No início do filme, dentro de uma sala repleta de policiais – onde também está Ward, o personagem de Will Smith – há um oficial chamado “Hancock”.

Isso pode ou não ser uma pequena referência a outro filme de fantasia estrelado por Smith, anos atrás – Hancock, com temática de super-heróis.

Há um importante movimento social nos EUA chamado de Black Lives Matter, ou Vidas Negras Importam, que luta contra a violência direcionada a pessoas negras.

Bright faz uma referência a este movimento, quando o personagem de Smith diz que ”Fairy Lives Don't Matter”, ou “vidas de fada não importam”, de forma irônica, na cena em questão.

O longa-metragem também é repleto de críticas sociais e paralelos com o mundo real neste sentido.

Tudo bem que mundos de fantasia sempre nos lembrem de RPGs medievais, que são os mais tradicionais, mas um em específico pode ter sido inspiração para Bright: Shadowrun.

Há quem alegue que o filme não tem nada de Shadowrun, e talvez seja verdade. No mundo deste RPG há um cenário cyberpunk, onde a magia despertou e orcs, elfos, magos, além de outras criaturas, vagam livremente entre humanos e a tecnologia.

De certo que Bright não tem elementos cyberpunk, mas é impossível não traçar um paralelo com Shadowrun, por conta da presença de criaturas mágicas diversas em um cenário moderno.

Há uma entidade maligna no mundo de Bright conhecido como “O Senhor do Escuro”. O vilão Sauron, de O Senhor dos Anéis, é conhecido pelo mesmo título nos livros e filmes da saga de J.R.R. Tolkien.

Sabemos que Bright não se passa no universo de Tolkien, mas a referência é clara, neste sentido, para o personagem em questão.

O mundo de Bright, pelo visto, tem muitas outras criaturas, além das que vemos nas principais cenas – e isso inclui dragões!

Em pouco mais de 50 minutos de filme, há uma tomada geral de Los Angeles, onde é possível ver um dragão – ou seria um Wyvern? – sobrevoando a cidade.

O orc Jakoby passa por maus bocados na força policial de Los Angeles por ser uma criatura diferente em meio a tantos humanos – mas ele aparentemente não é o único!

Em outra cena, mais cedo no filme, vemos Ward e Jakoby chegarem no quartel policial e um centauro guarda a entrada, acompanhado de outros humanos.

O orc Jakoby escuta uma música no carro de polícia que ele define como “canção de amor dos orcs”.

Na verdade, a música é ”Hammer Smashed Face” e ela existe no mundo real. Quem canta é a banda Cannibal Corpse**, conhecida por suas melodias “pauleiras” e de letras quase incompreensíveis.

O mundo de Bright é bem diferente do nosso, é uma realidade paralela. É citado que, há dois mil anos, houve uma batalha que salvou o mundo e um dos principais responsáveis pela vitória foi um Orc.

Há dois mil anos, no nosso mundo, e de acordo com a religião cristã, a figura de Jesus é apresentada como salvador. Será que, no mundo de Bright, o equivalente é um Orc Salvador?

A Batalha do Álamo foi um importante conflito histórico, e real, que envolveu Estados Unidos e México, em 1836, durante a Revolução do Texas.

Em pouco mais de 20 minutos de filme, um personagem mexicano e amigo de Ward diz que “mexicano só se dá mal desde o Álamo”. Uma referência clara ao evento histórico e também prova de que alguns dos fatos do nosso mundo também ocorreram no mundo de Bright.

Em pouco mais de uma hora e 17 minutos de filme, Ward procura encrenca com um orc e diz para ele “pegar sua cara feia de Shrek, entrar no carro e voltar para os braços da Fiona”.

A referência, mais do que clara, fala sobre o personagem Shrek, da DreamWorks, que é um ogro verde e imenso – mais ou menos como são os orcs em Bright.

Como curiosidade extra: Will Smith parece gostar muito de Shrek. Em Eu Sou A Lenda, outro de seus filmes, o ogro também aparece em uma das cenas, quando um personagem assiste ao filme na TV.