Black Mirror: Os melhores episódios da série para rever antes da 6ª temporada

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Black Mirror: Os melhores episódios da série para rever antes da 6ª temporada

Por Gus Fiaux

Uma das séries mais intrigantes e populares da atualidade, Black Mirror está prestes a retornar para sua sexta temporada, com cinco episódios já confirmados. Lançada em 2011 pelo Channel 4, a antologia de ficção científica, mistério e suspense nos mostra os rumos possíveis pelos quais a tecnologia pode nos guiar, em uma sociedade cada vez mais imersa na dependência por aparelhos digitais.

A partir de sua terceira temporada, a série criada por Charlie Brooker acabou parando nas mãos da Netflix, o que deu um novo gás de popularidade para a produção e trouxe um aumento considerável no número de episódios por temporada. Porém, se você já viu tudo e está querendo relembrar os melhores momentos da série antes dos novos episódios, não tema! Aqui estão os 7 melhores episódios de Black Mirror!

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7º - Nosedive (3x01)

Estrelado por Bryce Dallas Howard no papel de uma mulher à beira de um ataque de nervos, Nosedive é um rico estudo sobre como a procura por validação na era das redes sociais nos leva a atitudes extremas. No mundo em que todos possuem uma "nota" e podem perder seu status caso essa nota caia, acompanhamos uma personagem fazendo de tudo para buscar a glória.

O capítulo traz um tom bem diferente dos episódios anteriores, com um uso particularmente potente do humor para realçar os momentos mais sombrios e aterradores. Além disso, esse foi o primeiro episódio da série lançado pela Netflix, o que fez com que Black Mirror caísse no gosto do público e se tornasse o grande fenômeno que é hoje.

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6º - White Christmas (Especial)

Um especial lançado após a segunda temporada, White Christmas é tido por muitos quase como um filme, com os grandiosos 74 minutos de duração. A trama se divide em três histórias interconectadas, uma bela brincadeira com o formato antológico que fez Black Mirror ser tão popular - e o elenco traz nomes de peso, como Jon Hamm e Rafe Spall.

Aqui, temos uma abordagem mais exagerada para ferramentas que já existem e são comuns no meio digital, como cookies e block, tudo misturado com um clima de horror existencial. O episódio é uma pequena amostra de como a série consegue brincar com formatos maiores e mais experimentais, tanto que soa quase como um percursor do filme interativo Bandersnatch.

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5º - Hang the DJ (4x04)

Embora Black Mirror tenha ficado conhecida por sua abordagem sinistra sobre o uso da tecnologia, há espaço para histórias mais delicadas e sensíveis na série - e um ótimo exemplo é Hang the DJ, da quarta temporada. Na trama, vemos a história de um casal que se desmancha em mil possibilidades, enquanto eles correm contra o tempo para ficarem juntos.

A reviravolta do episódio é fenomenal e nos permite traçar paralelos com a infinidade de aplicativos de relacionamento que existem no mercado, como Tinder e afins. Além disso, ainda temos interpretações magníficas por parte de Georgina Campbell e Joe Cole. É um dos exemplos de como a série ainda conserva muito de seu charme, mesmo com diferentes abordagens.

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4º - Be Right Back (2x01)

Em Be Right Back, primeiro episódio do segundo ano da série, entramos na história de um casal que é interrompida tragicamente. Depois, ao ver seu amado morto e lutar contra o luto, Martha (vivida por Hayley Atwell) recorre à tecnologia, adquirindo um androide que toma a forma de Ash (interpretado por Domhnall Gleeson).

Prevendo várias atrocidades vindas com a era das inteligências artificiais, o episódio ainda nos oferece uma bela história de amor e uma lição sobre as nossas próprias experiências humanas, e como a tecnologia vem sendo usada como uma "forma de escape" para coisas que seremos obrigados a enfrentar, uma hora ou outra.

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3º - The National Anthem (1x01)

O primeiro episódio da série, intitulado The National Anthem é até hoje um dos retratos mais sombrios já criados por Black Mirror. Aqui, vemos a história do Primeiro-Ministro da Inglaterra, vivido por Rory Kinnear, que entra em um jogo de chantagem quando uma integrante da Família Real é sequestrada, e os criminosos exigem algo terrível para devolvê-la.

Diferente dos capítulos posteriores da série, que apostariam em tecnologias cada vez mais mirabolantes, esse primeiro episódio é tão assustador por ser calcado na realidade. Ele poderia acontecer hoje, e é aí que mora sua densa crítica sobre a sociedade do espetáculo e o tribunal da opinião pública - tudo culminando em um final amargo, sombrio e muito grotesco.

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2º - San Junipero (3x04)

Outro exemplo de como a série pode mostrar a tecnologia de um modo mais positivo e menos sombrio é San Junipero, o quarto capítulo da terceira temporada. Aqui, vemos a história de amor de duas mulheres em um mundo aparentemente analógico - mas, na verdade, tudo não passa de um teste com preservação de memórias e inteligências artificiais.

Aclamado não apenas por seu brilhante roteiro, mas também pelas excelentes interpretações de Mackenzie Davis e Gugu Mbatha-Raw, o capítulo é a prova definitiva de como Black Mirror é capaz de caminhar por vários gêneros e linguagens audiovisuais para comentar sobre a tecnologia na nossa vida - e nem todos os seus usos são sinistros.

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1º - White Bear (2x02)

Em White Bear, o segundo episódio da segunda temporada, seguimos a história de uma mulher (interpretada por Lenora Crichlow), que desperta sem saber onde está e por que está ali. Ela então entra em uma jornada suja e perigosa, sofrendo vários perigos enquanto tememos por sua vida... até que uma revelação muda tudo sobre como nos sentimos a seu respeito.

Um dos capítulos mais pesados e bem roteirizados da série, White Bear nos leva em uma espiral de sentimentos. O resultado é um olhar lancinante sobre o antipunitivismo, e como a nossa sociedade não está pronta para lidar com as nuances de temas complexos - ao mesmo tempo em que o episódio brinca com as nossas próprias percepções de ética e moralidade.