Lançado em 2016, Zootopia - que, aqui no Brasil, recebeu o vergonhoso subtítulo Essa Cidade é o Bicho - veio com a proposta de usar animais fofos e engraçados para falar de preconceito e luta de classes. O longa ganhou um bom número de fãs em seu lançamento, e inclusive recebeu o Oscar para Melhor Filme Animado no ano seguinte ao seu lançamento.

O projeto custou em torno de US$ 150 milhões e acabou fazendo um número surpreendente nas bilheterias, conquistando US$ 1,025 bilhões no mundo todo. Aliás, a título de curiosidade, esse é um dos poucos filmes originais (ou seja, que não faz parte de franquia ou é baseado em alguma propriedade) a conquistar tal marco comercial.

Nos anos 2010, a Pixar deixou um pouco de lado sua ânsia por contar novas histórias e se entregou a uma onda de sequências, continuações e prequels. E embora muitos critiquem essa fase do estúdio, não há como negar que foi onde vimos os maiores sucessos comerciais da produtora de animação, e isso começa com Procurando Dory.

Lançado em 2015, o filme é uma espécie de continuação/spin-off do amado Procurando Nemo, de 2003. Aqui, acompanhamos uma jornada inteira do ponto de vista de Dory, a peixe azul com problemas de memória - e o resultado nas bilheterias foi colossal, conquistando cerca de US$ 1,028 bi ao redor do mundo.

Outra franquia altamente popular, a série de filmes Meu Malvado Favorito tirou a sorte grande com a estreia de seu terceiro filme, que chegou aos cinemas em 2017. Com produção da Illumination Studios, a trama segue o vilão Gru, que precisa se unir com seu irmão gêmeo Dru para impedir um ex-astro mirim que planeja destruir Hollywood.

O filme não recebeu críticas muito positivas - no Rotten Tomatoes, ele conta com 59% de aprovação dos jornalistas especializados -, mas na bilheteria, seu sucesso foi garantido. Ao total, o longa arrecadou mais de US$ 1,032 bi, número que só atesta o sucesso da franquia e cimenta a popularidade de Gru e seus amigos nas telonas.

Durante um bom tempo, Toy Story 3 foi a animação mais bem sucedida de todos os tempos, oferecendo aos fãs da franquia um desfecho satisfatório e emocionante para a jornada de Woody, Buzz Lightyear, bem como os outros brinquedos de Andy. O filme foi a primeira animação da história a cruzar a marca do bilhão.

Com uma produção estimada de US$ 200 milhões, o filme acabou ganhando US$ 1,067 bilhões nas bilheterias, dentre os quais US$ 415 milhões vieram apenas das exibições nos Estados Unidos. Com o passar dos anos, esses números começaram a parecer pequenos, frente a tantos outros filmes animados que também fizeram sucesso estrondoso.

Ainda que tenha se mantido estável durante muitos anos como o filme de maior sucesso de sua franquia, Toy Story 3 logo foi superado pelo mais novo lançamento da saga, Toy Story 4, de 2019, que oferece um novo começo para os personagens ao mesmo tempo em que traz despedidas bem emocionantes para os fãs.

O longa, assim como seu antecessor, também custou US$ 200 milhões para ser produzido, mas logo se pagou e escalou no topo das bilheterias dos EUA e do mundo, arrecadando cerca de US$ 1,073 bilhões. Agora, resta saber se Toy Story 5 - que já está sendo desenvolvido - será capaz de bater o lucro de seus predecessores.

Outra pedrada da Illumination Studios, Minions 2 estreou em julho de 2016, e logo se tornou a maior bilheteria de toda a franquia Meu Malvado Favorito - número que até hoje não foi batido. Dirigido por Pierre Coffin e Kyle Balda, o longa fez um grande sucesso apesar de ter conquistado apenas 55% de aprovação no Rotten Tomatoes.

Comprovando de uma vez por todas que a febre dos Minions não era apenas um fenômeno passageiro, o longa custou menos de 100 milhões de dólares, e acabou arrecadando US$ 1,159 bilhões no mundo todo. O segundo filme, de 2022, não ficou muito atrás, arrecadando um pouco menos de um bilhão de dólares.

Outro exemplo da "era de continuações" da Pixar, Incríveis 2 foi um dos que mais recebeu elogios por parte dos fãs, por se aprofundar em todas as dinâmicas da Família Pêra e apresentar novos super-heróis. O longa de Brad Bird também recebeu aclamação crítica, com 93% de aprovação no Rotten Tomatoes.

O longa não foi barato para os cofres da Disney, custando cerca de US$ 200 milhões e levando quatro anos para ser desenvolvido. Contudo, o sucesso foi garantido, e o longa arrecadou US$ 1,242 bilhões no mundo todo, e até hoje muitos se questionam se esse sucesso comercial não pode ser um indício de que um terceiro filme está a caminho.

2013 foi o ano que mudou tudo para a Disney, colocando o estúdio mais uma vez no topo da cadeia de animação em Hollywood, e o responsável por isso foi o filme que atormenta pais desde seu lançamento. Para além de Let it Go, Frozen: Uma Aventura Congelante se tornou uma das maiores e mais surpreendentes bilheterias para uma animação da Disney.

Subvertendo a clássica história de A Rainha de Neve de Hans Christian Andersen, o filme nos apresentou as irmãs Elsa e Anna, bem como a sua relação que é mais forte que qualquer romance de conto de fadas. Com orçamento estimado de US$ 150 milhões, o filme fez cerca de US$ 1,285 bi nas bilheterias mundiais.

O terceiro lugar da lista vai para um lançamento que saiu esse ano e, após quebrar todas as expectativas, se provou como um dos filmes mais lucrativos do ano. Super Mario Bros.: O Filme veio para contar a história do amado encanador da Nintendo, e acabou se provando uma grata surpresa para os gamers e fãs casuais do personagem.

Com produção da Illumination Studios (mesmo estúdio de Meu Malvado Favorito), o filme custou apenas US$ 100 milhões para ser produzido, mas já entrou para o décimo sexto lugar na lista de maiores bilheterias de todos os tempos, tendo arrecadado US$ 1,360 bilhões ao redor do mundo - e esse número continua crescendo.

Após o estrondoso sucesso do filme de 2013, é óbvio que a Disney não iria perder a chance de lançar Frozen II, dando continuidade à história das irmãs Elsa e Anna, que agora precisam descobrir mais a fundo o seu passado e seu lugar no mundo. Ainda que não tenha causado uma impressão tão forte quanto o primeiro, o filme fez um baita impacto nas bilheterias.

Com um orçamento estimado de 150 milhões de dólares. o filme arrecadou US$ 1,453 bilhões ao redor do mundo. Além de ter se tornado a segunda maior bilheteria para um filme animado, o filme conquistou o décimo terceiro lugar na lista de maiores bilheterias de todos os tempos, um feito mais do que impressionante.

Ainda que seja tratado por muitos como um "live-action" do filme original de 1994, O Rei Leão de 2019 é, na verdade, uma animação hiperrealista feita com efeitos digitais de ponta, criando animais digitais em cenários bem "realistas" na savana africana. O remake foi uma das maiores apostas da história da Disney - e os riscos foram compensados na bilheteria.

Por mais que as críticas ao filme sejam bem mistas, o longa - que custou em torno de US$ 250 a 260 milhões - acabou arrecadando US$ 1,663 bilhões nas bilheterias mundiais, tornando-se a animação mais rentável de todos os tempos. Não é à toa que o estúdio já deu sinal verde para um prequel, que se chamará Mufasa: O Rei Leão, e está previsto para o ano que vem.