamento, Friedkin fez várias alterações no corte, o que culminou na edição definitiva, lançada em 2000. Com onze minutos a mais que a versão que foi para os cinemas, essa edição traz mais tensão e mais cenas brutais, como por exemplo a sequência em que Regan MacNeil desce as escadas de sua casa como uma "aranha".
Doutor Sono (Doctor Sleep, 2019)
Lançado no ano passado, Doutor Sono é o mais novo filme de Mike Flanagan, que realiza um feito absurdo ao unir as obras de Stephen King e Stanley Kubrick em um longa denso, sombrio e emocionante. Quando foi lançado nos cinemas, o filme já tinha uma duração robusta, com seus 152 minutos. Porém, a versão estendida vai além: são 3 horas, ao total.
Essa edição traz diversas melhorias e expande ainda mais a visão original de Flanagan para o filme, trazendo uma grande preparação para o clímax que se passa no Hotel Overlook, além de trazer um arco mais definido para Dan Torrance, que precisa batalhar com o alcoolismo. Para quem já gosta da versão original do filme, é um prato cheio.
Superman II: A Aventura Continua (Superman II, 1980)
Não é de hoje que os filmes de super-heróis ganham edições estendidas e versões do diretor. Um exemplo perfeito disso é Superman II, um filme que passou por um processo bem delicado em sua produção, já que o diretor Richard Donner acabou sendo demitido pela Warner após as filmagens, pouco antes de Richard Lester ser contratado para assumir seu lugar.
Lester acabou refilmando mais da metade do que já estava pronto no filme, e o resultado saiu bem, tanto financeiramente quanto na crítica especializada. Contudo, em 2006, foi lançado o corte original de Donner, que acabou sendo aclamado pelos fãs. Nela, o filme torna-se mais sério e explora a fundo o valor do Superman e seu heroísmo perante a humanidade.
Demolidor (Daredevil, 2003)
É um consenso geral entre os fãs de quadrinhos que o filme de 2003 focado no Demolidor é um grande fracasso. Embora tenha cenas marcantes, o longa peca com atuações ruins e uma história fragmentada, fazendo com que a aventura do Homem Sem Medo perca o peso dramático dos quadrinhos. Felizmente, temos uma versão que "corrige" esses problemas.
Lançada em 2004, a versão estendida segue a fundo os planos originais do diretor Mark Steven Johnson, e traz uma abordagem mais violenta (tanto que veio com a classificação indicativa R-Rated), além de se aprofundar um pouco mais no embate entre Matt Murdock e Wilson Fisk. Essa versão também segue mais fielmente a fase de Frank Miller nas HQs do herói.
Batman vs. Superman: A Origem da Justiça (Batman v Superman: Dawn of Justice, 2016)
E já que toda esta lista veio em homenagem ao Snyder Cut de Liga da Justiça, nada mais justo que terminá-la com outro filme do "visionário" diretor. Batman vs. Superman: A Origem da Justiça talvez seja o filme de super-heróis mais controverso de todos os tempos, tendo dividido a crítica e o público na época de seu lançamento.
Porém, quando o filme foi lançado em DVD e Blu-Ray, o lançamento veio acompanhado do corte do diretor de Zack Snyder, que acrescenta trinta minutos adicionais ao longa. Apesar de ser mais cansativo e perder o foco em várias subtramas paralelas, o filme fica mais "fechado" e compreensível. Para alguns fãs, Batman vs. Superman só funciona com essa edição.