25 Easter-Eggs e Referências que você não pode perder em Pantera Negra!

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25 Easter-Eggs e Referências que você não pode perder em Pantera Negra!

Por Gus Fiaux

Atenção: Alerta de Spoilers!

Lançado nos cinemas brasileiros na última quinta-feira, Pantera Negra está conquistando o público por onde passa e já está quebrando vários recordes de bilheteria para o Universo Cinematográfico da Marvel, enquanto recebe os maiores elogios de críticos e de famosos que já puderam conferir o longa.

Curiosamente, é um dos filmes mais contidos e fechadinhos da franquia, trazendo relativamente poucos easter-eggs e referências – o que não significa que os que tivemos não foram importantes. Justamente por isso, aqui está tudo que você pode não ter percebido no filme solo do Rei de Wakanda!

Créditos: Divulgação

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Oakland, Califórnia

Embora a maior parte do filme transcorra na cidade afrofuturista de Wakanda, começamos a trama alguns anos atrás, em Oakland, uma cidade da Califórnia. Quem conhece o diretor Ryan Coogler, sabe que isso é uma constante em sua carreira, já que foi onde ele mesmo nasceu e é o cenário de seu primeiro longa, Fruitvale Station: A Última Parada.

Porém, o local tem uma importância histórica ainda maior, uma vez que foi a cidade onde surgiu o movimento dos Panteras Negras, para lutar contra a opressão e o racismo nos Estados Unidos, e defender a luta em comunidade.

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Inimigo Público

Aliás, a cena em Oakland se aprofunda em mais referências histórias que dão profundidade aos seus personagens. Quando vamos ao apartamento de N'Jobu na cidade, podemos ver um cartaz do grupo de hip-hop Public Enemy

Na ativa até hoje, o grupo musical sempre teve uma forte conexão com o Partido dos Panteras Negras, desde as letras de suas músicas até o vestuário adotado, enquanto sempre criticavam a mídia norte-americana e a desigualdade racial no país.

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Os Cães de Guerra

Logo no início do filme, somos apresentados a N'Jobu, o irmão mais novo de T'Chaka, que é mandado aos Estados Unidos como um "Cão de Guerra". Essa denominação é citada novamente ao longo da trama, conforme outros personagens - como Nakia - também fazem parte do grupo.

Nas histórias em quadrinhos, os Cães de Guerra são referidos como Hatut Zeraze e são uma elite de espiões e guerreiros de Wakanda, que em vez de servir em seu próprio país, são enviados para outras partes do mundo, como modo de infiltrar a nação em diversos países.

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Consequências da Guerra Civil

Assim que o filme começa a retratar o presente, logo somos afogados com um rio de referências a Capitão América: Guerra Civil, que serviu de introdução para o personagem. Considerando que a história de Pantera Negra se passa uma semana após os eventos do longa, temos uma recordação de momentos chave, como a morte de T'Chaka.

Além disso, outro detalhe importante é a menção a Zemo, que foi capturado e derrotado pelo próprio T'Challa, antes que cometesse suicídio. Aqui, além de ver outra foto do vilão, sabemos um pouco mais sobre seu encarceramento.

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Honra aos ancestrais

No filme, o grande laboratório tecnológico de Wakanda é situado no coração do Monte Bashenga, uma localização geográfica muito interessante, já que é onde situa-se todo o vibranium disponível no país, originário de um grande meteorito caído na Terra há milhões de anos.

O nome deve despertar atenção nos fãs mais hardcore do personagem, uma vez que Bashenga foi o primeiro Rei de Wakanda, e um dos primeiros heróis a utilizar o manto do Pantera Negra.

Shuri, Rainha dos Memes

A irmã mais nova de T'Challa, Shuri já chegou para ser uma personagem favorita entre os fãs - por mais que sua personalidade e habilidades difiram bastante da sua representação nas HQs. Aqui, ela é uma jovem cientista muito inteligente e descolada, que não perde a oportunidade de zoar o irmão.

