Disney: 10 filmes do estúdio que foram cancelados e os motivos por trás disso

Capa da Publicação

Disney: 10 filmes do estúdio que foram cancelados e os motivos por trás disso

Por Gus Fiaux

Com mais de cem anos de história, a Disney é um dos estúdios mais famosos do cinema – assim como suas subsidiárias, como a Marvel, a Pixar e a Lucasfilm. Ao longo dos anos, o estúdio criou para si um império midiático, graças à Walt Disney Animation Studios – o estúdio famoso pelas principais animações do mercado, desde as Princesas Disney até obras como Lilo & StitchPinóquio Fantasia.

No entanto, por mais que tenhamos uma quantidade monumental de filmes saindo todos os anos, há vários projetos que foram anunciados (ou estavam em estágios avançados de desenvolvimento) e que foram cancelados, sem mais nem menos. Aqui, você confere 10 filmes da Disney que foram cancelados – e os motivos por trás disso!

Imagem de capa do item

Dom Quixote

Desde o início, a Walt Disney Animation Studios sempre buscou por fontes peculiares para contar suas histórias, incluindo contos de fadas e romances famosos. Foi assim que Dom Quixote, o clássico atemporal de Miguel de Cervantes caiu no colo do estúdio, dando início a uma série de projetos cancelados e frustrados ao longo dos tempos.

A primeira vez que o estúdio se propôs a fazer uma adaptação foi em 1946, na forma de um curta musical. Com a Segunda Guerra Mundial, o projeto foi adiado para 1951, onde renasceu como um longa-metragem, que nunca saiu da fase de desenvolvimento inicial. Nos anos 2000, o projeto foi revitalizado, mas muitos achavam que seu estilo era "muito adulto", por isso foi cancelado novamente.

Imagem de capa do item

Chanticleer

Um dos primeiros filmes cancelados da Disney, Chanticleer começou a ser produzido na década de 40, pouco após o lançamento de Pinóquio. O filme seria baseado no personagem homônimo que aparece nas histórias de Reynard, a Raposa, uma figura medieval muito famosa na Europa. Aqui, seguiríamos a história de um galo rabugento e aristocrata.

A Disney teve diversos problemas para tirar isso do papel, uma vez que os animadores do estúdio achavam que o personagem não seria muito querido pelo público. Com o advento da Segunda Guerra Mundial, a produção acabou sendo paralisada e só retornou na década de 60, mas logo foi descartada por conta dos mesmos problemas: Chanticleer seria um protagonista odiável.

Imagem de capa do item

Onde Vivem os Monstros

Na década de 1980, a Disney estava passando por sua "Era Sombria" e buscava projetos mais ousados. Foi assim que eles compraram os direitos de Onde Vivem os Monstros, livro de 1963 escrito e ilustrado pelo norte-americano Maurice Sendak. A ideia era fazer um filme que misturasse os elementos de animação com cenários em CGI.

Uma sequência de teste chegou a ser produzida e pode ser encontra por aí nos recantos da internet, mas logo os executivos perceberam que seria um tanto custoso produzir um filme inteiro com esse tipo de animação. Por isso, o projeto acabou sendo engavetado, até que o livro ganhou uma adaptação live-action em 2009, dirigida por Spike Jonze e lançada pela Warner.

Imagem de capa do item

Abarat

No começo dos anos 2000, a Disney estava desesperada para lançar a sua própria saga de fantasia para bater de frente com o sucesso de Harry Potter. Isso levou eles a adquirirem os direitos de Abarat, saga de livros juvenis escritos por Clive Barker - sim, o mesmo criador de grandes clássicos do cinema de terror, como Hellraiser: Renascido do Inferno.

A ideia era produzir uma adaptação (que até hoje não se sabe se seria live-action ou animada) dos livros, que contam a história de uma menina normal que viaja para um mundo fantástico repleto de ilhas, onde cada uma delas representa uma das horas do dia. Havia também planos para construir um parque temático inspirado no universo da saga, mas isso nunca saiu do papel.

