As 10 melhores mudanças nos remakes em live-action da Disney!

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As 10 melhores mudanças nos remakes em live-action da Disney!

Por Gus Fiaux

Nos últimos anos, a Disney percebeu o quão lucrativo e especial para os fãs seria fazer remakes em live-action de suas animações mais clássicas. A partir daí, filmes como Dumbo, Cinderela, Mogli: O Menino Lobo A Bela e a Fera, entre outros, ganharam novas versões no cinema.

Entretanto, para trazer elementos originais e inspiradores nas novas versões, o estúdio fez algumas pequenas mudanças em relação ao material original, criando obras que respeitam o que foi estabelecido anteriormente mas adicionam camadas novas. E aqui selecionamos as 10 melhores mudanças no remakes em live-action da Disney!

Créditos: Disney

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Animais não falam (Dumbo)

O filme original de 1941 foi a salvação da Disney durante uma terrível crise. O longa nos apresentou o adorável Dumbo, que ao lado do falante ratinho Timothy, descobriu o dom de voar graças às suas exageradas orelhas. Entretanto, o live-action de Tim Burton faz uma mudança grande: aqui, os animais não falam.

Isso pode até ser decepcionante para alguns, mas cria uma aura de realismo maior na obra, fazendo inclusive com que a jornada do elefantinho seja ainda mais emocionante. E graças aos excelentes efeitos visuais, isso nem faz falta, já que só o olhar de Dumbo já é expressivo o suficiente para demonstrar o que ele está sentindo.

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Amor à primeira vista? Aqui não! (Cinderela)

As animações clássicas da Disney educaram seu público com a noção de que um amor inabalável pode ser criado à primeira vista. Várias animações retrataram isso, desde Cinderela a filmes mais recentes, como A Pequena Sereia. Felizmente, o remake live-action da Gata Borralheira deixa isso de lado.

Há uma pequena cena em que Cinderela conhece o Príncipe Encantado um pouco antes da cena do baile. Por mais que o efeito seja mínimo, já ajuda a estabelecer a relação dos dois como algo palpável e construído ao longo do tempo, e não apenas um delírio rápido. Além disso, o encontro prévio dos dois gera uma cena adorável.

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Uma trama encorpada (Dumbo)

Apesar de ser um clássico, o Dumbo original não é nada demais em termos de narrativa. O filme não estabelece uma grande trama, e sua história é pura e simples - o que não caiu bem com alguns críticos da época. Na versão de Tim Burton, a história ficou bem mais encorpada, já que elementos humanos foram adicionados.

O Dumbo continua sendo o protagonista de sua própria história, mas temos aqui vários outros elementos que ajudam o público a entender esse universo, como toda a trama do Circo dos Irmãos Medici, a presença de um empresário ganancioso e até mesmo uma trama familiar focada em um veterano de guerra e seus dois filhos.

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A triste canção da Fera (A Bela e a Fera)

Alan Menken é um dos compositores mais prestigiados da Disney, tendo produzido diversas trilhas sonoras das mais aclamadas animações do estúdio. Ainda assim, uma coisa que fez muita falta em A Bela e a Fera (o desenho original) era uma canção da Fera, que pudesse representar seus sentimentos e expectativas.

Felizmente, o live-action supre a necessidade com a belíssima Evermore, que inclusive recebeu diversos prêmios. A canção acontece no momento em que a Fera libera Bela para visitar seu pai, e então começa a cantar sobre o sentimento que passou a nutrir pela mulher, deixando claro sua solidão e sentimento de abandono.

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Filho da selva (Mogli: O Menino Lobo)

Mogli: O Menino Lobo tem um status cult entre os fãs da Disney, sendo o último filme em que Walt Disney trabalhou diretamente antes de seu falecimento. O longa animado é muito divertido, mas os fãs sempre criticaram seu encerramento: após passar sua vida falando sobre como queria viver na selva, Mogli vai para a cidade ao se encantar por uma garota.