Em um dos momentos mais divertidos do filme, ela faz referência a um popular vine, quando questiona ao seu irmão o que ele está usando como calçado.

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Moda futura

E essa piada com o meme logo é encabeçada por outra grande referência à cultura pop, quando a heroína apresenta ao irmão um novo sapato que se constrói automaticamente a partir da sola, e cita como inspiração um "filme americano velho" que seu pai, o rei T'Chaka gostava.

É possível que isso seja uma referência a De Volta Para o Futuro - Parte II, onde Marty McFly encontra um sapato futurista que é capaz de se ajustar sozinho. De forma ainda mais divertida, isso lembra um pouco o discurso do Homem-Aranha em Guerra Civil sobre Star Wars: O Império Contra-Ataca ser um filme "antigo".

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Pronto para batalha

O traje criado por Shuri para o irmão apresenta uma das tecnologias mais avançadas vistas no Universo Cinematográfico da Marvel, já que abusa de estruturas nanomoleculares para formar todo o traje a partir de um colar. E isso é algo muito presente nas HQs recentes do herói.

Desde que o roteirista Ta-Nehisi Coates assumiu as HQs do personagem, T'Challa passou a usar outro traje. Aqui, o herói consegue projetar seu uniforme através de seu próprio corpo, de forma bem similar à Armadura Extremis do Homem de Ferro.

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O Desafio da Pantera

O Desafio da Pantera é um dos momentos mais deslumbrantes do filme, quando vemos todas as tribos de Wakanda reunidas pela coroação de seu novo rei. Contudo, Shuri não poderia deixar de fazer graça. Ao questionarem se há alguém que tem interesse em desafiar T'Challa, ela é a primeira a levantar a mão, ainda que seja apenas para fazer uma piada.

Contudo, nas HQs, a heroína já quis disputar o Desafio e é uma guerreira valorosa, tão formidável quanto seu irmão. Curiosamente, ela já assumiu para si o manto do Pantera Negra e o cargo de rainha de Wakanda quando T'Challa estava indisponível.

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M'Baku, o Homem-Gorila

Um dos personagens que movimenta a trama é M'Baku, o líder de uma tribo de Wakanda que não quer se ver representada pela família de T'Challa, devido ao desrespeito com as tradições do país. Nos quadrinhos, o personagem segue a mesma linha, mas é mais conhecido por seu nome de guerra: Homem-Gorila.

Nos cinemas, o nome foi alterado para não dar margem a comentários racistas - uma vez que várias ofensas para pessoas negras são comparativos com macacos e outros primatas. Ainda assim, há referências a essas origens, já que o personagem também adora ao Deus Gorila e usa uma máscara animalesca representando o animal no Desafio da Pantera.

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Djalia

Mesmo que já apresentada nos trailers, vemos no filme tanto T'Challa quanto Killmonger entrando em um plano astral, onde podem se comunicar com seus ancestrais e onde buscam conselhos para seu reinado. As cenas provavelmente são inspiradas em dois elementos recorrentes das HQs.

O primeiro é a Necrópole, que como o próprio nome revela, é a cidade dos mortos habitada pelos "espíritos" dos antigos Panteras Negras. Além disso, é possível que estejamos vendo uma representação da Djalia, uma dimensão astral que se forma a partir de toda a memória coletiva de Wakanda - e que é para onde Shuri foi mandada quando "morreu" nos quadrinhos.

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Máscaras

Durante o assalto à galeria de arte/museu provocado por Killmonger e por Ulysses Klaue, vemos o vilão vivido por Michael B. Jordan roubando e usando uma máscara tribal - uma cena que foi divulgada amplamente em vários trailers e comerciais.

A máscara é uma referência direta à Black Panther Vol. 2 37, onde o vilão também utiliza um artefato muito similar. Além disso, o visual também é inspirado em como o demônio Mefisto foi representado em uma história do herói escrita pelo icônico roteirista Christopher Priest.

