Quem diria que uma mistura entre Final Fantasy e Disney daria tão certo? Apesar do game não ser um Final Fantasy propriamente dizendo, todos os personagens parecem se encaixar perfeitamente nos mundos de fantasia de Walt Disney.

Os dramas de Sora, Riku e Kairi se conectam perfeitamente com os laços de esperança e amizade que a Disney sempre reforça em suas histórias. Isso faz de Kingdom Hearts um jogo com história envolvente e que toca os corações de todos que o jogam.

O jeito bonachão de Sora, além de ser extremamente carismático e corajoso, fazem um contraste perfeito com um rabugento Pato Donald e um atrapalhado Pateta. Kairi é a garota dos sonhos que muitos buscam um dia encontrar e Riku é o rebelde que acaba se rendendo ao lado sombrio até que encontra redenção.

Tudo isso somado aos clássicos personagens Disney e com diversas aparições especiais dos personagens da franquia Final Fantasy, criam uma mistura incrivelmente mágica.

Apesar de muitas fases não se apoiarem nas trilhas das animações Disney, todas foram pensadas para manter a imersão de cada mundo visitado. Tudo é mesclado com o elemento épico das trilhas sonora de Final Fantasy, o que torna tudo muito agradável e marcante, fazendo com que as fases se tornem mais divertidas ainda.

Kingdom Hearts 2 trouxe uma interessante novidade para a franquia: a habilidade de mudar para formas que lhe garantiam habilidades especiais como voo, super pulo, deslize no ar e entre outras. Essas habilidades iam ficando mais fortes a medida em que eram usadas e eram muito úteis em batalhas com muitos inimigos ou contra um Boss que estava difícil.

Kingdom Hearts tem uma das melhores jogabilidades já feitas para um jogo de RPG. Muitos tinham problema com o gênero por não terem paciência para os turnos e Kingdom Hearts inovou, ao apresentar um RPG onde você tinha a opção de lutar ou fugir de inimigos que apareciam no campo sem que a "tela quebrasse".

Outro ponto forte da jogabilidade é a possibilidade de seu personagem poder misturar golpes físicos com magias, summons e golpes especiais com personagens convidados exclusivos de cada mundo, como por exemplo Jack Esqueleto, Mulan, Simba e outros.

Assim como na maioria dos jogos de RPG, Kingdom Hearts conta com diversas armas especiais que facilitam seu progresso no jogo, algumas delas são inspiradas nos mundos Disney, como A Bela e a Fera, Alladdin, O Rei Leão e diversos outros, o que torna sua coleção muito mais bonita e agradável de ser utilizada.

Mas dentre tudo isso, o mais divertido é quebrar a cabeça para conseguir os itens especiais e criar a Ultima Weapon, a arma mais forte do jogo. Ou senão, derrotar o temível Sephirot e desbloquear Fenrir, uma espada extremamente poderosa e inspirada na de Cloud Strife, de Final Fantasy VII. Sem contar que todas as armas são na verdade uma chave, isso não é incrível?

Se tornou tradição da franquia implementar minigames principalmente relacionados ao Ursinho Pooh, Kingdom Hearts 2 levou esse conceito para A Pequena Sereia e ficou genial.

Muitos amantes da franquia tornam a jogar os minigames mesmo depois de já terem cumprido seus objetivos somente pela diversão.

Não se engane com os Heartless que parecem ursinhos de pelúcia com olhos amarelos. Apesar da aparência fofa, os monstrinhos consegue ser muitas vezes ameaçadores e irritantes!

Tudo fica pior ainda com a aparição dos Nobodies, versões alternativas dos Heartless que são ainda mais poderosos, sem falar nos chefes que podem te dar muito trabalho para serem derrotados. Mas o fato de você enfrentar rostos conhecidos como Hades, Malévola, Rainha de Copas e muitos outros deixa tudo mais "leve".

Apesar de ter sido lançado inicialmente para Playstation 2, Kingdom Hearts se consagrou por seus gráficos polidos e por suas belíssimas cutscenes, sem contar o fato de transformar animações clássicas da Disney em versões 3D fiéis e agradáveis.

Um grande destaque fica por conta do mundo de *Piratas do Caribe no segundo game da franquia, que conseguiu reproduzir feições fieis aos atores reais do filme, tais como Johnny Depp e Orlando Bloom.

Com o aguardado lançamento da terceira parte da franquia, Kingdom Hearts se mostra uma franquia extremamente bem-sucedida e que envelheceu com dignidade, os primeiros jogos até hoje podem ser aproveitados e são garantia de diversão, um exemplo disso são as coletâneas remasterizadas que fizeram a alegria dos fãs nos últimos tempos.

Esse ansiedade para o futuro fica ainda maior ao nos lembrarmos de franquias incríveis da Disney que ainda não foram exploradas e que podem ser imortalizadas no game, como é o caso de Toy Story, que já foi anunciada como parte do novo jogo.