A primeira temporada da série da detetive, super-heroína e alcoólatra Jessica Jones provou que Krysten Ritter nasceu para o papel. Contracenando com David Tennant como o vilão Homem-Púrpura, a atriz mostrou, com o decorrer das temporadas, que não apenas era boa no que fazia, mas que gostava de vestir a jaqueta de couro de Jessica e chutar a bunda de alguns vilões.

Com o retorno da versão de Matt Murdock e do Rei do Crime da Netflix, fica a vontade de vê-la retornando ao lado de Luke Cage. Pensando mais a fundo sobre o seu universo, foi uma pena não termos visto a transformação completa de Patsy Walker em Felina. Entre socos, mistérios e intrigas, uma boa parte do universo dos Defensores merece fazer um retorno para o MCU.

Pensando nisso, a personalidade cativa de Luke Cage somado ao sorriso de Mike Colter fazem falta. O herói se tornou um pequeno, mas grande marco para a Marvel, uma vez que se tornou um dos primeiros heróis a unir a sua presença como homem negro e um debate racial sobre isso.

Sua importância se estendeu a outras séries, como Manto e Adaga e a produção do streaming revelou grandes personagens que estavam esquecidos no Universo da Marvel, como Misty Knight, Black Mariah e Cottonmouth. Olhando por esse ângulo, parece errado pensar em outra escalação para o herói de aluguel.

Sendo uma das trilogias de herói mais concisa, a franquia encabeçada por Wesley Snipes é uma referência para filmes de vampiros e para a Marvel. Com seu primeiro filme tendo servido de inspiração para um dos quadrinhos recentes do herói, a versão do caçador de vampiros do ator faz falta.

Agora, com Mahershala Ali como Blade, talvez não seja possível encontrarmos Wesley Snipes dando as caras como o meio humano e meio vampiro, mas uma pequena participação na nova adaptação já esquentaria o coração de diversos fãs dos filmes do início dos anos 2000.

A atriz da série Demolidor relembrou os fãs das origens de Elektra. Trazendo uma personagem mais ligada a sua racialidade, Élodie Yung foi um dos pontos fortes do universo que a Netflix construiu ao redor dos Defensores. Iniciando seu trajeto como amante, para então vilã e logo, anti-heroína, Élodie ganhou o coração dos espectadores com uma atuação cheia de nuances.

Vê-la retornando sob o rosto da atriz seria uma ótima forma de colocar toda a força e empenho do seu trabalho de forma solo, investindo em uma história que não precise se apoiar para sempre no Demolidor, de modo similar ao Rei do Crime em Gavião Arqueiro. Mesmo atrelado à imagem do vingador, conseguimos ter uma prova de um vilão mais consciente de si e não apenas enfrentando o demônio de Hell’s Kitchen.

Michael Keaton irá fazer o seu retorno como o Homem-Morcego no filme da adaptação de Flashpoint, mas porque não uma breve aparição da Mulher-Gato de Michelle Pfeiffer? Apresentada no filme de 1992, de Tim Burton, o visual e a atuação da atriz ainda são um marco para Selina Kyle. Seu estilo que misturava o olhar sombrio de Burton com referências dos quadrinhos tornou a personagem uma das favoritas dos filmes antigos do Batman.

Ver um retorno seu, mesmo que pequeno, seria um agrado para os fãs do clássico Batman: O Retorno. Além disso, o final com a morte e subsequente renascimento da Mulher-Gato nunca foi explorado. Nesse caso, a porta da oportunidade já está aberta, agora é só entrar.

Chloe Bennet é uma das atrizes que pode dizer que quando chegou, “era tudo mato”. A protagonista involuntária de Marvel’s Agent’s of S.H.I.E.L.D. trouxe um ar de novidade ao já conhecido Agente Phil Coulson. Com Quake, ou Daisy Johnson, aos poucos, os espectadores foram se debruçando no universo da Marvel através da série. Mas, com o afastamento da produção do MCU, a possibilidade de ver a inumana lado a lado com os Vingadores parece ter caído por terra.

Mesmo que existam rumores de que os personagens Jemma Simmons e Leo Fitz — presentes na série da ABC — sejam escalados como outros atores no MCU, para os fãs da série, ainda existe uma pequena possibilidade de Chloe Bennet dar as caras em alguma série ou filme. Por enquanto, podemos acompanhar Quake e a atriz nas animações Marvel Rising.

O retorno de Patrick Stewart como Charles Xavier em Logan foi de partir o coração, mas pensar no que aconteceu com Magneto parece ainda pior. De qualquer forma, ainda não tivemos a chance de rever Ian McKellen como Erik Lehnsherr. Mesmo com seus 82 anos, vê-lo retornar ao papel seria tão empolgante quanto foi rever Tobey Maguire respondendo ao nome de Peter Parker.

Com Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, parece uma possibilidade palpável ver uma rápida participação do ator, mas apenas o tempo — e Doutor Estranho — dirá.

Um dos grandes “booms” após a estreia de Homem-Aranha: Longe de Casa foi poder imaginar o Tocha Humano do Quarteto Fantástico de 2005 dando as caras em algum filme da Marvel.

Imaginar a confusão dos outros heróis encontrando um Capitão América pegando fogo seria, no mínimo, divertido. Com a recente saída de Chris Evans do Universo Cinematográfico da Marvel, um retorno divertido como esse não significaria algo permanente para o ator, mas, mais um motivo para a criação de uma referência para Steve Rogers ficar atento.

Se Michelle Pfeiffer foi um marco em Batman: O Retorno, Uma Thurman fez história em Batman e Robin. Com o passar dos anos, o filme de 1997 se tornou motivo de piadas e memes com alvos diversos, desde o peitoral com mamilos de Batman até as atuações exageradas e o estilo camp — gíria para comportamento, atitude ou interpretação exagerada, artificial ou teatral — que fizeram de Batman e Robin um filme lembrado apenas para dar risadas.

Por esse e outros motivos, a presença ousada de Hera Venenosa é um dos pontos altos do filme. Deixando de lado todo o seu visual, que é completamente construído em cima de uma fantasia de Halloween barata, a atriz consegue trabalhar os dois lados da Dra. Pamela Isley de forma criativa. Ver o retorno de Thurman para o papel seria mais uma cereja do bolo para evidenciar ainda mais o mundo sombrio, mas também louco, do Batman.

Os rumores ao redor do Motoqueiro Fantasma estão em alta, mas a atuação de Nicolas Cage e Gabriel Luna como o justiceiro infernal ficaram no coração. Mesmo com a presença duvidosa de Cage, o primeiro filme do anti-herói foi um agrado para as adaptações de quadrinhos da época. Agora, um possível retorno do ator para o personagem poderia entregar muito mais da loucura de Johnny Blaze. Por outro lado, Gabriel Luna foi um dos pontos altos em Marvel’s Agent’s of S.H.I.E.L.D.

Interpretando a versão Motorista Fantasma do Espírito da Vingança, Gabriel se tornou a personificação de Robbie Reyes na série. Conseguindo conciliar seu lado raivoso com todos os seus sentimentos guardados, vê-lo novamente, após o seu projeto de spin-off ter sido cancelado, seria uma ótima reviravolta. Com a abertura da Marvel Studios para o Multiverso e planos de uma nova produção do Motoqueiro, essa possibilidade não deve ser marcada como impossível.