Muita gente pode não reconhecer o nome de Vince Vaughn logo de cara, mas certamente reconheceria algumas das comédias em que ele esteve. Seus trabalhos incluem Penetras Bons de Bico, Separados Pelo Casamento, Encontro de Casais e, mais recentemente, Freaky - No Corpo de um Assassino e As Trambiqueiras.

Apesar disso, ele também já interpretou um vilão, ainda que o filme não tenha sido bem recebido. No remake de Psicose de Gus Van Sant, lançado em 1998, Vaughn interpreta Norman Bates. Comparado à versão original do serial killer, a performance de Vaughn é por vezes muito exagerada - e não muito querida pelo público.

Robin Williams é conhecido por muitos por suas performances carismáticas e positivas, que até hoje são lembradas com carinho por muitos espectadores. Mas ele também já esteve do outro lado da história interpretando um vilão no filme Insônia, de 2002.

O longa é considerado um dos mais esquecidos entre os trabalhos de Christopher Nolan, e conta a história de dois detetives de homicídios de Los Angeles, que vão até o Alasca para investigar o assassinato de uma jovem de 17 anos. A obra é um remake de um filme norueguês, e foi aclamado pela crítica, além de ir bem de bilheteria.

Na produção, Williams interpreta Walter Finch, um escritor que a princípio parece bastante simpático. Por trás disso, porém, se esconde um assassino impiedoso, que confessa sem remorsos ter matado a adolescente após ela zombar de suas investidas sexuais.

Conhecido por personagens como Borat, Ali G e Brüno Gehard, Sacha Baron Cohen já demonstrou diversas vezes sua capacidade de improvisar e atuar no âmbito da comédia. Mas o comediante e ator já demonstrou ser capaz de viver personagens um tanto mais dramáticos e vilanescos.

Em A Invenção de Hugo Cabret, Cohen interpreta o antagonista, Inspetor Gustave Dasté. Além disso, ele é o Monsieur Thénardier em Os Miseráveis, de 2012.

Este segundo é um personagem bastante desprezível, sendo o ganancioso dono da pensão que engana seus hóspedes e leva Fantine (Anne Hathaway) à prostituição com suas exigências cada vez maiores. Por mais que tenha um tom cômico em determinados momentos e que apareça pouco na trama, o personagem não deixa de ser repugnante, algo que Cohen consegue retratar bem.

Danny DeVito é conhecido por seus papéis em comédias como Irmãos Gêmeos ou papéis voltados para o cômico, como seu personagem em Matilda, mas isso não é tudo de que o ator é capaz. Na realidade, sua aventura no lado vilanesco da história é bastante conhecida pelos fãs de super-heróis, uma vez que ele viveu o Pinguim em Batman: O Retorno.

O filme de 1992 tem direção de Tim Burton, contando com a caracterização visual exagerada que é marca do diretor. Mas DeVito se dedicou a criar uma das performances mais memoráveis quando o assunto são vilões vindos dos quadrinhos, canalizando o sofrimento de seu personagem, o transformando em uma figura sedenta por poder e bastante desprezível.

Kristen Wiig é um nome bem conhecido das esquetes de comédia, tendo participado do Saturday Night Live, além de estrelar em filmes do gênero, como Missão Madrinha de Casamento. Mas, em Mulher-Maravilha 1984, ela passou para o time dos vilões ao viver Barbara Minerva.

Na trama, a antagonista começa como uma mulher infeliz, que deseja se tornar poderosa e confiante como sua colega de trabalho, Diana (Gal Gadot). Para isso, ela se submete a uma transformação que a torna a Mulher-Leopardo.

O filme não foi um sucesso, mas a performance de Wiig ainda assim atraiu elogios de parte da crítica. Sua interpretação da personagem foi destacada como capaz de transparecer a tristeza e vulnerabilidade de Barbara, mas ainda assim conseguir ser bastante ameaçadora.

