Sem dúvida alguma o especial que abriu o Renascimento é um dos momentos mais memoráveis até hoje, recheado de cenas emocionantes. A maior delas, porém, é o reencontro entre Barry Allen e Wally West. O velocista que já foi conhecido como Kid Flash foi apagado no reboot “Novos 52” – e substituído por uma versão mais jovem e inexperiente – retornou do limbo graças ao seu antigo amigo.

Em um momento de grande ternura, Barry se lembra de seu velho amigo e o puxa pelo braço, acendendo a fagulha necessária para quebrar o tempo e as barreiras de um reinício de universo. Os dois se abraçam como se não se vissem há muito tempo – o que de fato ocorreu.

A revista “Batman” costuma manter um nível de médio para alto em praticamente todas as fases mais recentes da DC Comics. Porém, no Renascimento, ela se destaca por conta de seu roteirista: Tom King. Ele trouxe boas histórias ao Homem-Morcego, como a saga “Eu Sou Suicida”, com fortes reviravoltas para o legado do personagem.

O fato mais interessante é que Tom King já foi agente da CIA, a agência de inteligência norte-americana, especializada em investigações nacionais e internacionais. Isso quer dizer que temos, de fato, um detetive, King, escrevendo sobre um detetive, Batman.

O gibi mensal da Mulher-Maravilha é um dos melhores momentos de todo o Universo DC Renascimento. Para quem ainda não sabe, ele se dividiu em duas histórias: nas edições ímpares tínhamos uma saga na atual linha temporal da personagem, enquanto nas pares a revista apresentava o “Ano Um”, mostrando o início da carreira da heroína.

Este é um dos melhores “Ano Um” já contados pela DC, muito em conta por sua dupla criativa: Greg Rucka nos roteiros e Nicola Scott nos desenhos. A saga durou oito edições no Brasil e acabou de ser concluída.

Muitos podem torcer o nariz para crossovers quase manjados, mas Esquadrão Suicida X Liga da Justiça é diversão clássica na medida certa. O primeiro “grande evento” do Renascimento, após a estreia da fase, trouxe as duas equipes em um confronto mortal, que também apresentou mudanças no Universo DC logo em seguida.

Este não é o tipo de roteiro que vai te fazer pensar ou refletir sobre a vida, nem um clássico que vai entrar para a história, mas apenas um gibi de pancadaria e ação, com doses de bons desenhos e momentos engraçados.

Um dos grandes mistérios do Renascimento, e que ainda não foi resolvido, é a presença de personagens de Watchmen no Universo DC. Tudo começou no especial que abriu a fase, quando Batman encontra o broche do Comediante, aquele amarelo e com uma mancha de sangue, em sua Batcaverna.

O mistério do broche só foi detalhado um ano depois, nas mensais Batman e he Flash, com uma saga que explicou um pouco, e trouxe de volta o Flash Reverso com maestria, mas que ainda não revelou 100% todo o mistério envolto na criação de Alan Moore.

Damian Wayne, o atual Robin, pode não ser um personagem tão agradável para todos, mas o Renascimento conseguiu dar uma utilidade ainda maior, e mais divertida, ao personagem. Agora, além de liderar os Jovens Titãs, ele também ganhou um melhor amigo, o Superboy, filho do Superman.

A dupla óbvia foi muito bem trabalhada e ganhou revista própria. Como legítimas versões mirins de seus pais, os Super-Filhos realizam missões juntos e aprendem a conviver. Ao lado de Damian, Jon Kent, nome civil do atual Superboy, também trouxe excelentes momentos ao Renascimento.

Em uma nova encarnação da revista All-Star Batman, a DC Comics conseguiu inserir uma narrativa cinematográfica para o Homem-Morcego, em uma saga que parece até um “filme de viagem”, daqueles que o protagonista entra em uma estrada e vive todos os perigos até chegar em seu destino.

Uma das melhores sagas com o personagem no Renascimento, All-Star Batman ainda tem o traço de John Romita Jr., mais conhecido por desenhar o Homem-Aranha na concorrência, e roteiro de Scott Snyder, que fez quase tudo da mensal do Batman durante Os Novos 52.

Como citamos nesta lista, o Renascimento trouxe de volta o Wally West clássico e rendeu um ótimo momento na estreia da nova fase. Pouco tempo depois, na revista mensal dos Titãs, ele resolveu abandonar de vez a identidade de Kid Flash, ou de Flash substituto, e reassumiu a carreira como um “Novo Flash”.

Atuando como um segundo Flash no Universo DC atual, ele carrega um uniforme vermelho e prateado, ao lado de seus amigos de equipe. Para quem tinha saudades, sua reestreia foi um ponto marcante.

Resolvendo toda a treta envolvendo o Superman dos Novos 52, que havia morrido antes do Renascimento, e um segundo Clark Kent que apareceu bem na frente do Superman atual, esta fase da DC Comics conseguiu amarrar tudo muito bem e de forma coesa, para acabar com a confusão.

Tudo por conta da revelação da identidade secreta de Clark, pouco antes dos Novos 52 terminarem. Em momentos emocionantes, na revista Action Comics, a DC explicou que o universo atual estava comportando a energia de dois Superman, o que fez com que eles se fundissem, de vez, e formassem o atual personagem – mesclando o pré-Renascimento e o mais recente, que veio de antes do reboot. Complicado? Um pouco, mas faz todo sentido ao ler.

Uma saga recente e ainda em andamento, Metal é criativa e diferente do que estávamos acostumados. Aparentemente, misteriosos metais estavam influenciando acontecimentos no Universo DC e os heróis precisam descobrir o mistério por trás de tudo.

A saga ainda não estreou no Brasil, mas vai trazer, novamente, muitas mudanças ao Universo DC como o conhecemos, incluindo uma participação de personagens de Sandman, que estavam sumidos do universo regular da editora.