O escritor Scott Snyder deixou o Coringa dos Novos 52 muito mais intenso.

O Palhaço do Crime usava seu próprio rosto dilacerado como uma máscara e ameaçou a sanidade de personagens como Alfred e James Gordon.

Tudo culminou em um jantar na BatCaverna, onde Alfred, manipulado pelo Coringa, serve a cada membro da Bat-Família seus próprios rostos cortados.

Logo é revelado que a coisa toda era uma piada e que a Bat-Família estava ilesa, mas a confiança em seu mentor foi abalada para sempre por causa das ações do Coringa.

Em A Piada Mortal conhecemos uma das origens mais aclamadas do Palhaço do Crime.

Depois de "comprar" um parque de diversões abandonado e caindo aos pedaços, o Coringa decide por em prática seu plano, apenas para provar ao Cavaleiro das Trevas que basta um dia ruim para reduzir o mais são dos homens a um lunático.

Assim, o vilão invade a casa do Comissário Gordon e atinge Bárbara, a Batgirl, com um tiro. Depois de sequestrar o ajudante do Batman, o Coringa obriga Jim a passar pelo "Túnel do Amor" e visualizar uma série de imagens de sua filha nua.

No final, não fica claro se Bruce Wayne perdeu o equilíbrio e pôs um fim à vida do Coringa, mas o vilão, mesmo capturado, ainda consegue sair por cima e dar risada de toda a situação.

Crise Infinita foi uma das maiores histórias que a DC já fez para tremer as bases do seu Universo. Mas a história final é centrada em um homem doente e sem poderes.

Alexander Luthor, o filho de Lex Luthor, passa a comandar boa parte do que acontece naquela realidade.

O Coringa e o próprio Lex Luthor não ficam nada felizes com isso.

Eles bolam um plano para capturar Alex e iniciam uma verdadeira tortura com direito a choques elétricos e ácido jogado no rosto do rapaz.

Para finalizar, o Coringa dá um tiro na cabeça do jovem Luthor e, com isso, ajuda a por um fim em tudo que o Universo DC Comics havia se transformado.

Às vezes, o universo precisa de um mestre do caos para fazer as coisas que os heróis não podem.

A vibe da série clássica do Batman era a definição de adaptação de quadrinhos até algumas décadas atrás. No entanto, para muitas crianças dos anos 70 e 80, a série foi uma porta de entrada para o mundo dos quadrinhos.

Embora alguns dos enredos fossem realmente ridículos, havia algo no comportamento do Palhaço do Crime que encantava o público.

Durante muitas gerações, foi a performance de Romero que definiu o Coringa.

Toda vez que ele aparecia com seu bigode pintado e quase derrotava o Homem Morcego era motivo pra rir.

Muitas vezes, especialmente na Era de Ouro, a primeira aparição de um personagem só dava aos leitores uma fração do que ele se tornaria.

O Coringa é uma exceção à regra e tudo o que um fã precisa saber sobre o personagem pode ser encontrado na sua primeira aparição. Seu uso de gás venenoso, sua propensão terrível, sua necessidade de desafiar intelectualmente Batman. Vários aspectos que existem até hoje.

Baseado no ator Conrad Veidt no filme O Homem que Ri, o Coringa não foi como a maioria dos vilões daquela época que eram usados para desafiar o herói em uma história e, em seguida, desapareciam. Pouca coisa mudou e a sua aparência é quase idêntica à de 1940.

A primeira história é tão duradoura que Christopher Nolan adotou muitos elementos dela para o primeiro ato de Batman: O Cavaleiro das Trevas.

Já em sua primeira aparição, o Coringa cometeu um crime bem debaixo do nariz do Homem Morcego. Um grande momento de domínio do Coringa sobre o Batman.

Quem leu Batman: Ano Um, ou viu sua adaptação animada, sabe que o Capitão James Gordon foi temporariamente afastado do Departamento de Polícia de Gotham City por se envolver em um relacionamento com sua parceira, a oficial Sarah Essen.

Ocasionalmente, Gordon se divorciou e acabou casando com Essen.

Apesar do aparente final feliz, tudo que é bom dura pouco.

Durante o arco Terra de Ninguém, o Coringa, em mais um de seus surtos de loucura, resolveu que iria assassinar todos os bebês de Gotham, só para espalhar um pouco de caos.

Quando Sarah tentou intervir em seus planos, o palhaço atirou um bebê contra ela. Enquanto Sarah estava concentrada em salvar a criança, o Coringa atirou em sua cabeça.

A incapacidade do Batman conseguir salvar a mulher de um de seus melhores amigos permanece como uma das maiores vitórias do Palhaço do Crime.

Muitos momentos fantásticos foram criados por Jack Nicholson no Batman de Tim Burton.

Desde sua origem na Axis Chemicals, até o assassinato de seu chefe, culminando na batalha com o Batman.

Mas o seu maior momento, como todos os grandes momentos do Coringa, foi completamente aleatório e caótico.

Ao longo dos anos, o Coringa tem usado muitas artimanhas para derrubar o Batman e sua família.

Mas quando chegou o momento, o Palhaço do Crime finalmente foi capaz de matar um pupilo do Homem Morcego.

Um bandido empunhando um objeto contundente. Foi mais um lembrete de quão perigoso e brutal o personagem pode ser.

Após a morte de Jason Todd, Tim Drake se tornou o novo Robin e, eventualmente, Todd retornou como o Capuz Vermelho.

Quem diria que um pé de cabra viraria uma lenda.

Dá pra fazer uma lista só com os grandes momentos do Coringa de Heath Ledger, mas essa é uma situação que se destaca.

Depois do Coringa ser capturado, Batman e Harvey acreditam que a provação finalmente acabou, até que o vilão mostra seu trunfo, revelando que sequestrou Rachael Dawes, o amor da vida de Bruce e a mulher que se casaria com Harvey.

Existe uma coisa que todos os bandidos tinham em comum no Universo de Nolan: eles temiam o Batman.

Todos, menos o Coringa.

Nesse momento, na sala de interrogatório, os fãs e o Batman perceberam que o Palhaço do Crime não se preocupa com a dor, ele não pode ser intimidado ou ameaçado. Por mais violento que o Batman se torne, o Coringa vai achar graça da situação.

Não existiria outra maneira de terminar a relação entre Batman e Coringa, senão com um conflito digno.

Quando o Batman retorna para Gotham depois de anos recluso, o Coringa acorda de um estado vegetativo para desafiar o Cavaleiro das Trevas uma última vez.

Foi a sua batalha final e uma batalha que, mesmo perdendo, o Coringa venceu!

Durante décadas, o Batman se recusou a matar mas, no fim, acaba deslocando o pescoço do Palhaço do Crime, que completa o serviço sozinho enquanto ele ri histericamente.

Com isso, o Coringa faz com que o mundo acredite que o Batman se transformou em um assassino.

Ao destruir o Batman como um símbolo de justiça e transformando-o em um símbolo de vingança, o Coringa vira as pessoas, o governo, e até mesmo Superman contra o Homem Morcego.

Certamente, uma de suas maiores vitórias.