Felizmente, o live-action realmente passa a ideia do "Menino Lobo". Aqui, o garoto tem mais de sua vida explorada - especialmente sua família de lobos. Ao fim do filme, ele continua na floresta, ao lado de amigos como Baguera, Raksha e Baloo. Entretanto, ele também descobre seu valor como humano, e como isso é útil no meio da selva.

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A verdade sobre a mãe de Bela (A Bela e a Fera)

Uma das maiores lacunas de A Bela e a Fera é o mistério sobre a mãe de Bela. Na animação, ela sequer é mencionada, e só assumimos que ela morreu e deixou Bela e seu pai sozinhos no mundo. Entretanto, o filme de Bill Condor preenche essa lacuna com uma breve explicação sobre o destino da mulher.

A história é triste e pesada, mas faz com que Bela descubra que, quando ainda era muito pequena, ela e seu pai tiveram que deixar sua mãe para trás em Paris, já que ela estava morrendo devido à peste bubônica. A cena é bem tocante e ajuda a estabelecer a confiança que Bela possui na Fera, explicando a paixão dos dois.

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Heroína de sua própria história (Malévola)

De todos os live-action da Disney, nenhum é mais corajoso que Malévola, que realmente traz um novo significado para a história de A Bela Adormecida ao mostrar que a grande vilã do filme, no fundo, nem era tão má assim (falaremos sobre isso depois). Porém, uma das melhores mudanças se dá no fato de que é Malévola que salva a Princesa Aurora.

Apesar de condená-la ao sono profundo, as intenções da feiticeira eram mais puras do que se imagina. Ela tenta proteger a princesa a todo custo, desenvolvendo uma relação materna com ela. E, ao fim, ela é a responsável pelo beijo de amor verdadeiro que quebra definitivamente a maldição colocada sobre Aurora.

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Uma mulher livre (A Bela e a Fera)

Uma das coisas que os remakes em live-action mais têm acertado é o papel das protagonistas mulheres. Aqui, em vez de serem mulheres indefesas, as princesas e heroínas estão ganhando papéis mais ativos e fortes, o que as torna exemplares ideais para as jovens garotas que compõem boa parte do público dos filmes.

Na animação, Bela já era uma baita protagonista forte, tendo uma independência latente e um desejo de se libertar das amarras da sociedade que a prendiam. No live-action, isso é ainda mais potencializado. Ela é uma inventora, assim como seu pai, e tem uma participação fundamental na libertação de seu pai e no clímax no castelo.

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Os efeitos da maldição (A Bela e a Fera)

Quer você queira admitir ou não, a trama de A Bela e a Fera original conta com um furo grande: a maior parte dos empregados do castelo eram pessoas do vilarejo onde vive Bela, e todas sumiram misteriosamente sem deixar rastros, mas como o resto da população não se deu conta de que isso tinha acontecido?

Felizmente, o filme em live-action resolve esse furo de uma forma bem simples: a maldição imposta pela feiticeira fazia com que todos esquecessem dos que foram amaldiçoados gradativamente. Além disso, caso a maldição não fosse quebrada a tempo, todos os objetos ficariam inanimados, o que concede à trama um senso maior de urgência e perigo.

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Não tão malévola assim... (Malévola)

Como disse anteriormente, Malévola é o live-action mais ousado e arriscado da Disney até o momento, por subverter completamente a história da animação original da Bela Adormecida e trazer a vilã como uma personagem cheia de profundidade e com uma trama trágica que a colocou nesse caminho.

A ideia de ver Malévola - até hoje considerada a vilã mais maligna da Disney - como uma figura ambígua e cuja história não é tão unidimensional foi inovadora. Além disso, toda a trama contada sobre sua paixão e como o Rei despedaçou seus sonhos - e suas asas - geram uma das melhores mudanças que a Disney já fez em seus remakes live-action.