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A Garra Sônica

Nos quadrinhos, o Garra Sônica é o maior vilão do Pantera Negra, e embora ele não tenha tanto destaque no filme solo do herói, ainda há referências potentes à sua participação nas HQs. Ulysses Klaue, interpretado por Andy Serkis, foi apresentado em Vingadores: Era de Ultron, onde perde seu braço para o robô assassino que dá nome ao longa.

Aqui, ele reaparece causando problema enquanto se alia brevemente a Killmonger. E nas cenas de ação, ele usa um braço biônico capaz de disparar rajadas sonoras - o que acontece também nas HQs, depois que perde seu membro para T'Chaka. A diferença é que, nos quadrinhos, ele chega a se tornar uma criatura composta inteiramente de som sólido.

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"Cada suspiro que você dá é um ato meu de misericórdia"

Logo após enfrentar Klaue na Coréia do Sul, T'Challa percebe que está em frente às câmeras e precisa se conter para não acabar de uma vez com todas com o inimigo que causou tragédias em seu país. Então, quando o vilão zomba pedindo por misericórdia, o rei logo diz que cada suspiro dado por ele é um ato de piedade.

No entanto, os fãs do personagem já devem ter reconhecido essa frase nos quadrinhos. Isso acontece quando o Pantera Negra enfrenta o Rei Namor, em uma HQ dos Novos Vingadores. Na história, o diálogo usado contra o atlante é praticamente o mesmo que ele usa contra o mercenário.

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Everett Ross

Apresentado em Capitão América: Guerra Civil, o agente da CIA Everett K. Ross, interpretado por Martin Freeman, tem muito mais destaque no filme solo do Rei de Wakanda, conforme é levado para o país para ser tratado e acaba se tornando um grande aliado de T'Challa e da nação africana.

Nos quadrinhos, o personagem surgiu em Quem é o Pantera Negra?, uma re-contagem da origem do herói, enquanto toma uma postura muito mais neutra em relação à conquista de Wakanda. Posteriormente, ele teve mais impacto nas histórias do personagem, mas ainda assim, sua caracterização é relativamente diferente a dos filmes.

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O colar dourado

Quando apresenta os novos trajes para o irmão, Shuri mostra dois protótipos concretos: um mais discreto, que logo é escolhido por T'Challa, e outro "mais chamativo", que se forma a partir de um colar dourado - traje que logo é utilizado por Killmonger quando assume o reinado de Wakanda.

Curiosamente, em várias HQs da Marvel, o próprio Pantera Negra já usou diversos trajes com colares dourados - que frequentemente são utilizados em cerimônias e outros rituais mais importantes.

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Jaguar Dourado

Ao longo do filme, vemos Killmonger assumindo outro traje de Pantera e tornando-se o Jaguar Dourado, para enfrentar T'Challa. Curiosamente, isso pode ser uma referência às primeiras histórias onde vimos o vilão. Lá, ele sempre estava acompanhado de uma onça-pintada de estimação, chamada Preyy.

Jaguar nada mais é que outro nome dado para o animal e isso cria uma interessante analogia da luta entre dois animais pela sobrevivência e pelo controle de todo um reino. Quem sabe, há até mesmo uma referência a O Rei Leão perdida aí no meio.

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Morte nas cataratas

A cena mais desafiadora e intensa do filme vem durante o primeiro confronto entre T'Challa e Killmonger, quando o vilão desafia seu primo pelo trono de Wakanda. Despido dos poderes do Pantera Negra, o herói acaba sendo derrotado, e é atirado pelo rival em uma cachoeira, sendo dado como morto.

Nos quadrinhos, a mesma coisa acontece no arco A Fúria da Pantera, quando Killmonger supera seu inimigo e o atira em uma cachoeira. Assim como no filme, T'Challa sobrevive graças à ajuda de algumas tribos, e então volta para confrontar o vilão e derrotá-lo.

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Chamado místico

Aqui, temos uma referência um tanto quanto obscura, e que pode não ter nenhum significado maior, mas que levantou a orelha de muitos fãs. Quando Killmonger envia aviões com vibranium para outros lugares do mundo, para ajudar na fabricação de armas mais potentes, descobrimos que as células em Hong Kong, Nova York e Londres estão prontas para o ataque.