Imagem de capa do item

Fraidy Cat

Anunciado no começo dos anos 2000, com uma data de lançamento prevista para 2009, Fraidy Cat seria uma animação de comédia e suspensa com direção de John Musker e Ron Clements (de Aladdin e A Pequena Sereia). A história giraria em torno de um gato laranja que teria que resolver o mistério acerca do desaparecimento de uma cacatua.

O filme originalmente foi planejado como uma homenagem ao cinema noir e aos filmes de Alfred Hitchcock, fazendo referências a diversas obras do cineasta. No entanto, a Disney passava por um período financeiro bem ruim e acreditava que o público mais jovem não iria se conectar com algo ligado a Hitchcock, então o projeto acabou indo pelo ralo.

Imagem de capa do item

The Shadow King

Após ter encantado o mundo com filmes como O Estranho Mundo de Jack e Coraline e o Mundo Secreto, Henry Selick tentou vender seu projeto mais ousado para a Disney. The Shadow King se focaria na história de um órfão com dedos muito grandes, que seria capaz de criar sombras e dar vida a elas.

O projeto começou a ser desenvolvido, mas a Disney teria gastado cerca de US$ 50 milhões apenas para as fases iniciais da produção, que seria feita em stop-motion. Eles então decidiram abrir mão do filme, e recentemente os direitos voltaram para Henry Selick, que até agora não disse se pretende continuar o projeto em outro estúdio.

Imagem de capa do item

Newt

Diferente da Walt Disney Animation Studios, a Pixar não costuma anunciar projetos e cancelá-los depois, mas foi isso mesmo que rolou com Newt, um projeto anunciado em 2010, que seguiria a história de duas salamandras - as últimas de sua espécie - que precisariam se juntar para dar um futuro à sua raça... o problema é que elas se detestavam.

O filme teria sido lançado em 2011, mas foi adiado por um ano. Depois disso, pouco se ouviu sobre o desenvolvimento da história, e logo ele caiu no limbo de produção. Pete Docter (de Monstros S.A.) chegou a assumir o filme, mas disse que tinha uma "ideia melhor" para pôr em prática - e foi assim que nasceu Divertida Mente, um dos maiores sucessos do estúdio.

Imagem de capa do item

King of the Elves

Planejado originalmente para 2012, King of the Elves era uma produção que estava sendo desenvolvida junto de Frozen, e teria sido um espetáculo visual para a Disney. A história mostraria uma raça de elfos vivendo ao lado de um anão no meio do Mississipi. Eventualmente, eles nomeariam um ser humano normal como seu rei e líder.

O projeto foi desenvolvido por John Lasseter e Chris Williams, e teve várias imagens divulgadas. No entanto, o projeto chegou a um fim abrupto ainda em 2009, quando Williams "perdeu a paixão" pela história. Depois, em 2016, ele foi revitalizado, apenas para ser engavetado novamente, com Chris Williams confirmando que não queria tocar o filme para frente.

Imagem de capa do item

Mort

Em 2013, executivos e sócios de Terry Pratchett se reuniram para tentar vender os direitos de Mort para a Disney. A ideia era acompanhar o personagem titular, um adolescente recém-contratado para ser o aprendiz da Morte. A ideia era adaptar o quarto livro da série Discworld, saga de fantasia e comédia criada por Pratchett.

O projeto, infelizmente, morreu bem antes de começar, já que os executivos do estúdio perceberam que teriam que comprar os direitos para toda a saga de livros (que conta com mais de 40 volumes). Sem saber se Mort daria um retorno comercial considerável, eles optaram por recusar a proposta, o que deixou diversos fãs de Pratchett inconsoláveis.

Imagem de capa do item

Gigantic

Após um período conturbado no começo dos anos 2000, a Disney viu seu império crescer novamente nos anos 2010, em grande parte graças às novas versões "repaginadas" de contos de fadas, como Frozen e Enrolados. Foi aí que eles começaram a preparar uma nova releitura de João e o Pé de Feijão, que se chamaria Gigantic.

O filme foi anunciado na D23 de 2015, com data de estreia prevista para o ano de 2018 e algumas artes conceituais que encantaram os fãs. Depois, foi anunciado que o longa seria adiado para 2020, até que ele foi cancelado sem mais nem menos. Até hoje, nenhum motivo oficial foi dado, o que deixou fãs do estúdio bem confusos.