[CRÍTICA] Dragon Ball FighterZ – O jogo que estávamos esperando finalmente chegou!

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[CRÍTICA] Dragon Ball FighterZ – O jogo que estávamos esperando finalmente chegou!

Por Fernando Maidana

Confira a nossa análise de um dos melhores jogos da franquia!

Imagens: Divulgação
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Ficha Técnica

Título: Dragon Ball FighterZ

Plataformas: PlayStation4, Xbox One, PC

Gênero: Luta

Quantidade de jogadores: 2 Online/Co-op Local

Estúdio: Arc System Works

Publicadora: Bandai Namco

Data de lançamento: 26 de Janeiro de 2018

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Dragon Ball é certamente uma das propriedades mais amadas ao redor do mundo.

São tantos anos de mangás, animes e filmes que é praticamente impossível encontrar alguém que não esteja familiarizado com Goku, Vegeta e os outros Guerreiros Z.

Como de costume, todo desenho de sucesso acaba, consequentemente, se transformando em um jogo.

É um caminho natural. Os fãs querem ter a experiência de viver naquele mundo. O problema é que, na maioria das vezes, a realidade pode ser bem diferente da expectativa.

Talvez Dragon Ball seja o anime que mais tenha ganhado adaptações para os videogames. Logicamente, depois de tantas tentativas, temos alguns sucessos acumulados. Mas as falhas ainda pesam na balança.

Agora, Dragon Ball FighterZ surge como o jogo definitivo para os fãs da franquia. Mas será que é tudo isso mesmo?

Prepare seu ki e confira o que achamos!

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Dragon Ball FighterZ se destaca dos jogos anteriores da franquia desde sua tela inicial.

Agora, os jogadores interagem em um centro comum. Lá eles podem conversar, iniciar batalhas aleatórias ou partir para os diferentes modos de jogo.

Aqui temos as Batalhas Online, Batalhas Locais, Arcade, Treino e História.

Em se tratando de se tornar um lobby para que os jogadores façam amizades, certamente esse centro comum será um grande desperdício. O máximo de interação que você costuma ter com os outros players é usar alguns stickers engraçadinhos durante alguns segundos até que alguém se canse da brincadeira e vá fazer algo útil.

Mas a ideia é interessante e, certamente, é muito mais divertido se movimentar dessa maneira para escolher seu modo de jogo do que em uma tela de seleção ou mesmo um mapa com áreas diferentes.

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O Modo História cumpre o papel de contextualizar o jogador à realidade do game.

Ao contrário de diversos outros jogos da franquia que apenas encontram uma forma de contar a mesma história do anime, mas de uma maneira diferente, Dragon Ball FighterZ criou um arco original que trouxe de volta personagens icônicos como Cell, Androide 16 e Nappa, mas também incorpora elementos de Dragon Ball Super e até mesmo introduz uma personagem original, a Androide 21.

A trama é simples, mas encontra uma boa solução para explicar jogadores diferentes utilizando os mesmos personagens durante os combates.

A Força Red Ribbon construiu um exército de clones dos guerreiros do Universo Dragon Ball para destruir os guerreiros originais. Assim, os jogadores assumem o papel de uma alma capaz de conectar-se espiritualmente com os lutadores originais e enfrentar os diversos clones espalhados pelo mundo.

A história é dividida em 3 arcos que mostram a mesma trama, mas de diferentes pontos de vista. Ao concluir o modo, a poderosa Androide 21 torna-se uma personagem jogável.

Apesar de "original". A história é basicamente uma reciclagem da Fase Majin Boo do anime, mas ainda assim possui elementos interessantes que prendem a atenção do jogador.

Exceto por alguns pequenos problemas...

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O sistema utilizado para progredir na história é extremamente cansativo.

O jogador possui um "tabuleiro" com diferentes casas para avançar e um número limitado de movimentos.

As casas podem conter batalhas que lhe renderão itens ou moedas de recompensa, desbloquear outros lutadores, tutoriais ou serem apenas casas vazias para te fazer gastar um movimento.

O importante é efetuar o combate contra o boss daquele estágio para poder avançar ao próximo capítulo.

Até que seria interessante, mas no decorrer do jogo o sistema torna-se enfadonho e não te estimula a progredir na trama. A única recompensa é o desbloqueio da Androide 21, mas você não se sente motivado durante a jornada.

Os combates são fáceis e você consegue passar por diversas batalhas sem sofrer um único hit do inimigo. Além disso, é frustrante enfrentar personagens como Cell e Freeza durante as batalhas tutoriais, nas quais os lutadores nem mesmo esboçam reação aos golpes.

Se a ideia era tornar o caminho mais fácil para os jogadores apenas apreciarem a história, teria sido melhor criar um caminho mais simples que não obrigasse o player a passar por tantas situações repetitivas.

É, sério... Eu não aguentava mais as cutscenes dos personagens encontrando seus clones e repetindo o mesmo discurso de: "Nossa! Essa vai ser uma luta diferente. Vou poder aprimorar meus poderes e blablabla..."

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A questão visual é um dos grandes trunfos de Dragon Ball FighterZ.

