À primeira vista, Chernobyl pode parecer um drama histórico muito distante da ficção científica apocalíptica de O Eternauta. Mas o que une essas duas obras é o terror invisível. Aquilo que está no ar, que não pode ser visto, mas é fatal.

Na minissérie da HBO, acompanhamos os desdobramentos do desastre nuclear na Ucrânia em 1986. Mas o que realmente prende o espectador é a sensação de impotência diante de uma ameaça que as autoridades tentam minimizar, assim como acontece com a nevasca de O Eternauta.

Chernobyl também explora o herói desconhecido e a tragédia coletiva, dois elementos centrais na jornada de Juan Salvo e seu grupo.

Se o que mais te marcou em O Eternauta foi a tensão constante e a luta pela sobrevivência, Chernobyl vai mexer com você da mesma forma.

Origem mostra uma família que acaba presa em uma cidade isolada depois de um misterioso acidente na floresta .

Ali, eles descobrem que os moradores estão em uma prisão sem grades cercados por monstros terríves que só saem a noite.

Será um experimento? Uma simulação? Uma realidade alternativa? O tempo todo tentamos encontrar uma explicação lógica, mas a verdade foge das nossas mãos assim como dos personagens.

Esse sentimento de estar à mercê de algo que ninguém entende e não pode controlar é muito semelhante ao que acontece em O Eternauta.

Se você se envolveu com a atmosfera opressiva da série argentina e curte obras que mostram grupos tentando sobreviver diante de situações inexplicáveis Origem vai te deixar grudado na tela... e com mais perguntas do que respostas!

À primeira vista, The Expanse pode não parecer ter muitos paralelos com os plots principais de O Eternauta, principalmente por transportar os conflitos humanos para o espaço.

Mas o fator em comum entre as obras é aquele sentimento contínuo de que algo está errado e que culmina em um elemento de horror cósmico.

Em The Expanse, a Terra colonizou o restante da Via Láctea e criou colônias em diversos cinturões planetários. Quando a filha de um influente homem de negócios desaparece, logo descobrimos que algo muito mais sinistro está acontecendo.

Assim como em O Eternauta, a série explora dilemas morais, escolhas difíceis e a luta pela liberdade em meio a uma situação que desafia a compreensão humana.

Ambas as narrativas destacam a importância da resistência coletiva e da esperança frente ao desconhecido.

Em Colony, a Terra foi invadida por uma força alienígena misteriosa. As cidades estão cercadas por muros colossais e a sociedade vive sob um regime autoritário imposto por humanos que colaboram com os invasores.

Ninguém sabe ao certo quem, ou o quê, está por trás da ocupação. E é justamente essa incerteza que aproxima a série de O Eternauta.

Aqui, a luta por liberdade e autonomia não vem em explosões ou batalhas grandiosas, mas sim na resistência do cotidiano, nas pequenas decisões morais que os personagens precisam tomar.

Assim como Juan Salvo e seu grupo, os protagonistas de Colony são pessoas comuns tentando preservar sua humanidade diante de uma nova ordem que desafia qualquer lógica.

Apesar de ter sido cancelada depois de 3 temporadas, a série ainda vale a pena de ser conferida.

Enquanto O Eternauta nos apresenta a uma invasão silenciosa e em camadas, Falling Skies parte de um cenário onde a invasão alienígena aconteceu de maneira brutal.

A série começa no meio do colapso: grandes cidades foram destruídas, a humanidade está à beira da extinção e pequenos grupos tentam sobreviver como podem.

Assim como em O Eternauta, a força da série está na perspectiva humana.

Seguimos uma comunidade de resistência liderada por um ex-professor de história e seus filhos, que precisam aprender a se esconder e lutar para manter a esperança.

A relação entre pais e filhos, o peso da liderança e o senso de comunidade ressoam com o drama do grupo de Juan Salvo e com a importância da união em tempos de colapso.

Se você curtiu a mistura de ação, sobrevivência e reflexão sobre o que nos torna humanos mesmo em cenários desumanos, Falling Skies pode ser seu próximo mergulho no apocalipse sci-fi.