10 Motivos para você jogar e se encantar com Bloodborne!

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10 Motivos para você jogar e se encantar com Bloodborne!

Por Lucas Rafael

Bloodborne é um jogo da From Software, dirigido por Hidetaka Miyazaki, que tem em seu DNA elementos predominantes da icônica franquia Souls (que compreende Demon Souls e Dark Souls I, II e III). Bloodborne altera significativamente algumas mecânicas dos seus “primos” e, através de uma jogabilidade retocada e uma atmosfera incrível, cria uma das experiências mais assombrosas e recompensadoras da geração atual de consoles. Confira a seguir 10 motivos para você jogar e se encantar com Bloodborne.

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Diferente de Dark Souls

Uma das principais críticas direcionadas para Boodborne é de que se trata de uma skin de Dark Souls e coisa do tipo. Diga-se de passagem que é uma crítica com um certo fundamento, afinal, os elementos daqueles jogos presentes neste aqui são inegáveis. Mas Bloodborne é mais do que isso, sendo um jogo que vai além para exprimir uma identidade própria através de suas mecânicas, gameplay e estética.

Os adornos góticos europeus e terrores cósmicos de Bloodborne se distanciam da fantasia medieval sombria de Dark Souls. E o seu gameplay orientado para a ação gera uma mudança drástica de combate quando comparados aos seus "primos".

Bloodborne pode até compartilhar diversas facetas com Dark Souls, mas acreditem, Bloodborne é Bloodborne.

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A violência da caçada

Aproveitando o item anterior, da comparação com Dark Souls e tudo mais, Bloodborne não conta com escudos. Tem um de madeira, mas o item é praticamente uma piada. Defesa aqui não é a lei: agressividade é recompensada. Se você for atingido e devolver o golpe rapidamente, conseguirá recuperar um pouco de sua vida. Todas as escolhas do design de Bloodborne convergem em fazer o jogador agir mais em combate e pensar menos. Diferente da franquia Souls, as lutas aqui possuem um compasso mais frenético, cruel e desesperador, diferente da pegada mais estratégia e calculada dos outros jogos.

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Ambientação gótica

Nos momentos iniciais do jogos, somos brindados com a cidade de Yharnam, recheada de prédios com adornos góticos pontudos, capelas e todo um cenário decrépito. Lobisomens queimam em fogueiras e criaturas rugem na distância: a ambientação, nesses primeiros momentos, parece ser saída de um livro como Drácula ou Frankestein. Mas além disso, a atmosfera do jogo contribui bastante para a imersão naquele universo desesperador e etéreo.

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Lovecraft mandou lembranças.

Horror cósmico, Cthulhu, aberrações além da compreensão humana que levam à loucura. Vocês já devem estar familiarizados com isso, afinal, Bloodborne não é o primeiro, nem o último jogo a explorar destes temas. O destaque aqui porém, é que pouquíssimos títulos vão conseguir retratar a insanidade cósmica de uma maneira tão sutil e surpreendente como Bloodborne.

No quesito estético, está tudo ali: aberrações tentaculares, criaturas disformes e alienígenas. Mas na questão psicológica, abordando o efeito desses horrores na psique humana, o jogo também não desaponta...

Ah, vale a pena citar aqui a área The Fishing Hamlet, presente na DLC The Old Hunters. O conceito, cenário e criaturas daquele mapa parecem ter saltado diretamente das páginas Lovecraftianas.

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Enlouquecendo aos poucos

O jogo oferece uma mecânica muito interessante através dos insights, ou discernimento, em português. Quando mais pontos de discernimento o jogador acumula vendo coisas horrendas como chefes e descobrindo locais novos, mais o véu da ilusão vai se desfazendo. Esculturas estranhas aparecem em lugares que não estavam antes e criaturas que não podiam ser vistas se penduram nos telhados de catedrais. Você vai enlouquecendo com o seu personagem e é incrível. Dizem que dá pra nivelar a dificuldade do jogo através do discernimento - se você acumula demais ele fica mais agressivo. Discernimento é consumido quando você chama jogadores online para te ajudar, então é possível evitar os horrores cósmicos e vis da realidade.

Uma teoria legal sobre o jogo diz respeito aos itens com olhos e personagens cegos: eles são cegos justamente por terem discernimento em excesso, não aguentando a realidade que encaram e removendo seus próprios olhos.

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Mapa interligado

Aqui está uma das melhores heranças da franquia Souls para Bloodborne: a interconectividade de seus mapas. A sensação de segurança ao alcançar uma lâmpada é tranquilizadora. Se perder em Bloodborne, às vezes, pode ser meio sufocante, mas ao encontrar um atalho que te leva para algum lugar conhecido e o melhor de tudo: existir um sentido geográfico ali, é lindo demais, e só mostra a preocupação dos responsáveis em criar um mapa fascinante.

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Chefes medonhos

Bloodborne acerta muitas notas altas em diversas batalhas de chefes. Fica difícil escolher um predileto. E conforme você for jogar pode acabar tendo experiências diferentes contra inimigos, dependendo do estilo do seu personagem, da quantidade de discernimento que você carrega, e lógico, de sua experiência.

Tem alguns chefes meio meia boca, mas estes são a minoria: a maioria das bestas que você irá caçar e dos caçadores que irá enfrentar, impõem desafios. A trilha sonora magistral ajuda muito em ditar o tom das batalhas, não falhando em empolgar o jogador para triunfar sob sua próxima presa.

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Armas muito, muito legais.

Um martelo que vira uma espada. Por um lado, uma arma pesada que desfere mais dano ao inimigo sacrificando sua mobilidade. Por outro, uma espada ágil que atinge os inimigos com mais rapidez, porém com dano em área reduzido. Toda as armas de Bloodborne possuem dois modos de uso, que alteram sua jogabilidade de maneira consistente. Uma das armas mais inusitadas de Bloodborne é "cortador de pizza"da imagem.

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Multiplayer e as dungeons do cálice

Tédio em Bloodborne não existe. Se você quer parar um pouco sua progressão no jogo base ou sua run no NG+, é possível se aventurar nas dungeons do cálice, ou invadir e ser invadido por jogadores no multiplayer. Lógico que existe também o fator cooperativo, além das Covenants, alianças nas quais os jogadores se afiliam.

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Narrativa elusiva

Como é de praxe nos jogos da FromSoft, a trama aqui te apresenta diversos fatos concretos, intercalados por lacunas que o jogador pode preencher com sua imaginação. Detalhes do cenários, descrições de itens e o design de criaturas, tudo contribui para a construção de narrativa em Bloodborne. Isso faz com que a comunidade do jogo se una para discussões saudáveis online, tentando preencher as lacunas obtusas e fornecendo um propósito para a história macabra do jogo. Tudo que sabemos é que somos caçadores, e precisamos do sangue pálido para transcender a caçada.

Além da ambígua história principal, temos também algumas "sidequests" que podem ser encontradas em nossas andanças, contando com histórias melancólicas e personagens duvidosos.