[Crítica] Destiny 2: Forsaken – Finalmente um Jogo Completo?

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[Crítica] Destiny 2: Forsaken – Finalmente um Jogo Completo?

Por Lucas Rafael

Destiny 2, assim como seu predecessor, foi lançado em um estado duvidoso, recebendo toneladas de atualizações e DLCs que foram engrossando o caldo da experiência. Por fim, temos Forsaken, a expansão final do título, prometendo abarcar diversas novidades que injetam ânimo revigorado no conteúdo. Será que consegue?

Jogo testado em um Playstation 4.

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Atire, elimine, colete, siga em frente.

Destiny 2 é um jogo de tiro. Como o rótulo denuncia, jogos de tiros são aqueles em que você controla um personagem que empunha uma arma. Esta arma desfere tiros.

RPG de ação, ficção científica e outros gêneros entram no espectro da definição de Destiny 2, mas no fundo, ele é jogo de dar tirinho. E está tudo bem nisso.

As pessoas que fizeram Destiny 2, pensaram carinhosamente algo nas seguintes linhas: “Bem, como é atirar nesse jogo de tiro?” A partir daí iniciou-se a jornada de trabalho de diversos programadores para garantir que atirar, no jogo Destiny 2, fosse algo especial. Me alivia dizer que eles conseguiram.

Atirar em Destiny é prazeroso. E é bom que seja, porque é a única coisa expressiva que você vai fazer.

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Em um universo com uma mitologia rica sobre facções, guerras, planetas áridos e marítimos; você, com o seu boneco e seus amigos, vão sair por aí dando tirinhos com diversas armas, em inimigos parecidos uns com os outros. Vai ficar repetitivo, vão vir alguns inimigos mais ou menos diferentes, mas ei, você pegou uma nova arma. Como será que essa aí dá tiros?

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Nunca gostei do primeiro Destiny justamente pela proposta de andar, dar tiros, dar muitos tiros em algo muito grande e então coletar recompensas que vão fazer com que eu queira sair por aí pulando distribuindo tiros mais do que nunca. É a doença do tiro doido. Destiny 2 segue a mesma fórmula do primeiro, mas aprendi a gostar desta estrutura viciosa aqui.

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Destiny 2 é bacana. Joguei um pouco do jogo base, depois pulei para a DLC Forsaken, e é ok, especialmente porque atirar é realmente muito bom. As maravilhas do pacote gigantesco que é Destiny 2 - Forsaken estão reclusas na sessão multiplayer, onde você e seus amigos participam em uma miríade de atividades, incluindo raids desafiadoras que tentam quebrar a monotonia do andar e atirar ao reforçar a cooperatividade entre jogadores.

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Multiplayer excepcional

É aqui que Destiny brilha, apresentando raids desafiadoras e bem pensadas para engajar jogadores de maneira primorosa. Juntos, eles devem prevalecer sob ondas de inimigos, puzzles e chefes, enquanto ostentam suas armaduras e armas que ganharam dando tirinhos por aí. Inclusive, o objetivo de tais raids é de concluí-las na esperança de alcançar uma arma que dê tiros melhores que a sua; ou uma bota que te dê mais defesa, alguma coisa assim.

É jogo de loot, é Diablo com roupagem de ficção científica em primeira pessoa com muitas armas e, se você deixar isso te fisgar, meu amigo, o buraco é fundo.

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História tentacular

Forsaken traz uma nova história que não é lá grandes coisas. Mas termina numa leve referência ao horror cósmico Lovecraftiano que ninguém viu chegando nesta franquia, então, é meio surpreendente, sim. Por mais mediana que seja a história, atirar ao curso dela é muito legal. Tem até um arco-e-flecha que dá pra pegar na DLC que, meus camaradas, como é incrível atirar com aquilo.

A trama desencadeia com um personagem querido da franquia Destiny, o icônico Cayde-6, abatido por um antagonista que retorna do primeiro jogo. Você precisa vingá-lo, localizando e matando seus 8 barões antes de chegar até ele.

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Essa dinâmica de chefes numa espécie de lista negra dá um sabor diferenciado ao ritmo de Forsaken. As lutas são de qualidade mista, mas diferenciadas o suficiente para te cativar ao longo do caminho.

Entre os novos personagens abarcados por Forsaken, temos o vistoso Spider, pra quem você deve cumprir favores - que envolvem dar muitos tiros - para que ele ceda informações que permitam o avanço da trama.

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O ser humano quando joga Destiny, não quer guerra com ninguém

No fim das contas, Destiny é isso aí. Andar, atirar pra frente e ir ficando melhor nisso graças ao que seus inimigos vão deixando cair no chão ao morrerem. Mas cria um espaço mental legal, sabe? Depois de um dia estressante, me fez bem ligar o videogame pra dar tiros em criaturas virtuais na melhor forma que um videogame pode me proporcionar.

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Após o primeiro título não ter clicado comigo, é estranho me pegar pensando “talvez hoje eu jogue um destinyzinho”; não porque tenho uma raid combinada com amigos ou algo do tipo, mas sim porque atirar em Destiny é legal pra caramba.

Pessoas criaram mapas com gráficos de última geração, trilhas-sonoras orquestradas incríveis, tudo para que você pudesse atirar e andar pra frente. Essa fórmula pode descrever qualquer jogo de tiro em primeira pessoa, mas nenhum é igual Destiny. Alguns precisam apelar para setpieces cinematográficas (oi, Call of Duty) e um senso de urgência contínuo, outros são mais táticos e furtivos, mas nada - nem Halo - é tão Destiny quanto Destiny, para o bem ou para o mal.

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Nota

Pelo que sei, existia muita reclamação entre os fãs sobre o estado de Destiny 2 em seu lançamento e como as DLCs impactam a forma do jogo. Bem, Destiny 2 Forsaken é um título completo. Existe uma pá de conteúdo aqui dentro e se for horas de jogo que buscas, jovem gafanhoto, horas de jogo é o que encontrarás aqui.

Entre toda as atividades propostas pelo jogo, existem melhorias de itens, PvP, Raids; toda aquela coisa pra te fazer ficar mais forte e atirar arrancando mais dano dos inimigos.

“Dar tiro” é o verdadeiro Deus no universo de Destiny, e tudo que se passa no game - dos gráficos, cinemáticas e tudo mais, está ali para abarcar somente isto. Ainda bem que é muito bom.

No fim das contas, Destiny 2 segue calcado na fórmula de grind repetitiva da franquia, algo que não é para todos os jogadores, embora execute sua proposta como poucos títulos de tiro conseguem. Caso este tipo de game seja sua praia, o título é obrigatório. Do contrário, é um passatempo de qualidade.

Nota final: 3,5 estrelas de 5, já que Destiny 2 é bastante ambientado no espaço, e lá tem muitas estrelas.