Avatar: 5 motivos pra se preocupar e 5 para se empolgar com a série da Netflix

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Avatar: 5 motivos pra se preocupar e 5 para se empolgar com a série da Netflix

Por Raphael Martins

Avatar: A Lenda de Aang é uma das animações mais celebradas e importantes da última década. Com três temporadas e misturando misticismo e filosofia oriental, a série apresentou o universo de Aang e seus amigos, em um mundo onde pessoas podiam “dobrar” elementos da natureza para executar até suas tarefas diárias, ou usá-las em combate, é claro.

Após um malfadado filme com atores dirigido por M. Night Shyamalan, a Netflix apostou novamente na ideia de contar a história do desenho em live-action, o que preocupa os fãs na mesma medida que os deixa empolgados.

Nessa lista, veremos cinco motivos para achar que vai dar certo e cinco para dar errado!

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Empolgante: Coreografias de luta

Os personagens de Avatar lutam combinando o que parece ser Kung Fu com sua dobra elemental, resultando em combates lindamente coreografados e aquele toque de magia que deixava os espectadores do desenho de boca aberta a cada confronto.

Em um live action, as limitações de técnicas de animação podem ser superadas por coreografias de luta de ótima qualidade, dignas dos melhores filmes de artes marciais feitos do oriente. É isso que todo mundo quer!

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Preocupante: Os criadores pularam fora

Há algumas semanas, Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko, criadores da animação, pularam fora do projeto do live action com a Netflix. Fugindo da justificativa padrão de "diferenças criativas" com a plataforma, eles abriram o jogo de cara, dizendo que o que a empresa queria para a história não se alinhava com "o espírito e a integridade" de sua criação.

Isso por si só acendeu um enorme sinal vermelho na mente dos fãs, que passaram a se preocupar com as possíveis mudanças que a Netflix poderia fazer na trama e nos personagens. Se isso vai ser para o melhor ou para o pior, só o tempo dirá, mas não deixa de ser alarmante.

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Empolgante: Efeitos especiais

A Netflix não costuma poupar despesas na hora de colocar efeitos especiais em suas produções. Séries, como The Witcher e Stranger Things passam a impressão de serem produções para o cinema, tamanha a qualidade de seus efeitos.

O mínimo que se espera de Avatar é esse mesmo tratamento, uma vez que a trama se passa em um mundo fantástico com criaturas irreais e magia elemental. Caso os efeitos fossem ruins, o projeto inteiro perderia sua credibilidade, e a Netflix não topou essa empreitada para perder dinheiro e assinantes.

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Preocupante: Whitewashing

Um dos pontos mais criticados de O Último Mestre do Ar, filme com atores baseado no desenho e dirigido por M. Night Shyamalan, foi a troca da etnia dos personagens. Katara e Sokka, por exemplo, tem a pele escura e são algo como esquimós daquele universo, mas no filme eles são caucasianos. Aang, que tem feições orientais, também foi encarnado por um ator branco.

Um dos motivos apresentados pela dupla de criadores da série para justificarem seu desligamento do projeto era que a Netflix estaria tentando colocar mais atores brancos na série, o que os teria deixado profundamente descontentes. Se isso realmente acontecer, os fãs certamente ficarão furiosos.

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Empolgante: Elenco diverso

Por outro lado, também existe a possibilidade de a Netflix realmente apostar em um elenco de etnias diversas, como disseram que fariam ao anunciarem o projeto do live action. É esperado que os produtores conheçam a base de fãs e o que querem ver na tela, e não é preciso ser um gênio para entender que trocar a etnia dos personagens é uma péssima ideia.

Dito isso, todo o esforço da produção merece pelo menos o benefício da dúvida, e o mais prudente seria esperar o anúncio oficial do elenco antes de criticar.

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Preocupante: Subversão da obra original

Adaptações de obras quase sempre perdem alguma coisa do material original, principalmente em se tratando de quadrinhos ou séries animadas. No caso de Avatar, que possui um universo riquíssimo e uma lore digna de um excelente livro de fantasia, o medo de subverterem a obra é ainda mais real.

Ninguém quer ver um Avatar com litros de sangue, personagens sombrios e realistas, dramas adolescentes desnecessários e outras coisas que poderiam dar certo em qualquer outra propriedade intelectual, menos nessa. Então, só nos resta torcer para que os roteiristas escrevam com uma mão no teclado e a outra na consciência.

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Empolgante: Expansão do universo

O universo que cerca Avatar já é muito vasto, com direito a acontecimentos históricos importantes, criaturas mágicas, histórias das quatro civilizações e centenas de Avatares do passado para serem explorados. Mas como Star Wars nos mostra há mais de 40 anos, sempre dá para deixar tudo ainda maior.

A série de TV pode expandir ainda mais o mundo de Avatar, explorando acontecimentos apenas mencionados no desenho, inserindo novos elementos interessantes e contando maiores detalhes sobre os Avatares anteriores. Quem aí nunca quis saber mais sobre a Kiyoshi, não é mesmo?

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Preocupante: Descaracterização dos personagens

Em contrapartida, uma possível vontade dos produtores de "reinventarem a roda" pode resultar em mudanças na personalidade dos heróis e vilões que tanto amamos, numa tentativa errônea de adicionar mais camadas a eles.

Ninguém quer um Zuko morrendo de amores pela Katara, uma Toph sem um pingo de senso de humor ou um Sokka bobalhão e inútil. E é melhor que os roteiristas da série tenham plena consciência disso, senão...

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Empolgante: Muito além do final

Avatar terminou de forma satisfatória, mas deixou inúmeras perguntas para trás. Zuko conseguiu encontrar sua mãe? Onde Suki foi parar? Ela e Sokka ficaram juntos?

Tudo isso e muito mais é respondido em HQs e livros que continuaram os eventos da série animada, e isso é algo que a série da Netflix também poderia fazer após o final da guerra contra Ozai e a Nação do Fogo. Continuar a história daria uma sobrevida justificável à atração e ainda iluminaria os fãs que nunca tiveram acesso a esse material inédito.

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Preocupante: Trama apressada

O Último Mestre do Ar já mostrou o que acontece quando se pega 20 episódios e os condensa em um filme de uma hora e meia: uma trama apressada, sem fôlego e que não vai a lugar algum. Teoricamente, isso não seria um problema para uma série, que tem vários episódios... teoricamente.

O medo dos fãs é de que os roteiristas, para darem mais emoção e movimento à trama, possam ir direto para os conflitos principais, ignorando vários episódios importantes para o desenvolvimentos dos personagens e da história. E falando com sinceridade, os fãs de Avatar não merecem passar por isso de novo.