A escolha da jogabilidade 2D em vez do tradicional 3D que instaurou-se nos últimos jogos da franquia permitiu que tanto personagens quanto cenários fossem melhor aprimorados.

Mesmo assim, nós ainda temos a mesma sensação de grandeza e destruição dos outros jogos. Aliás, essa sensação consegue ser ainda maior.

O jogo parece ser um dos diversos episódios de Dragon Ball focados inteiramente no combate... E num episódio dos bons!

A movimentação dos personagens é fluida e extremamente fiel ao anime. As animações de fins destrutivos, mesmo entre as transições dos lutadores, são rápidas e prazerosas de se assistir. Você não tem a percepção de que aquilo está interferindo na jogabilidade. Muito pelo contrário, parece um passo natural dentro do contexto da batalha.

A única coisa que pode incomodar alguns jogadores é o número de personagens em tela durante os especiais. Em alguns momentos é até difícil distinguir o que está acontecendo. Mas basta adaptar-se à jogabilidade de FighterZ que fica fácil encontrar o seu personagem.

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Outro grande acerto do jogo é sua amigável jogabilidade.

Dragon Ball FighterZ possui mecânicas de combates simples de se aprender, mas complexas de se aprimorar.

Qualquer jogador novato conseguirá se divertir durante o modo história, ou mesmo em combates locais, contra seus amigos. Mas jogar partidas ranqueadas é outra história...

Todos os personagens possuem uma base de golpes semelhante, mas as pequenas mudanças de um para o outro permitem uma imensa gama de combos e movimentações diferentes.

Uma sequências de golpes médios efetuadas pelo Goku resultam em uma série de socos. Já a mesma sequência com o Gotenks gera um combo com dois supergolpes ao final.

O game abusa de combos automáticos que podem ser executados com o apertar de um único botão. Isso pode preocupar jogadores mais hardcore. No entanto, com um pouco de dedicação, é possível entender como conectar golpes diferentes e criar combos mais complexos, mas muito mais eficientes do que os automáticos.

Novamente: Todo mundo pode se divertir jogando Dragon Ball FighterZ!

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O sistema de transição de personagens e a possibilidade de utilizá-los como auxiliares também gera uma dinâmica interessante.

É provável que alguns jogadores sintam falta de mais personagens ou mesmo de transformações durante os combates. Não temos as formas iniciais de Cell e Freeza, do mesmo modo que não é possível se transformar em SSJ3 ou SSJ4 durante as lutas. Algumas transformações já estão disponíveis como personagens jogáveis na tela de seleção e não é possível alterar isso durante a batalha.

Mesmo assim, a possibilidade de formar um time com 3 lutadores permite que novos combos possam ser gerados, do mesmo medo que você precisa se adaptar ao trio escolhido.

A transição entre os lutadores é fluida e rápida. Os outros lutadores podem entrar para efetuar um golpe e sair de cena, substituir o guerreiro em combate ou mesmo auxiliá-lo durante um golpe devastador. As possibilidades são quase infinitas e ver tudo isso acontecendo em tela é um espetáculo visual.

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O Modo Arcade talvez seja um dos mais interessantes do jogo.

Aqui, diferente do Modo História, a dificuldade é ajustada de acordo com o desempenho do jogador e o desafio fica cada vez maior conforme progredimos.

A recompensa também colabora: é possível liberar as formas SSJ Blue de Goku e Vegeta ao alcançar um rank alto no final do desafio. Esse, provavelmente, é o modo singleplayer com maior Fator Replay .

Já o Modo Online tem seus altos e baixos. É possível customizar a busca de partidas para encontrar jogadores com boas conexões e evitar as temidas quedas durante as batalhas. O problema é que isso acaba tornando as buscas bastante demoradas.

Felizmente, é possível jogar outros modos enquanto procura um combate, mas o sistema de nivelamento também pode tornar a experiência frustrante.

Como exemplo, meu primeiro combate foi contra um jogador que já tinha 134 vitórias... Obviamente, a surra veio a cavalo.

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Outro ponto muito interessante é o uso da moeda do jogo, Zeni, para comprar itens cosméticos.

É possível usar stickers diferentes durante os combates, visuais diferentes para o seu avatar e uma série de outros itens que alteram somente a questão visual do jogo.

O Zeni pode ser minerado ao se realizar missões ou concluir os tutoriais no Modo Treino. O melhor é que não há a possibilidade de se comprar Zeni com dinheiro real. Assim, o jogo não tira mais dinheiro dos jogadores em um sistema de loot boxes trapaceiro.

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Dragon Ball FighterZ não é um jogo perfeito, mas é um dos grandes acertos (talvez o maior) dentro da longínqua história da franquia nos videogames.

A jogabilidade fluida e simples é ideal para jogadores que procuram um jogo de luta divertido para se aventurar no gênero, mas também vai agradar jogadores que planejam investir no cenário competitivo.

O visual do game nos leva direto para o universo Dragon Ball e você realmente acredita que está vivendo aquela aventura ao lado dos seus personagens favoritos.

Se você ainda estava com um pé atrás, pode ficar tranquilo e reunir as Esferas do Dragão, já que esse é um pedido que Shenlong vai ficar feliz em atender!

Nota: 4,5 /5