[CRÍTICA] No Heroes Here – Um jogo brasileiro onde todos são heróis!

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[CRÍTICA] No Heroes Here – Um jogo brasileiro onde todos são heróis!

Por Felipe Vinha

Você já pensou o que aconteceria se todos os heróis morressem? É este exercício de imagem que o jogo No Heroes Here propaga.

Criação do estúdio brasileiro Mad Mimic, o game mescla alguns conceitos interessantes de cooperação e a ideia de que pessoas comuns também podem fazer a diferença, para entregar uma diversão adequada e bem construída.

Saiba mais a respeito, em nossa análise completa!

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Ficha Técnica

Nome: No Heroes Here

Plataformas: PS4, Xbox One, PC, Switch (Versão analisada)

Gênero: Aventura

Modos de jogo: Um jogador, multiplayer cooperativo

Estúdio: Mad Mimic

Publicadora: Mad Mimic, Chorus Worldwide

Data de lançamento: 28 de junho de 2018 (Versão Switch)

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E se não existissem mais heróis? Bem, é de assumir que a premissa não é tão inovadora assim. Já são muitos os gibis, filmes e até alguns jogos de videogame já trataram do assunto. Mas há sempre espaço para se diferenciar, e é como o jogo No Heroes Here tenta abordar sua trama.

Depois que os heróis do reino pereceram, cidadãos comuns precisam se revezar para montar as defesas de suas cidadelas, contra hordas de inimigos em comum que surgem ao horizonte.

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No Heroes Here tem uma premissa bem simples e explica sua história em apenas alguns poucos segundos. Logo você está no comando e jogando aquilo que é um dos games brasileiros mais divertidos dos últimos tempos.

Com controles fáceis de entender, mas difíceis de dominar, No Heroes Here se destaca pela dificuldade, ainda que a curva de aprendizado, em algumas fases, seja um pouco atenuada demais.

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Para quem jogou o aclamado Overcooked, No Heroes Here pode trazer algumas semelhanças. O jogo tem a cooperação como elemento central em sua jogabilidade. É preciso jogar com outros amigos para sentir de verdade o que a aventura representa, e aí está uma de suas principais fraquezas, de certa forma.

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No Heroes Here, como citamos, se assemelha a Overcooked em diversos sentidos, mas com uma temática diferenciada. No lugar de cozinhas e clientes, temos castelos e suas defesas, que devem ser lançadas contra os inimigos que avançam.

Assim, um total de até quatro participantes deve cooperar de maneira constante, para que possam vencer os inimigos e lidar com a situação. O lance é que No Heroes Here parece ter uma dificuldade pouco equilibrada, caso jogue com menos do que o número máximo de jogadores.

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Para exemplificar melhor: jogamos com todos os números de participantes possíveis, em nossos testes. Com quatro, a coisa fluiu muito bem. Com três, ainda deu para ser bem divertido. Jogar com uma ou duas pessoas é uma tarefa incrivelmente difícil.

Ainda que o game tenha a oportunidade de alternar entre os personagens, caso esteja jogando sozinho, ao clique de um botão, não é o ideal. Ele foi desenhado para ser jogado com o máximo de participantes.

Além disso, até existe um seletor de dificuldade, no início do game, mas ele flutua entre "Normal" e "Hardcore", o que não ajuda tanto assim.

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E, claro, nesse sentido, nem todos os jogadores se sentirão à vontade de depender de amigos locais para participar dos embates. Tentando contornar a situação, o game oferece um modo multiplayer online – o problema é que ele não é tão bem populado, já que, aparentemente, quase ninguém se sentiu compelido a jogar via rede.

Isso porque testamos o game em seu lançamento, no Nintendo Switch, mesmo após a normalização de servidores. Infelizmente, a pouca audiência online faz seu principal problema crescer ainda mais.

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Mas, em outros aspectos, No Heroes Here se sai bem. O jogo é divertido no sentido mais amplo e, quando jogado “do jeito certo”, por mais que deteste essa afirmação, ele se sai muito bem em termos práticos.

Completando o pacote ainda há gráficos muitos interessantes, mesclando um pixel art mais rústico para os personagens e um pouco mais avançado para os cenários. Ficou uma boa mescla.

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Conclusão

No Heroes Here é um jogo nacional bem competente e que merece todos os elogios e prêmios que recebeu! Seu design é prático, visual limpo e bonito, além de ser um título ideal para ser jogado com até quatro participantes no mesmo sofá – ou cadeiras, ou no chão.

Seu maior problema é a falta de um equilíbrio maior para menos jogadores, causando algum transtorno para quem espera jogar sozinho, e não conte com o modo online. Ele também pode ser um pouquinho repetitivo, mas nada que comprometa a experiência total.

O lançamento no Switch faz muito sentido, já que a plataforma é uma espécie de “casa perfeita” para títulos independentes. Vale a pena dar uma conferida, se você busca um cooperativo de qualidade.

Nota: 3,5 de 5