Curiosamente, essas três cidades abrigam os Sanctum Sanctorum, mansões com escudos místicos vistos em Doutor Estranho. Ainda não sabemos se isso é alguma conexão indireta entre o Rei de Wakanda e o Mestre das Artes Místicas, mas é algo a se ficar de olho.

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A Pantera e o Rinoceronte

Um dos momentos mais intensos e vibrantes da batalha final do filme acontece quando W'Kabi - interpretado por Daniel Kaluuya - convoca sua arma secreta: vários rinocerontes com revestimentos de vibranium em seus chifres.

A cena traz referências marcantes a uma das primeiras histórias do herói, publicada nas páginas de Jungle Action. Aqui, T'Challa também precisa enfrentar Killmonger, mas a batalha acaba sendo interrompida por um rinoceronte descontrolado, que o rei precisa parar com suas próprias mãos.

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Sob a Luz do Luar

Enquanto preparava o filme, o diretor Ryan Coogler fez amizade e recebeu apoio de diversos outros diretores afro-americanos, como Ava DuVernay - originalmente cotada para dirigir o longa - e Barry Jenkins, responsável por Moonlight: Sob a Luz do Luar, o vencedor do Oscar do ano passado.

No filme, temos uma breve alusão ao longa, já que a última criança que aparece para conversar com T'Challa em Oakland é ninguém menos que Alex Hibbert, que interpreta o protagonista de Moonlight durante sua infância.

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Donald Trump

Em Pantera Negra, em vez de traçar alguma piadinha ou dar pistas para um próximo filme do UCM, a primeira cena pós-créditos tem um teor muito mais político, conforme vemos T'Challa unido a outros de seus aliados enquanto se apresenta para a ONU e declara o apoio de Wakanda a outros países.

A cena traz alguns diálogos que tangenciam o discurso do presidente norte-americano Donald Trump, como quando o Pantera fala sobre como "homens inteligentes constroem pontes, e não barreiras" ou até mesmo na menção errônea de Wakanda como um "país de fazendeiros."

Curiosamente, o diretor Ryan Coogler deixou claro que a cena foi concebida antes mesmo do político ser eleito nos EUA.

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Soldado Invernal

Da última vez que vimos o Soldado Invernal, ele ainda estava se recuperando da perda de seu braço biônico em Capitão América: Guerra Civil. Para isso, o herói foi levado para Wakanda, onde ficaria congelado até que sua programação mental pudesse ser "desativada".

Aqui, ele é mencionado uma vez, quando Shuri recebe Everett Ross em seu laboratório e fala que ele é "mais um menino branco para consertar". Mas a surpresa vem mesmo na última cena pós-créditos, quando o vemos em uma vila e ele parece bem recuperado. Ao que tudo indica, ele e a irmã de T'Challa terão alguma conexão importante no futuro.

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O Lobo Branco

Na cena, Shuri chama Bucky carinhosamente de Lobo Branco, e por mais que isso possa ser apenas um apelido referente à sua origem ou sua cor de pele, há uma conexão interessante com os quadrinhos, onde também conhecemos outro personagem chamado Lobo Branco.

Trata-se de Hunter, um menino que perdeu seus pais em um acidente de avião em Wakanda. Ele foi criado por T'Chaka e via T'Challa como um irmão adotivo. Em sua idade adulta, ele se tornou o chefe dos Cães de Guerra, mas acabou saindo do país e trabalhando como mercenário depois que a organização foi descontinuada. Ainda assim, ele se manteve fiel a T'Challa.

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Stan Lee

Aposto que vocês já estavam esperando a menção à participação especial de Stan Lee no filme, e ela, definitivamente, acontece em boa hora. O lendário co-criador do herói aparece na cena do cassino na Coréia do Sul, logo depois que T'Challa deixa a mesa de apostas sem levar seu prêmio.

Ele então troca um divertido diálogo com Everett Ross, enquanto pega todas as fichas do Rei de Wakanda para lhe dar sorte.