Os 10 melhores quadrinhos da DC da década de 90

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Os 10 melhores quadrinhos da DC da década de 90

Por Gus Fiaux

Ao longo dos anos, a DC Comics publicou diversas histórias lendárias, protagonizadas por seus maiores heróis. Se a década de 80 trouxe uma série de mudanças no tom e no teor de histórias de super-heróis, os dez anos seguintes deram origem a uma série de arcos bem lembrados pelos fãs, que mudaram completamente o status quo da editora.

Desde as histórias da linha Elseworlds – que lidam com universos alternativos – até arcos ambientados na cronologia principal das HQs, não faltam exemplos de como a DC Comics se reinventou ao longo da última década do século XX. E aqui, você verá as 10 melhores histórias da DC nos anos 90!

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Justiça Seja Feita

Ainda que tenham perdido muito espaço para a Liga da Justiça a partir da década de 50, a Sociedade da Justiça foi a primeira "superequipe" da DC Comics. Em 1999, foi decidido que seria ótimo trazê-los de volta com uma série de mudanças na formação e uma pegada repaginada, com roteiros de Geoff Johns, David S. Goyer, James Robinson e Paul Levitz.

A HQ foi responsável por revitalizar a Sociedade da Justiça e inseri-la em um novo contexto, trazendo de volta membros clássicos, como o Flash (Jay Garrick), Lanterna Verde (Alan Scott), Pantera e novos integrantes, como a Stargirl. O arco durou até 2006, quando foi abalado pela chegada da Terceira Guerra Mundial, provocada pelo Adão Negro.

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Sandman: Estação das Brumas

Lançada entre 1990 e 1991, Estação das Brumas é o quarto volume de Sandman, coroando a história escrita por Neil Gaiman como uma das mais impressionantes da DC Comics. Aqui, temos oito edições com um número variado de artistas, que inclui P. Craig Russell, Malcolm Jones III e Matt Wagner, entre outros.

A trama começa quando Lúcifer decide abandonar o Inferno e deixá-lo aos cuidados de Morfeus, desencadeando uma grande disputa entre divindades e outros seres mitológicos pelo domínio dos círculos infernais. A história é um ponto de ebulição na trama de Sandman, e ainda serviu para dar início a um título solo de Lúcifer, escrito por Mike Carey.

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Crepúsculo Esmeralda

Desde sua criação, o Lanterna Verde passou por diversas mudanças em suas histórias, seja na troca de manto dos personagens ou até mesmo com a moralidade dúbia de alguns protagonistas. Foi isso que aconteceu com Hal Jordan em Crepúsculo Esmeralda, tida até hoje pelos fãs como uma das histórias mais desoladoras já publicadas pela DC Comics.

Com roteiro de Ron Marz e arte de Darryl Banks, a história começa no momento em que Coast City é destruída pelo vilão Mongul. Furioso e desesperado, Hal acaba matando vários Lanternas Verdes e se torna o novo Parallax, assumindo um posto vilanesco muito assustador, enquanto o "cargo" de Lanterna Verde passa para as mãos de Kyle Rayner.

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Zero Hora

Não é de hoje que a DC Comics traz diversas "Crises" para seus quadrinhos, e Zero Hora (com o lindo subtítulo "Uma Crise no Tempo!") é um dos melhores exemplos disso. Dando continuidade aos eventos de Crepúsculo Esmeralda, a saga de Dan Jurgens e Jerry Ordway nos coloca em um vórtice temporal provocado pelo próprio Parallax (Hal Jordan).

Com os heróis da editora precisando se unir a versões diferentes vindas de realidades alternativas, a história mostra uma perigosa corrida contra o tempo para impedir os planos insanos de Hal Jordan, o que acabou dando origem a um "mini-reboot" dentro da editora. Até hoje, Zero Hora é uma saga bem querida pelos fãs.

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Batman: O Longo Dia das Bruxas

Ambientada no mesmo universo de Ano Um, Batman: O Longo Dia das Bruxas é uma história impressionante, que traz o melhor clima de noir das histórias do Cavaleiro das Trevas. Escrita por Jeph Loeb e ilustrada por Tim Sale, a trama segue o Batman investigando um serial killer que faz suas vítimas em feriados, por um motivo misterioso.

