Os quadrinhos da Valve geralmente são bem recebidos pela sua audiência. O FPS cooperativo Left 4 Dead, onde jogadores devem se unir contra zumbis para sobreviver, possui fiapos narrativos que mais atiçam a mente do jogador do que realmente aprofundam ele naquele universo.

Na HQ "O Sacrifício", os sobreviventes finalmente são resgatados, mas nem tudo é simples assim num mundo pós-apocalíptico. Na HQ, temos uma profundidade maior dos perrengues que os sobreviventes aturam fugindo dos infectados. O clímax da HQ é o sacrifício do veterano Bill, mas detalhar demais o quadrinho estragaria o impacto de quem não leu.

A Dark Horse Comics adquiriu uma fama de lançar quadrinhos excelentes adaptando universos de jogos. Com Dragon Age: Magekiller não é diferente.

Durante a trama, seguimos os caçadores de magos Magus e Tessa. A HQ se amarra com os eventos do último jogo da franquia, Dragon Age: Inquisition. Os protagonistas são incumbidos por Archon Adonis (atual governante do império Tevinter) para matar líderes dos Venatori de maneira estratégica para impedirem sua ascensão.

Os personagens são divertidos, a história é curtinha e cheia de momentos legais. Se você é fã da franquia, vale a leitura, se você aprecia uma boa fantasia, vale também.

Mais uma da Valve, as HQs de Team Fortress traduzem muito bem humor violento e cartunesco do segundo jogo para as páginas dos quadrinhos.

Algumas histórias das HQs de Team Fortress até mesmo expandem o universo maluco que é nós apresentado no jogo, dando um pouco mais de profundidade aos seus icônicos mercenários.

O quadrinho adapta o adorado livro de mesmo nome, contando um pouco da história de fundo do protagonista da franquia, Master Chief. A HQ é dividida em três partes: a infância de Master Chief, o começo da guerra contra os Covenant e a queda da colônia de Reach, evento que precede o primeiro jogo. Acredite, o silêncio do personagem durante a franquia de jogos é completamente justificado por essa magnífica história complementar.

A HQ narra a vida de Ellie antes do eventos do jogo, mostrando a personagem sendo transferida para uma nova escola sob proteção militar.

Lá a vida é dura, já que as crianças devem treinar até completarem 16 anos, quando são forçadas a se tornarem soldados para combater infectados. É nesse cenário desolador e desesperançoso que Ellie conheçe Riley, formando uma bela amizade, cujas consequências são exploradas de maneira emocionante nessa HQ. O legal aqui, é que muitos dos acontecimentos justificam o caráter e até algumas ações de Ellie no jogo, sem falar que a escrita e arte são de qualidade extrema. Mais um acerto da Dark Horse Comics.

O reboot que a franquia Tomb Raider sofreu em 2013, apresentou Lara Croft com um grupo de amigos sobrevivendo em ilha misteriosa e mortal. Anos depois, em 2015, uma sequência foi lançada e os personagens do primeiro jogo sumiram, com exceção de Lara, claro. Essa série de quadrinhos, mais uma vez da Dark Horse Comics, aborda justamente isso.

As histórias contam com os personagens que sobreviveram à ilha de Yamatai no primeiro jogo, entrando em diversos aventuras que incluem cultistas, organizações misteriosas entre outras loucuras. É aventura pura, que respeita a essência dos games, sendo escrita e desenhada de maneira fantástica.

Não, não havia um jogo antes de Scott Pilgrim que inspirou a HQ. Haviam vários! A maioria dos títulos clássicos são como pequenas referências durante a jornada de Scott, mas mais do que isso: a HQ incorpora elemento estilísticos dos jogos em sua narrativa, referenciando games como Mario, Zelda e Sonic, entre outros.

O filme do quadrinho conseguiu captar muito bem a narrativa nos moldes de "videogame" proposta pela obra impressa, sem falar que teve um jogo da franquia, anos mais tarde, no maior estilo beat'em up, bem retrôzão mesmo.

Um dos personagens mais enigmáticos da franquia de jogos Assassins Creed é Daniel Cross, que surpreende Desmond Miles, provando saber muito sobre a ordem dos Assassinos.

Acontece que Cross é um persongem desenvolvido em um quadrinho, chamado Assassins Creed: A Queda, onde ele mergulha nas memórias de um antepassado seu, um assassino chamado Nikolai Orelov. O quadrinho estabelece melhor o personagem de Cross no universo dos jogos, tapando alguns buracos da história de Assassins Creed III também.

Embora os jogos de Witcher sejam baseados em livros, as HQs definitivamente abraçam o tom dos games como inspiração. Nelas, temos tramas menos preocupadas com arcos grandiosos e mais contidas, apresentando a rotina de Geralt de Rivia caçando monstros e expelindo maldições. O diálogo aqui é afiado, a arte de certas edições é primorosa ao extremo, além das histórias em si serem fantásticas.

Mais um da Dark Horse, Foundation serve como complemente ao universo já extenso dos jogos Mass Effect, da BioWare.

Foundation conta com cerca de 13 edições aprofudando a história de personagens marcantes como Thane, Mordin e Wrex, cada qual com sua respectiva edição narrando histórias isoladas. A maioria das HQs de Foundation funcionam isoladamente, mas algumas possuem ligações diretas com eventos dos jogos: todo fã deve conferir.