Capitão América: Os 10 momentos mais importantes e definidores da história do herói

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Capitão América: Os 10 momentos mais importantes e definidores da história do herói

Por Gus Fiaux

Criado em 1940, bem no ápice da Segunda Guerra Mundial, o Capitão América acabou se tornando um dos maiores símbolos dos quadrinhos, sendo resgatado na década de 60 quando a Marvel Comics se firmou como o império midiático que conhecemos hoje. Com o passar dos anos, Steve Rogers evoluiu e se transformou, mas sempre manteve todos os ideais que o tornaram conhecido como o Sentinela da Liberdade.

Desde suas origens até a Guerra Civil, passando por épicas batalhas e descobertas bem emocionantes, o Capitão América sempre foi um exemplo para outros heróis da Casa das Ideias – e já chegou a dividir seu manto com outros personagens. Aqui, reunimos os 10 momentos mais importantes e definidores da história do Capitão América nas HQs!

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Soco em Hitler

Embora isso tenha, por algum motivo, se tornado "controverso" ao longo dos últimos anos, houve um momento na história em que socar nazistas era algo belo e moral, e a primeira revista do Capitão América já trazia o Sentinela da Liberdade dando um soco cruzado na cara de ninguém menos que Adolf Hitler.

Claro, isso aconteceu apenas na capa, e em nenhum momento é retratado na história em si, mas trata-se de uma das apresentações mais bombásticas das histórias em quadrinhos até hoje - com muitas capas homenageando a arte original de Jack Kirby. Assim, Steve Rogers veio para defender o povo de ideais fascistas e promover a liberdade das nações.

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A "morte" de Bucky Barnes

Antes mesmo da fundação da Marvel Comics, Steve Rogers passou por uma das perdas mais doloridas de sua vida quando seu melhor amigo - que também era seu sidekick - "faleceu", após tentar impedir uma bomba nazi. Bucky Barnes era apenas um garoto, mas lutou lado a lado com o Capitão América durante a Segunda Guerra Mundial, enfrentando forças inimigas.

A "morte" de Bucky trouxe um grande impacto na vida do Capitão América, tanto que foi uma das coisas mais difíceis que Steve teve que superar em toda sua trajetória como super-herói. Isso ficou ainda mais complicado anos depois, quando Bucky surgiu novamente com uma nova identidade - mas isso é assunto para um tópico posterior.

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Capitão América se junta aos Vingadores

Durante a década de 50, houve uma diminuição no interesse de HQs sobre a guerra, graças ao encerramento da Segunda Guerra Mundial. Com isso, o Capitão América acabou caindo no ostracismo, até ser "ressuscitado" por Stan Lee e Jack Kirby em The Avengers #4, revista publicada em março de 1964.

Na história, nos é revelado que Steve Rogers acabou sendo congelado em um bloco de gelo no Oceano Atlântico. Após ser liberto, ele acaba se unindo aos Vingadores e precisa se acostumar com todas as mudanças surgidas na década em que ele passou em coma, enquanto se estabelecia como um dos maiores heróis do Universo Marvel.

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O Quarteto Excêntrico do Capitão

Apesar de integrar os Vingadores desde a quarta edição da HQ do grupo, o Capitão América só viria a se tornar o líder que todos conhecemos um bom tempo depois - mais precisamente, em Avengers #16, lançada em maio de 1965. Na HQ, após a formação original dos Vingadores se "desfazer" para seguirem suas próprias aventuras, Steve Rogers montou seu grupo.

E em vez de reunir apenas heróis notórios por suas qualidades, o Sentinela da Liberdade chegou com os dois pés na porta, reunindo um grupo de ex-vilões que buscavam se reformar. Foi assim que Feiticeira Escarlate, Mercúrio e o Gavião Arqueiro se juntaram à equipe (e posteriormente foram seguidos pela Viúva Negra). Além de herói, ele também dá segundas chances!

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Steve Rogers: Nômade

Os anos 60 e 70 foram de intensas mudanças sociais e culturais nos EUA, com a Guerra do Vietnã e outras polêmicas aumentando a desconfiança dos cidadãos em seu governo. As revistas do Capitão América sempre foram um reflexo dessas questões políticas, por isso, sua transição em Nômade, que aconteceu em 1974, continua sendo um dos momentos mais definidores de sua carreira.

