10 coisas que você precisa saber sobre o filme cancelado do Batman

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10 coisas que você precisa saber sobre o filme cancelado do Batman

Por Gus Fiaux

No começo dos anos 2000, a DC Comics estava disposta a arriscar nos cinemas, pronta para dar início a uma nova franquia do Batman. Para isso, a Warner Bros. convocou o diretor Darren Aronofsky (Mãe!, Cisne Negro) para tomar conta do Cavaleiro das Trevas.

O filme veio bem antes da trilogia proposta por Christopher Nolan, e até hoje muitos imaginam como teria sido essa versão do personagem nos cinemas. Por isso, aqui separamos tudo o que você precisa saber sobre o filme cancelado do Batman!

Créditos: Divulgação
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Contexto da época

Os filmes de super-heróis estavam começando a florescer de vez nos cinemas, em especial graças às iniciativas da Marvel, como Blade e X-Men: O Filme. Isso fez com que o mercado cinematográfico revivesse o interesse por projetos baseados em quadrinhos.

Infelizmente, a DC e a Warner estavam em maus lençóis, especialmente com o Batman. Isso porque, em 1997, o famigerado Batman & Robin tinha sepultado o interesse e a fé no Cavaleiro das Trevas. Porém, o estúdio deu o braço a torcer e tentou reiniciar o projeto.

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O início da ideia

Tudo começou quando Darren Aronofsky tomou um grande interesse em quadrinhos e adaptações. Ele estava trabalhando em um projeto envolvendo Frank Miller quando conheceu a versão do Batman do autor, o que chamou a atenção da Warner.

Originalmente, Aronofsky queria fazer um filme baseado em O Retorno do Cavaleiro das Trevas, com um Batman mais velho e mais sombrio. Para isso, ele contou com a ajuda do próprio Frank Miller, que foi contratado pelo estúdio para escrever o roteiro do longa-metragem.

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Clint Eastwood como Batman?

Como a ideia original era apostar em um Batman mais velho e que volta de sua aposentadoria para enfrentar criminosos, o diretor estava interessado em um ator à altura do papel. Por isso, a primeira escolha foi Clint Eastwood, lendário ator e diretor conhecido pelo papel do Pistoleiro Sem Nome.

O filme se passaria nos anos 70 e mostraria um Batman bem mais violento e brutal do que conhecemos. Contudo, é bem importante ressaltar que o filme seria apenas inspirado em O Retorno do Cavaleiro das Trevas, mas não seria uma adaptação totalmente fiel.

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Nada de Gotham City!

A prova disso está na própria ambientação do filme. No projeto original de Aronofsky, o longa não seria ambientado em Gotham City, a lendária cidade que serve de base para o Batman, onde todas as suas histórias nos quadrinhos são situadas.

Em vez disso, Aronofsky queria tentar algo mais realista, com uma clara inspiração nos filmes de samurai. Por isso, o filme se passaria em Tóquio, no Japão. Com o passar dos anos, a ideia foi sendo mudada, até que Aronofsky passou a flertar com outra história do Batman nas HQs...

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Reformulação total

Insatisfeito com os planos, Darren Aronofsky pensou em reformular completamente o projeto. O filme seria uma adaptação de Ano Um, o arco das HQs escrito por Frank Miller onde vemos a origem do Batman e suas primeiras aventuras como vigilante em Gotham City.

Apesar disso, o longa teria diversas mudanças em relação ao quadrinho original. Por exemplo, ao perder seus pais, Bruce Wayne perderia todo seu dinheiro, e seria criado por um mecânico chamado Big Al. Miller continuou atrelado ao projeto, escrevendo o roteiro.

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Joaquin Phoenix assume a liderança

Como essa nova proposta seria focada em um Batman mais novo, Darren Aronofsky já não podia usar Clint Eastwood para o papel. Por isso, ele voltou seus olhos para um ator que estava começando uma prolífica carreira em filmes de sucesso: Joaquin Phoenix.

Isso mesmo, antes de interpretar o Coringa nos cinemas, Joaquin Phoenix quase se tornou o intérprete do Cruzado Encapuzado de Gotham City. Apesar disso, ainda não sabemos se o ator chegou a entrar em negociações com a Warner para interpretar o papel.

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Outros personagens confirmados

O filme mergulharia na origem do Batman, trazendo vários personagens clássicos da história do herói, como Jim Gordon. Também conheceríamos a Mulher-Gato, uma prostituta que teria um papel fundamental na criação do Cavaleiro das Trevas.

Outro personagem que estava no roteiro original era o Coringa. O Príncipe Palhaço do Crime apareceria brevemente em uma cena no Asilo Arkham, sendo apresentado para uma possível continuação, onde se tornaria o vilão principal do herói.

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Um Batman ainda mais sombrio

A proposta de Darren Aronofsky era mostrar um Batman verdadeiramente caótico e sombrio. De acordo com o diretor, o personagem nas mãos de Frank Miller era "bonzinho" perto do que ele queria fazer, mostrando um lado violento, brutal e torturador do Cavaleiro das Trevas.

Isso inclusive levou a diversas diferenças criativas entre ele e o próprio Frank Miller. Em entrevistas posteriores, o roteirista do filme e autor da HQ confessou: "Foi a primeira vez na vida que eu trabalhei em um projeto do Batman com alguém cuja visão sobre o Batman era mais sombria que a minha".

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Inspirações

De acordo com Darren Aronofsky, o filme teria inspirações em várias obras clássicas de Hollywood, especialmente os filmes da Nova Hollywood, período que começou na década de 70 e trouxe obras mais focadas em personagens e seus dramas psicológicos.

Uma das principais inspirações de Aronofsky para o filme era Taxi Driver, clássico de 1976 dirigido por Martin Scorsese. A ideia é que Bruce Wayne fosse como Travis Bickle, um homem que fica cada vez mais enojado e perturbado e enojado com o que acontece em Gotham City.

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Um novo horizonte

Poucos meses depois, a Warner decidiu pôr um fim ao filme, cancelando de vez o acordo com Darren Aronofsky. O motivo? Eles preferiram a versão anterior do projeto, que não se passava em Gotham City e traria um Batman mais velho. Quando viram as mudanças, eles se desanimaram com a ideia.

Ainda assim, talvez tenha sido melhor desse jeito, já que o cancelamento do filme permitiu que a Warner pudesse fazer a trilogia do Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan, começando em 2005 com Batman Begins. Ainda assim, imaginamos como teria sido a franquia de Aronofsky...