Na década de 70, Steve Martin conseguiu lotar estádios para suas apresentações de comédia stand-up, o que o levou a participar de diversas obras do gênero. Roxane, Três Amigos, Os Picaretas, Loucuras em Los Angeles e O Panaca são apenas alguns dos seus trabalhos na área. Mais recentemente, ele estrela também a série Only Murders in the Building, que não deixa de ter um pé na comédia.

Em A Trapaça, de 1997, Martin deixou seu lado cômico para se tornar o vilão da trama. O papel de Jimmy Dell foi escrito especificamente para ele pelo diretor e roteirista David Mamet, uma escolha que se provou muito bem sucedida.

Na trama, o engenheiro Joe Ross inventa um processo lucrativo, que ainda não foi patenteado. Isso, claro, atrai a atenção de diversas partes nada confiáveis, e a situação se torna um jogo complexo no qual não é simples determinar quem está enganando quem. Nessa história cheia de reviravoltas, Martin foi elogiado por carregar a trama como o enganador Jimmy Dell, que encanta e engana não só os personagens, como o próprio público.

Jim Carrey é famoso por um tipo bem específico de comédia, que depende principalmente de sua atuação exagerada e expressiva. Ainda que alguns de seus trabalhos mais antigos não tenham envelhecido bem, é inegável que o ator se destacou em obras cômicas como O Máscara.

Ainda assim, Carrey esteve no papel de vilão algumas vezes. Em Batman Eternamente, de Joel Schumacher, ele deu vida ao Charada, personagem que definitivamente se beneficiou de sua performance exagerada, mas ainda assim conseguiu transparecer maldade, loucura e toda a raiva que carregava no fundo.

Esse não é o único papel de Carrey como vilão, no entanto. Em O Pentelho, filme classificado como comédia de humor negro e suspense, o ator vive Chip Douglas, o antagonista que fica obcecado por um homem para quem instalou uma TV a cabo. A performance dele como o stalker da produção é bastante aterrorizante, mesmo nos momentos em que o personagem está realizando atividades aparentemente comuns.

Steve Carell é conhecido até hoje por seus papéis em O Virgem de 40 anos e The Office, onde vive o icônico Michael Scott. Vez ou outra, o ator demonstrou seu talento para performances mais sérias, mas nenhuma tão dramática quanto o vilão de Foxcatcher: Uma História Que Chocou o Mundo.

Na obra ele interpreta John du Pont, um milionário fã de wrestling que posteriormente se tornou infame por assassinar Mark Schultz (Channing Tatum), campeão olímpico do esporte. A história é baseada em fatos reais, e mesmo antes do crime acontecer, Carell constrói uma performance cheia de camadas, demonstrando os problemas por trás da fachada e conseguindo se portar de modo até assustador. O trabalho do ator foi tão notável que rendeu a ele uma indicação ao Oscar.

Muito antes de viver Agatha Harkness em WandaVision, Kathryn Hahn já havia se consagrado como presença recorrente em obras de comédia. É óbvio que, mesmo na série da Marvel, há um quê de cômico na personagem, mesclado a muita astúcia e manipulação que tornaram a vilã um dos maiores destaques da produção - e garantiram a ela até sua própria série.

Além de WandaVision, a atriz esteve em títulos como Família do Bagulho, O ncora: A Lenda de Ron Burgundy, As Delícias da Tarde, Free Agents” e mais. Recentemente, ela também atuou em Glass Onion: Um Mistério Knives Out*.

Bryan Cranston pode até ser associado imediatamente a Walter White hoje em dia, mas no início de sua carreira o ator viveu personagens bem diferentes do vilão de Breaking Bad. Um dos papéis que elevou sua fama foi Malcolm, no qual vivia o bem-humorado pai do protagonista, e ele também esteve nas comédias/dramas Pequena Miss Sunshine e Rock of Ages: O Filme.

Em Breaking Bad, porém, o ator interpreta um personagem bem diferente. Walter White pode até parecer ser o herói da história no início, mas logo se mostra imoral, egocêntrico e muitas vezes bastante ameaçador.