Escrita por Steve Englehart e ilustrada por Sal Buscema, a trama nos mostra Steve Rogers descobrindo uma grande conspiração do governo norte-americano, descobrindo que um oficial de alto escalão liderava uma organização criminosa conhecida como Império Secreto. Isso faz com que Rogers desista do manto de Capitão América, envergonhado com seu próprio país.

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O retorno do Soldado Invernal

Após anos de histórias interessantes, o Capitão América voltou com força total nos anos 2000, dessa vez com revistas roteirizadas por Ed Brubaker. Em O Soldado Invernal, vemos o retorno de Bucky Barnes, dessa vez como uma arma viva criada pelo exército soviético para destruir seus inimigos e opositores.

O reencontro com seu velho amigo fez Steve Rogers questionar até a sua própria sanidade. Com o passar do tempo, ele conseguiu fazer Bucky Barnes sair de seu controle mental e até se tornar um herói - tanto que o sidekick assumiu o posto de Capitão América quando Steve foi dado como morto - como vocês verão em breve.

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Guerra Civil

2006 foi o ano em que o Universo Marvel colapsou de vez, e o motivo foi a Guerra Civil dos Super-Humanos. Após um acidente envolvendo um vilão e heróis amadores gravando um reality show, a pressão popular aumenta para que os vigilantes sejam responsabilizados por seus atos, e assim surge a Lei de Registro dos Super-Humanos, que obriga todos a revelarem suas próprias identidades.

Contudo, isso não foi aceito por todos os membros da comunidade heroica. Liderados pelo Capitão América, o lado "Anti-Registro" acaba indo parar na clandestinidade, enquanto uma grande guerra ideológica é travada pelos quatro cantos da Casa das Ideias. A batalha culminou em uma baita disputa entre o Sentinela da Liberdade e o Homem de Ferro, que liderava o lado "Pró-Registro".

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A morte do Capitão América

Entretanto, a Guerra Civil teve um final trágico para o Capitão América. Após se render, apenas para impedir mais tragédias e destruição, o Sentinela da Liberdade é baleado pelo Ossos Cruzados e por Sharon Carter - que, por sua vez, estava sendo controlada mentalmente por outro vilão. Bem antes de ser levado sob custódia, Steve Rogers morre diante de todos os seus amigos e aliados.

Um dos momentos mais trágicos na história do herói, a morte do Capitão foi uma das maiores perdas já sentidas pela comunidade heroica - tanto que até mesmo o Homem de Ferro, que enfrentava o Sentinela da Liberdade na época, ficou mexido e impactado pelo ocorrido. Felizmente, Steve foi trazido à vida pouco tempo depois, mas enquanto estava dado como morto, acabou sendo substituído por Bucky Barnes.

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Comandante Rogers

Após retornar à vida, Steve Rogers assumiu novamente o escudo e o traje do Capitão América, e participou de vários eventos como A Essência do Medo e Vingadores vs. X-Men. Entretanto, pouco tempo depois, ele teve o Soro do Supersoldado completamente removido de seu corpo, o que o fez envelhecer muitos anos em pouquíssimo tempo.

Frágil e sem muita chance em combate, ele então se tornou o Comandante Rogers, liderando sua própria divisão dos Vingadores Secretos e virando uma grande chefia da S.H.I.E.L.D.. Nesse período, Sam Wilson acabou se tornando o Capitão América, mas essa mudança não durou muito, e o Sentinela da Liberdade logo voltou à ativa (embora tenha virado nazista).

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Duas Américas

Polêmicas de Império Secreto à parte, o Capitão América agora está de volta a uma era dourada em sua carreira. Restaurado à sua antiga forma (e não mais um líder fascista), Steve Rogers aprendeu que não dava para ser o único representante de uma América justa, e por isso ele convida Sam Wilson para voltar ao posto de Capitão América novamente.

Agora, os dois atuam juntos, enfrentando inimigos diferentes e se auxiliando ocasionalmente. É a prova definitiva de que a Marvel pode dar continuidade às suas histórias originais sem abandonar de vez os grandes clássicos de sua história, e em sua trama mais recente, Steve Rogers precisa descobrir uma conspiração assustadora envolvendo as origens do projeto do Supersoldado.