Alice in Borderland: 7 referências escondidas a Alice no País das Maravilhas

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Alice in Borderland: 7 referências escondidas a Alice no País das Maravilhas

Por Junno Sena

As referências de Alice in Borderland a Alice no País das Maravilhas estão além de cartas de baralho e rainhas pedindo pela cabeça de seus súditos. Com metáforas que conversam com os personagens de ambas as obras e nomes resgatados da obra de Lewis Carrol, a verdade é que o universo sangrento do dorama japonês foi construído ao redor do clássico da literatura britânica.

Aqui, reunimos 7 referências a Alice no País das Maravilhas que estão presentes em toda a série da Netflix. Confira!

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Arisu é a Alice de Borderland

Arisu é a referência mais difícil de ser compreendida para aqueles que não estão acostumados com a língua japonesa. Isso porque “Arisu” é a forma como os japoneses pronunciam o nome “Alice”. Trazendo isso à tona, todo o resto do intrincado universo de Borderland começa a fazer sentido.

O personagem interpretado por Kento Yamazaki é a Alice deste mundo. Perdido entre jogos e tentando encontrar o caminho de volta para casa, Arisu se depara com todo tipo de personalidades em sua jornada.

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Usagi é o Coelho Branco

Usagi é uma das personagens mais queridas de Alice in Borderland e muito disso se deve a atuação de Tao Tsuchiya, mas também a todos os enigmas que a garota carrega. O que não é muito diferente do Coelho Branco que leva Alice pelo País das Maravilhas.

Outra referência que merece ser mencionada é o nome de Usagi. O mesmo, em tradução literal, significa “coelho. Isso, somado a como a personagem possui uma habilidade nata em correr e escalar edifícios e montanhas, a aproxima ainda mais do personagem.

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Chishiya é o misterioso Cheshire

Com seu sorriso enigmático, Chishiya é o gato Cheshire. Um verdadeiro “lobo solitário”, Chishiya está disposto a ajudar Arisu, mas nunca da forma que o protagonista espera. Assim como Cheshire, o personagem interpretado por Nijiro Murakami faz “sua Alice” andar em círculos até ser capaz de construir uma verdadeira aliança.

Talvez essa relação pareça forçada, uma vez que o gato se destaca com suas cores púrpuras, enquanto Chishiya sempre está vestido de branco. Mas, o garoto do dorama está constantemente mostrando sua visão irônica sobre o mundo com frases de efeito e lições de moral que, no fim das contas, apenas ele entende.

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Kuina é A Lagarta

Para compreender Kuina, é preciso se debruçar completamente na metáfora da Lagarta. Visualmente, tanto a personagem interpretada por Aya Asahina quanto a Lagarta podem ser vistas fumando, além de que, na primeira vez que vemos Kuina, ela está vestindo roupas de cor azul.

As outras semelhanças estão na história de Kuina. Ela é uma mulher trans que deixou sua família para poder se “transformar em uma borboleta”. O seu passado é um dos mais tocantes da produção e conversa de forma profunda com a imagem da Lagarta. A transição de Kuina não apenas a transforma no que ela sempre foi por dentro, como também a coloca como uma mulher sábia, disposta a lutar contra tudo pela sua sobrevivência.

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Outros personagens

Outros personagens ao longo da trama possuem contrapartes no País das Maravilhas. Chota e Karube, os amigos de Arisu, podem ser vistos como o Carpinteiro e a Morsa. Enquanto um representa um indivíduo trabalhador que sempre segue as regras, o outro é a ganância em pessoa, sempre colocando seus objetivos à frente.

Além deles, temos o Chapeleiro que é o próprio Chapeleiro Maluco e Aguni, um dos braços direitos do Chapeleiro, que representa a louca e imprevisível Lebre de Março. Alguns ainda interpretam An como a Rainha Branca e Momoka e Asahi, duas personagens importantes do último jogo da primeira temporada, como Tweedledee e Tweedledum.

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A Rainha de Copas e seu jogo de críquete

Uma das referências mais claras a Alice no País das Maravilhas surge ao fim da primeira temporada de Alice in Borderland e é Mira, a Rainha de Copas. Interpretada por Riisa Naka, a personagem possui a mesma estética da rainha do País das Maravilhas. De personalidade questionável, Mira é a última carta que Arisu e Usagi enfrentam na segunda temporada, representando também um dos jogos mais difíceis.

Nele, os participantes precisam jogar três partidas de críquete com a Rainha. O jogo escolhido por Mira é outra referência ao livro de Lewis Carrol, uma vez que este é um dos passatempos favoritos da rainha do livro. Mas, diferente da personagem do dorama, a Rainha de Copas do livro utiliza flamingos como tacos e ouriços como bolas em seu jogo.

Outro ponto que aproxima as duas é o papel que representam na vida de seus respectivos protagonistas. Enquanto a Rainha de Alice julga a garota como culpada e decide que terá sua cabeça cortada, o jogo de Mira representa o julgamento dos próprios participantes sobre seus papéis em Borderland e no mundo real.

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É tudo um “sonho”

Ainda não se sabe a verdadeira origem de Borderland e seus macabros jogos, porém, existe uma similaridade em como o País das Maravilhas e o perigoso mundo do dorama funcionam. Ambos são um “sonho”.

Ao fim da segunda temporada de Alice in Borderland, descobrimos que todos os personagens foram vítimas de uma catástrofe. Após finalizarem todos os jogos, incluindo o da Rainha de Copas, os protagonistas retornam para casa sem memória alguma do que viveram durante o tempo deles em Borderland.

Isso não é muito diferente do que acontece com Alice ao final de Alice no País das Maravilhas. Nele, após ser condenada à morte pela rainha tirana, Alice acorda, descobrindo que toda a viagem pela toca do coelho se tratou de um sonho.