Chucky: Todos os filmes do Boneco Assassino, do pior ao melhor

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Chucky: Todos os filmes do Boneco Assassino, do pior ao melhor

Por Arthur Eloi

Mesmo tendo surgido só no final dos anos 80, Chucky rapidamente conquistou seu espaço entre os maiores assassinos do cinema, por sua mistura de violência e humor ácido. De lá para cá, o antagonista da saga Brinquedo Assassino estrelou várias continuações e, recentemente, ganhou até mesmo uma série de TV, que chega ao Brasil pelo Star+.

Aproveitando o lançamento da produção, ordenamos todos os filmes do Chucky abaixo, do pior ao melhor!

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Brinquedo Assassino 3 (1991)

Quando o primeiro filme se provou um sucesso de crítica e bilheteria, o estúdio Universal Pictures foi rápido em colocar continuações em desenvolvimento. Nenhuma delas se saiu tão bem assim, e Brinquedo Assassino 3 é a que deu mais errado. O longa tem a menor média do Rotten Tomatoes, com 23% de aprovação crítica, e fez apenas US$14,9 milhões nas bilheterias.

A trama acompanha o garoto Andy Barclay, sobrevivente do original, como um pré-adolescente que é enviado para estudar em uma escola militar. O problema surge quando Chucky retorna para atormentá-lo.

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O Filho de Chucky (2004)

Eventualmente, o criador Don Mancini assumiu o controle de sua própria franquia, e abraçou um tom mais cômico e escrachado, efetivamente transformando a saga em uma comédia de terror - ainda que os elementos de humor estivessem presentes desde o início. O Filho de Chucky é o filme que marca a estreia de Mancini como diretor - tanto da franquia como no geral -, e o resultado não agradou tanto os críticos, com média de 34% no Rotten Tomatoes.

Aqui, o brinquedo Chucky e sua esposa, Tiffany, se tornam pais e criam uma criança chamada Glen, que rejeita o legado sangrento do casal. Ao longo dos anos, esse filme se tornou um queridinho cult por seu entretenimento absurdo, e por uma surpreendente boa representação de um personagem não-binário, já que Glen transita entre ser um menino ou uma menina.

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Brinquedo Assassino 2 (1990)

A primeira continuação é ambientada apenas dois anos após o original, e o resultado é algo um pouco menos satisfatório que o antecessor. Brinquedo Assassino 2 teve recepção morna da crítica, com média de 40% no Rotten Tomatoes, que elogiou a esquisitice do maníaco de plástico mas afirmava que um pouco da surpresa se perdeu.

A trama acompanha o retorno de Chucky, que é acidentalmente ressuscitado por uma fábrica de brinquedos, e sua incansável busca para destruir a vida do garoto Andy, que agora vive em um orfanato. Essa sequência foi dirigida por John Lafia, roteirista do filme original ao lado de Don Mancini e Tom Holland (o diretor, não o ator da Marvel). Infelizmente, o cineasta faleceu aos 63 anos em 2020, vítima de suicídio.

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A Noiva de Chucky (1998)

Após duas sequências mornas, o criador e roteirista Don Mancini passou a explorar uma mudança de tom para a franquia. A pegada de slasher dos anteriores se manteria, mas o foco agora é no assassino, e não em suas vítimas. A Noiva de Chucky mergulhou na bizarrice do personagem, e ainda lhe deu Tiffany, uma parceria com quem cometer crimes sangrentos.

Em uma época em que o terror abraçava mais a metalinguagem, depois de Pânico (1996) e Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado (1997), o resultado agradou um pouco mais. A Noiva de Chucky tem 50% de aprovação no Rotten Tomatoes, e é a segunda maior bilheteria de toda a franquia, com US$32,4 milhões.

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Brinquedo Assassino (2019)

Em 2019, a franquia do Chucky continuava firme e forte após Don Mancini resgatar o tom de horror dos clássicos com dois filmes direto para VOD (mais sobre eles nos dois últimos itens da lista, para dar um pequeno spoiler). Mesmo assim, a MGM aprovou um remake do clássico, sem nenhum envolvimento do criador.

O novo Brinquedo Assassino moderniza o boneco para os dias de hoje, com uma temática envolvendo internet e dispositivos mais sofisticados. O mais interessante é que, no idioma original, quem faz a voz do assassino é Mark Hamill, o lendário Luke Skywalker. A recepção foi decente, com 64% de aprovação dos críticos, com uma bilheteria morna de US$44,9 milhões.

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Brinquedo Assassino (1988)

Como é o caso da maioria das franquias de horror, o original é um dos mais elogiados. O primeiro filme de Brinquedo Assassino chegou às telonas em 1988, com direção por Tom Holland (não o ator da Marvel), que também contribuiu no roteiro ao lado de Don Mancini e John Lafia.

A trama acompanha o serial killer Charles Lee Ray (Brad Dourif) realizando um ritual vodu para transportar sua alma para um boneco, na tentativa de fugir da polícia. O problema surge quando a mudança de corpos passa a se tornar permanente, e o boneco passa a perseguir um garotinho como sacrifício para tentar reverter a situação.

Por sua mistura de horror e comédia, o filme tem 71% de aprovação crítica no Rotten Tomatoes, e é a maior bilheteria da franquia nos EUA, onde fez US$33,2 milhões.

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A Maldição de Chucky (2013)

Nove anos após O Filho de Chucky, o próprio Don Mancini resgatou a sua franquia. Ao invés de tentar um reboot ou uma sequência direta do original, o criador trouxe de volta a atmosfera de terror dos clássicos ao mesmo tempo que reconhecia todos os eventos da saga até então. A Maldição de Chucky acompanha o boneco titular, com seu visual clássico, aterrorizando uma família.

Diferente dos anteriores, o longa foi lançado direto nas plataformas digitais e em mídia física. No Brasil, porém, houve exibição nos cinemas, mas foram poucos os países que seguiram a ideia. Ainda assim, o resultado bastante positivo: A Maldição de Chucky tem 76% de aprovação crítica no Rotten Tomatoes, com críticas elogiando o resgate dos elementos de horror da saga. Não dá para medir a bilheteria do longa, claro, mas foi boa o bastante para render uma continuação.

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O Culto de Chucky (2017)

É bem raro encontrar franquias clássicas de horror em que os filmes mais recentes sejam considerados os melhores, mas é o caso de Brinquedo Assassino. O criador Don Mancini provou que sabia o que era melhor para a saga ao gradualmente ir assumindo funções mais desafiadoras, e o resultado é o carinho que recebeu com os dois filmes que dirigiu e escreveu.

O Culto de Chucky coloca o boneco perseguindo Nica, a sobrevivente do antecessor - interpretada por Fiona Dourif, a filha de Brad Dourif (a voz de Chucky ao longo da franquia). Dessa vez, porém, ela está confinada em hospital psiquiátrico sob a acusação de ter assassinado toda a sua família. Por sorte, ela conta com a ajuda de rostos clássicos da franquia, que retornam para combater o brinquedo assassino. O filme também foi lançado direto nas plataformas online e em mídia física, mas conquistou aprovação de 79% no Rotten Tomatoes, a mais alta de toda a franquia, com críticas elogiando a violência gráfica, o suspense e, claro, o bom humor.

Mesmo na época, O Culto de Chucky já era visto como um novo início para a franquia, e ele veio na forma de série de TV chamada apenas de Chucky, coproduzida pelos canais Syfy e USA Network e com envolvimento de Don Mancini.