[CRÍTICA] My Hero Academia: Segunda Temporada – PLUS ULTRA!

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[CRÍTICA] My Hero Academia: Segunda Temporada – PLUS ULTRA!

Por Mike Sant'Anna
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My Hero Academia (Boku no Hero) chega em sua segunda temporada fazendo jus ao mote principal da U.A: PLUS ULTRA!

O mote significa que você tem que se superar pelo menos um pouco, sempre que achar que chegou no seu ápice e no seu limite, para entregar um desempenho ainda melhor. E é exatamente isso que temos nesta segunda temporada do anime, algo ainda melhor, ainda superior, ainda mais intenso do que foi feito na primeira que foi de uma extrema qualidade e fez um ótimo trabalho nos apresentando este novo mundo.

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A temporada começa exatamente de onde a primeira parou, apresentando as consequências do ataque de Tomura Shigaraki e seu “exército de vilões” aos alunos do 1-A. Isso logo dá início ao Festival de Esportes, que é um dos pontos mais altos da temporada. Afinal de contas, o que seria de um anime Shonen de ação sem um bom e velho “torneio de artes marciais”, não é?

Mas o divertido deste torneio em questão é que ele nos pegou um pouco de surpresa. Quando imaginávamos que seria exatamente só mais um torneio como em Dragon Ball, Yu Yu Hakusho, Naruto, etc, Boku no Hero nos apresentou as etapas anteriores, o que nos deu a oportunidade de ver o anime mais uma vez explorar de forma super criativa os poderes de cada um dos personagens.

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A parte final do Festival de Esportes - aí sim a gente entra na parte do ”porradeiro-generalizado-DBZ-style” - foi algo incrivelmente surpreendente também. Todas as cenas de luta foram muito bem animadas, dando atenção para personagens que não tinham recebido muito espaço ainda, como Fumikage Tokoyami por exemplo.

Um ponto muito interessante foi transformar Uraraka em uma personagem forte e independente, uma grande estrategista que por muito pouco não conseguiu vencer o poderoso Bakugo, que venceu o Festival em uma “explosiva” luta contra Todoroki em quase todo seu esplendor.

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Separei um momento especial para falar sobre a luta de Midoriya vs Todoroki porque, sem sombra alguma de dúvidas, foi um episódio que deixou todos que assistiam com a adrenalina à flor da pele. Mais uma vez, o anime sendo excelente em construir clímax e deixar o espectador completamente empolgado.

Além disso, ver as maneiras criativas com que Midoriya teve que lidar para conseguir usar seu poder de “maneira sábia”, só ficou para trás do momento em que ele resolveu chutar o balde e ir com tudo logo após um intenso discurso direcionado à Todoroki. Com certeza um dos melhores momentos da temporada.

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Com o fim do Festival, tivemos um momento que prova que os personagens de My Hero Academia são completamente relacionáveis e identificáveis com a gente, porque eles também são forçados a fazer estágio obrigatório não remunerado.

Brincadeiras à parte, essa é uma parte muito importante, que foi muito bem trabalhada, pois tivemos um grande desenvolvimento em vários personagens. Infelizmente, o anime perdeu a oportunidade de manter a qualidade do Festival e acabou realmente dando um grande destaque para os protagonistas, oferecendo apenas “esmolas” de exibição para os coadjuvantes. Nem mesmo Bakugo foi bem desenvolvido neste arco, sendo completamente desperdiçado.

Mas por outro lado, Midoriya teve um de seus maiores avanços desde que recebeu o One-For-All, quando finalmente aprendeu a controlar muito mais o seu poder.

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Esse arco dos estágios obrigatórios nos levou a outro momento que ficou marcado na temporada, a luta contra o Assassino de Heróis. Stain foi um personagem muito importante para esta temporada, tanto para o desenvolvimento de Iida, Todoroki e Midoriya, quanto para o desenvolvimento e criação da Liga de Vilões.

Mais uma vez, uma luta extremamente bem feita, com soluções interessantes, empolgante e envolvendo um vilão absurdamente instigante e carismático.

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Chegamos então ao arco final, onde tivemos as provas finais dos alunos da turma 1-A. O fato de cada dupla ter que enfrentar um professor, foi algo que despertou muito nossa curiosidade, por ainda não conhecermos alguns deles como o Ectoplasm ou o diretor da escola.

Mais uma vez, o brilhantismo do anime retornou em tratar todos os personagens coadjuvantes com devido respeito e até mesmo a luta de Mineta recebeu a atenção que merecia. Mesmo que soubéssemos que o grand finale seria a luta de Bakugou e Midoriya vs All Might, não tivemos nenhum sentimento de ”encheção de linguiça” durante as etapas anteriores que foram um deleite de acompanhar.

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Sobre esta última luta, Bakugou e Midoriya vs All Might, com certeza não decepcionou ninguém, o que trouxe um surpreendente protagonismo pra cima de Bakugo que eu, particularmente, não estava esperando. A luta foi intensa e mostrou um lado meio impiedoso de All Might.

Porém, isso mais uma vez trouxe um holofote pra cima do personagem que menos vem evoluindo na trama, o que está começando a irritar com essa personalidade imutável, mesmo que ele tenha sido excelente durante a luta.

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Uma coisa que com certeza brilhou de maneira incrível nesta temporada foi o desenvolvimento de personagens. Desde os alunos do 1-A, passando por All Might e sua situação onde, aos poucos, ele vai cada vez enfraquecendo mais e tendo que abrir mão desse seu “posto”.

Também tivemos o desenvolvimento de Tomura Shigaraki e toda sua busca pela sua convicção e, principalmente, o desenvolvimento de Midoriya que, agora mais do que nunca, precisa se tornar o herói que ele tem que ser para enfrentar o All-For-One.

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Trazendo uma temporada eletrizante, empolgante e divertida, onde vimos os jovens personagens da primeira temporada amadurecendo de uma forma fluida e natural, rumo ao destino onde eles se tornarão grandes heróis.

Com lutas muito bem animadas e uma exploração super criativas dos poderes dos personagens, a segunda temporada de Boku no Hero seria perfeita se não escorregasse vez ou outra em algumas de suas melhores características. Mas mesmo assim, é digna de receber 4 All Mights e que agora venha a terceira temporada! PLUS ULTRA