A história então mostra todas as vantagens do maior detetive do mundo, ao passo em que ele sempre está correndo atrás de sombras para capturar seu inimigo. Além disso, a história ainda nos oferece uma nova origem para o Duas-Caras, que de um dos homens mais brilhantes de Gotham City, acaba se tornando um de seus maiores algozes.

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LJA: Nova Ordem Mundial

Na década de 90, a Liga da Justiça enfrentava uma baixa no interesse por suas histórias, com as vendas cada vez menores. Tudo mudou em 1997, no momento em que um certo Grant Morrison assumiu para si o título da equipe e decidiu revitalizá-la, trazendo de volta os 7 heróis principais (com algumas mudanças, é claro).

Aqui, vemos Wally West e Kyle Rayner assumindo o posto de Flash e Lanterna Verde, ao mesmo tempo em que figuras como o Caçador de Marte e o Aquaman ganhavam mais espaço com novas personalidades e visuais. Assim, temos uma completa reinvenção do grupo, com histórias e arcos bem intrigantes e um excelente desenvolvimento de personagens.

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Batman: Terra de Ninguém

Lançado em 1999, Batman: Terra de Ninguém é uma excelente amostra de como a Batfamília opera em conjunto, enquanto protegem a cidade de Gotham City de todo tipo de mal improvável. No entanto, o que causa todo o problema aqui não é um vilão insano, mas sim um cataclisma natural, já que a história tem início quando um terremoto atinge Gotham.

Com boa parte da população da cidade evacuada, o governo americano abre mão de tentar ajudar aqueles que continuaram lá, o que força o Batman e seus aliados a fazerem o possível e o impossível para restaurar a ordem. Por mais que não seja tão citada entre os melhores arcos do herói, a saga teve várias influências em adaptações posteriores, como The Batman e O Cavaleiro das Trevas Ressurge.

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Batman: A Queda do Morcego

Se o Cavaleiro das Trevas já havia passado por poucas e boas, A Queda do Morcego veio para desafiar tudo que conhecemos sobre o Batman. Na trama, Bruce Wayne precisa enfrentar um de seus oponentes mais subestimados, o forte e poderoso Bane, que não só é capaz de derrotá-lo, como também quebra sua coluna em um golpe quase mortal.

Derrotado, frágil e sem perspectiva de futuro, Bruce deixa para trás o manto de Cruzado Encapuzado de Gotham City, e é substituído por Azrael, um guerreiro violento e com sede de sangue. Com diferentes roteiristas e artistas, a saga permanece sendo um dos pontos mais altos (e baixos) da carreira do herói, que precisa se reerguer para enfim recuperar sua glória.

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A Morte do Superman

De muitas maneiras, o Superman sempre representou a epítome do que é ser um super-herói, tornando-se um dos bastiões imortais da DC Comics ao longo das décadas. Por isso, nos anos 90, quando os editores decidiram que seria hora de dar um "fim" ao Homem de Aço, a decisão acabou virando o mundo dos quadrinhos de ponta-cabeça.

Desencadeado pela chegada de Apocalypse, o conflito entre o Último Filho de Krypton e o vilão pedregoso deixa um rastro de morte e devastação, mas a consequência final é a queda do maior herói de todos os tempos, o que provocou uma grande comoção dentro e fora da editora, com vários dos heróis da Liga da Justiça preparando um funeral para seu amigo.

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Reino do Amanhã

Hoje, temos uma série de histórias subversivas sobre o papel dos heróis no mundo - vide The Boys, Invencível e tantos outros derivados. Porém, na década de 90, a DC Comics já fazia isso através de uma história situada em um universo alternativo. Reino do Amanhã, de Mark Waid e Alex Ross, continua um arraso mesmo vinte anos depois de sua publicação.

Na trama, o Superman é obrigado a intervir quando um novo grupo de heróis mais violentos surge no pedaço, destruindo uma grande cidade dos Estados Unidos em um conflito épico. A partir daí, temos uma discussão bem interessante a respeito do que faz um super-herói, e como ele deve agir em frente ao perigo e às adversidades.