[CRÍTICA] Missão: Impossível – Efeito Fallout – O Bigode fez a diferença!

Capa da Publicação

[CRÍTICA] Missão: Impossível – Efeito Fallout – O Bigode fez a diferença!

Por Guilherme Souza

Na próxima quinta-feira, chega aos cinemas Missão: Impossível – Efeito Fallout, sexta parte da aclamada franquia de ação. Com Tom Cruise de volta ao papel principal, vemos a continuação das aventuras de Ethan Hunt e as consequências da dissolução da Força de Missões Impossíveis.

Será que depois de cinco filmes a franquia ainda tem fôlego para atrair o público e se manter interessante? Descubra em nossa crítica SEM SPOILERS.

Imagens: Divulgação

Ficha Técnica

Título: Missão: Impossível - Efeito Fallout

Ano: 2018

Lançamento: 26 de julho de 2018 (Brasil)

Direção: Christopher McQuarrie

Duração: 2h e 28min

Sinopse: Quando uma importante missão não sai como o planejado, Ethan Hunt (Tom Cruise) e o time do IMF unem forças em ação numa corrida contra o tempo para acertar as contas com os erros do passados.

Imagem de capa do item

Desde os anos 90, a franquia Missão: Impossível se tornou uma grande referência na carreira de Tom Cruise. Agora, mais de vinte anos depois, o ator continua trabalhando em projetos da franquia e mostrando que, assim como o vinho, quanto mais velho, melhor!

Em Missão: Impossível - Efeito Fallout, vemos o agente Ethan Hunt sendo assombrado pelo fato de não ter matado o vilão Sean Lane no filme anterior, consequentemente, colocando em risco a vida de sua amada Julia.

Apesar de ainda se culpar pelo ato, Hunt recebe uma nova missão, interceptar a venda de esferas de plutônio que seriam usadas para criar bombas nucleares que destruiriam os principais polos religiosos do mundo. Entretanto, Hunt acaba falhando em sua missão e, a partir daí, a trama do longa começa a se desenrolar, já que o agente precisa encontrar um meio de recuperar as esferas e impedir o ataque.

Imagem de capa do item

Como se tornou praxe da franquia, somos presenteados com todos os elementos clássicos e amados pelos fãs: cenas de luta eletrizantes, perseguições de tirar o fôlego, agentes secretos disfarçados, aparatos tecnológicos incríveis e… Tom Cruise fazendo coisas loucas.

Depois de cinco filmes, Cruise está mais do que habituado com seu papel e com a franquia como um todo, e isso se reflete em sua excelente atuação. O ator parece realmente ter nascido para interpretar Ethan Hunt, já que ele consegue externalizar seu melhor quando está vivendo o personagem, deixando de lado a atuação caricata de A Múmia e dando lugar a um personagem sério, crível e carismático.

Imagem de capa do item

Mais uma vez, Christopher McQuirre assume a direção de um longa da franquia, e mostra que suas experiências anteriores serviram para que ele fizesse um refinamento seu trabalho para entregar uma verdadeira obra-prima de ação, encaixando perfeitamente todos os elementos básicos que um filme do gênero deve ter e dando seu toque único e inovador.

Além da direção, McQuirre também fica responsável pelo roteiro, que apesar de conter alguns momentos clichês e previsíveis, contém uma trama empolgante e envolvente, que não deve nada para filmes como 007 e John Wick.

Imagem de capa do item

Embora os personagens de apoio tenham muito destaque, Cruise é quem realmente brilha. O ator mostra que não quebrou sua perna em vão durante as gravações, realizando cenas que transpiram realismo. No auge de seus 56 anos de idade, o ator não fica devendo nada para os mais recentes protagonistas de filme de ação. Pelo contrário, eles é quem ficam devendo para o veterano.

O realismo é tanto, que fica difícil identificar as cenas que usam computação gráfica e as que são realizadas pelos atores/dublês com efeitos práticos, o que é mais um ponto positivo para a direção de McQuirre.

Imagem de capa do item

Ao falar sobre novos personagens, temos a incrível Angela Basset como a implacável chefe da CIA Erica Sloan e seu fiel escudeiro, August Walker, que é interpretado por Henry Cavill e seu polêmico bigode.

No longa, podemos ver uma nova faceta de Cavill, que expande seus dotes de atuação e tenta mostrar que sabe fazer muito mais do que o Superman. Depois dos eventos de Missão Impossível: Nação Secreta, a Força de Missões Impossíveis se tornou desacreditada pelo governo norte-americano, com isso, Sloan designa Walker como um supervisor de Hunt na busca pelas esferas de plutônio, mas a relação entre os dois agentes não é das melhores, criando uma dinâmica interessante em tela.

Imagem de capa do item

Vemos Cavill sendo um verdadeiro babaca e uma pedra no sapato de Hunt, mas não interprete isso como algo negativo, já que o ator conseguiu cumprir muito bem o papel que lhe foi proposto e passar a credibilidade necessária para a trama.

Apesar de ter se saído bem na atuação, Cavill brilha mesmo nas cenas de ação, em que pode exibir sua boa-forma e mostrar que sabe brigar. Aliás, as cenas de luta são excelentes, todas extremamente bem coreografadas e enquadradas, nos fornecendo um realismo muito empolgante.

Imagem de capa do item

Quem também se destaca é a atriz Rebecca Ferguson, que retorna ao papel da agente inglesa Ilsa Faust. Na trama, a agente precisa se redimir perante ao MI6, e para isso, seu caminho precisa mais uma vez se cruzar com o de Hunt e sua arriscada missão nuclear.

Além do retorno de Ferguson, temos também o retorno de Alec Baldwin, Simon Pegg e Ving Rhames, aos papéis de Alan Hunley, Benji Dunn e Luther Stickel, respectivamente. Figurinhas carimbadas da franquia, não é preciso falar muito sobre como, mais uma vez, eles se encaixam perfeitamente na trama e enriquecem a atuação de Cruise.

Imagem de capa do item

A trilha sonora, assim como os efeitos especiais e a fotografia, é o ponto alto do longa, que além de acrescentar dinamismo às cenas, consegue provocar emoções no espectador, tais como empolgação e apreensão.

O diferencial da trilha é que, por muitas vezes, ela se destaca não só pelas melodias, mas pelos efeitos sonoros, que literalmente te levam para dentro da tela e te fazem sentir como se fizesse parte da cena.

Imagem de capa do item

Missão: Impossível - Efeito Fallout acaba sendo mais um ótimo título para os filmes de ação, sabendo equilibrar perfeitamente uma história coesa e interessante com personagens carismáticos, ótimas cenas de luta e situações de tirar o fôlego.

Com um vilão bem estruturado e um universo de espiões com um potencial incrível, mal podemos esperar por mais aventuras de Ethan Hunt e seus companheiros. É engraçado pensarmos que, mesmo depois de tantos anos, ainda sentimos empatia pelos personagens e pela franquia, o que nos faz refletir sobre até quando Tom Cruise ainda aceitará interpretar o personagem.

NOTA: 4,5/5