As 10 melhores decisões da oitava temporada de “Game of Thrones”!

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As 10 melhores decisões da oitava temporada de “Game of Thrones”!

Por Gus Fiaux

A oitava temporada de Game of Thrones definitivamente não agradou os fãs. Apesar de alguns momentos épicos, tudo ficou inundado por um roteiro apressado e corrido, que não conseguiu conciliar o desenvolvimento dos personagens com o encerramento da trama. Ainda assim, nem tudo foi digno de repulsa.

Além de uma qualidade técnica (quase) primorosa, a oitava temporada também teve alguns destaques narrativos e boas decisões que acabaram ficando ofuscadas pelo resto. De qualquer forma, aqui gostaríamos de lembrar de 10 boas escolhas criativas da oitava temporada de Game of Thrones!

Créditos: HBO

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A tirania da Rainha Louca

Pode ir largando seus paus e pedras. No fim das contas, a narrativa da Rainha Louca foi uma ideia boa e totalmente fundamentada na construção de Daenerys Targaryen até o momento. Mesmo sendo conhecida como a "Quebradora de Correntes", ela já tinha demonstrado uma veia tirana no passado e isso é só uma consequência de sua hereditariedade.

No fim das contas, faz muito sentido que a Mãe dos Dragões assumisse o controle de Porto Real e acabasse se corrompendo pelo poder. O grande problema aqui não foi a trama, mas sua construção na temporada - que definitivamente foi corrida e inconsequente, algo que exploraremos na lista de piores decisões da oitava temporada.

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O Jogo dos Tronos

Por mais que tenhamos ficado muito decepcionados com a trama do Rei da Noite se encerrando no terceiro episódio, não podemos nos esquecer que, mais do que criaturas mitológicas, dragões e zumbis, Game of Thrones sempre foi uma série política. Desde seu início, é uma série sobre jogos e intrigas relacionadas ao Trono de Ferro.

A decisão de manter essa camada da história por último foi inteligente, apesar da correria para que a temporada chegasse ao fim logo. Pensando em retrospecto, teria sido muito interessante ver uma temporada inteira com a derrocada de Cersei Lannister e a loucura de Daenerys Targaryen se mostrando mais aparente.

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O arco do Duende

Tyrion Lannister sempre foi um dos personagens mais interessantes e complexos da série. Vitimizado e excluído por sua aparência, ele compensou por todos os maus tratos com sua inteligência e uma ardilosa capacidade de compreender o que acontece por trás da Guerra dos Tronos. E isso é usado muito bem aqui.

O tempo todo, o Duende se vê confrontado pelas suas decisões, desde sua aliança com Daenerys Targaryen à traição de Varys, seu amigo de confiança. Ao fim, é recompensador saber que ele se torna a Mão do Rei - e não apenas como "recompensa" por sua trajetória, mas também como punição por seus crimes.

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Coração de Cavaleiro

Brienne de Tarth é facilmente uma das personagens mais adoradas da série, desde que foi introduzida. A valente guerreira comeu o pão que o diabo amassou, mas sempre foi fiel aos seus ideais, sendo uma protetora implacável para a Casa Stark, cumprindo a promessa que fizera a Catelyn há muitos anos.

Na oitava temporada, ficamos felizes com seu destaque e com o fato de que ela é mantida viva após duas batalhas sanguinárias. Mais interessante que isso é ver como ela finalmente alcança o tão sonhado posto de Cavaleiro e, posteriormente, tem um papel importante no reinado de Bran Stark, como Comandante da Guarda Real.

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Retornos e reencontros

Sendo a última temporada da série, a oitava tinha o dever e a responsabilidade de trazer de volta personagens importantes "esquecidos", ao mesmo tempo em que traçava reencontros surpreendentes. No fim, ficamos felizes pela volta de Melisandre - que volta como importante aliada de Winterfell durante a batalha com o Rei da Noite.

Mais que isso, alguns reencontros realmente nos deixaram felizes - no caso da Mulher Vermelha, não podemos nos esquecer de sua breve reunião com Arya Stark. Outro encontro formidável foi o de Montanha com o Cão de Caça, que resultou em uma das batalhas mais emocionantes do penúltimo episódio.

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Episódios preparativos

Embora o espetáculo tenha consumido a experiência de Game of Thrones, não podemos nos esquecer que, em suas temporadas, a série sempre foi sobre diálogos elaborados e interação de personagens, e não sobre batalhas épicas. Por conta disso, os dois primeiros episódios realmente são destaques na temporada.

É justamente essa ideia de "preparativo para a guerra" que fez deles tão memoráveis e interessantes dentro de uma temporada tão controversa. O segundo episódio, por sua vez, é o que melhor explora isso, especialmente com a reunião de Brienne, Jaime, Podrick, Tyrion, Davos e Tormund antes da batalha.

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Stark em foco

Embora alguns personagens tenham ganhado muita popularidade na série - como uma certa Mãe dos Dragões - a trama principal sempre girou em torno da Casa Stark e como eles superaram suas maiores dificuldades. É interessante que o foco tenha se tornado esse novamente, com cada um dos filhos de Ned Stark ganhando espaço.

Arya Stark se torna a maior guerreira de Westeros, enquanto Bran Stark assume o Trono de Ferro (por mais que tenhamos nossas críticas a isso). Sansa Stark proclama a independência do Norte e torna-se a rainha de seu povo. E Jon Snow... bem, Snow existe. Mas ele tem um arco interessante, apesar do romance meloso com Daenerys Targaryen.

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Arya Stark, a salvadora e desbravadora

Arya Stark sempre foi uma personagem muito importante de Game of Thrones, e definitivamente uma das favoritas dos fãs. A menina teve que lidar com a morte de seu pai em Porto Real, e desde então partiu em uma jornada de vingança e aprendizagem que a tornou uma das assassinas mais letais de Westeros.

Gostamos de ver que isso acabou servindo de algo. Por mais que ela não use seus dons com a "troca de rostos", ainda vemos ela sendo uma guerreira fatal, especialmente durante a Batalha de Winterfell. E no fim, ela é a única responsável por deter o Rei da Noite, extinguindo a ameaça dos Caminhantes Brancos, ao menos por enquanto.

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O Norte se lembra

Winterfell sempre foi nosso ponto de partida para a série. Mesmo quando a trama desviava para mostrar o que acontecia em Porto Real ou até mesmo fora dos limites de Westeros, o Norte sempre foi uma constante à qual retornávamos. E um lema que sempre nos acalentou foi o de que um Stark sempre precisa estar em Winterfell.

Ao fim, é realmente recompensador ver Sansa Stark - possivelmente a personagem que teve a maior evolução de toda a série - declarando a independência do Norte e assumindo o comando de seu lar. É um final digno para a personagem e para um povo que finalmente pode voltar aos seus dias de glória.

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O fim do Trono de Ferro

Muitas pessoas tem falado sobre como a cena de Drogon destruindo o Trono de Ferro é simbólica. Porém, não pense que o dragão aprendeu ciências sociais do dia para a noite e compreendeu que era o poder que havia matado sua mãe. Ainda assim, é uma baita cena bonita e que tem toda uma carga dramática na série.

O Trono de Ferro sempre foi o símbolo de um poder absolutista, abrigando tiranos durante quase toda sua existência. Faz sentido que esse sistema precise chegar ao fim, que essa "roda precise ser quebrada" para que Westeros volte a ter paz - e isso se concretiza na finale, quando Tyrion Lannister determina uma mudança na seleção dos futuros soberanos.