Tomb Raider já era uma série um pouco “cansada” quando Tomb Raider: The Last Revelation saiu em 1999. Ainda assim, o game conseguiu trazer alguns conceitos bacanas para os fãs. O mais interessante é que, muitos anos antes dos remakes recentes, esse aqui já contava as origens de Lara, começando o game com ela ainda criança, mostrando parte de sua infância e suas origens.

Tomb Raider: The Last Revelation tem problemas, é claro, mas ainda é possível aproveitá-lo, principalmente por ter uma das despedidas das série do PlayStation 1.

Tomb Raider Underworld foi um jogo interessante por muitas razões. Ele traz uma Lara mais madura, mais segura de si do que nos outros games da época, mesmo fora da linha original. Também vem com elementos de jogabilidade que se distanciam do restante, como os momentos de adrenalina, que trazem a mecânica de "bullet time", que era muito popular por conta do filme Matrix.

Diga o que for, o primeiríssimo jogo da saga ainda é o mais divertido de todos. Tomb Raider 1 nos apresentou a um novo mundo, uma nova heroína, uma nova forma de jogar. Até hoje, ele é um dos games mais influentes das últimas décadas e por isso exige respeito e merece ser lembrado.

Melhor ainda: é um game que envelheceu bem. Por mais que a jogabilidade seja, sim, um pouco travada, você consegue jogar e se divertir.

Tomb Raider Anniversary foi a primeira tentativa de remake da série, refazendo o primeiro jogo, mas com gráficos aprimorados, além de novas mecânicas. É um game bem interessante e com trabalho muito bem feito.

Não por um acaso, ele obteve algum sucesso comercial. Sua estrutura principal de jogabilidade continua lá e os gráficos melhorados fizeram bem também para os controles. O título deu a renovada necessária para a saga.

E por falar em renovada, Lara Croft and the Guardian of Light foi o responsável por dar uma guinada na jogabilidade. Apresentou o primeiro “Tomb Raider” que se separou da série principal, com uma jogabilidade mais próxima da saga “Diablo”, por incrível que pareça.

E não é que o game era bem divertido? Com direito a multiplayer cooperativo e quebra-cabeças que mantêm o espírito da série em alta.

Ainda no quesito “quebra-cabeças”, Lara Croft Go foi outro jogo responsável por trazer Lara a um novo gênero e também fazer um bom trabalho. O game é todo feito de pequenos puzzles, com movimentos limitados. É preciso realizar o objetivo de cada fase sem extrapolar na movimentação e avançar em cada cenário.

Lara Croft Go é simples e adequado para partidas bem rápidas.

No mesmo clima de Underworld e Anniversary, Tomb Raider Legend foi o primeiro grande game a dar uma repaginada em Lara Croft, apresentando um visual 100% inédito para a heroína, graças a uma nova geração de jogadores.

A aventura já trazia elementos que seriam populares na série mais tarde, como quebra-cabeças dinâmicos. Mas funções clássicas ainda estavam presentes, como exploração de tumbas, ruínas e, claro, inimigos sem escrúpulos atrás de tesouros.

Sequência do reboot da saga, Rise of the Tomb Raider apenas continuou o que já era bom, por isso merece elogios. Enquanto o primeiro jogo mostrou as origens de Lara como aventureira, este segundo apresenta a heroína atrás da história de seu pai e os segredos de sua família.

É claro que o game mantém elementos clássicos vivos, principalmente por comemorar os 20 anos da saga.

Tomb Raider, apenas Tomb Raider, não é o primeiro game da saga, mas sim o nome do reboot. Quando ele foi anunciado, apresentou uma Lara bem mais humanizada, sem as características físicas que a transformaram em “sex symbol” nos anos 90.

A mudança foi bem recebida. Em novos tempos, ver o lado mais humano e sensível de Lara Croft foi algo refrescante para a saga. Jogar com a personagem como alguém começando seus primeiros passos, sem usar armas, apenas sobrevivendo, era algo que nunca havia acontecido. Tomb Raider recomeçou e foi muito positivo.

Pode parecer a nostalgia falando mais alto, mas Tomb Raider 2 consegue se segurar como o melhor game de toda a série mesmo nos dias atuais. O volume tem cenários bem variados, personagens interessantes, monstros que te dão verdadeiros sustos, além de novas armas que deixam Lara Croft ainda mais mortal.

Sem falar em toda a narrativa em torno da Adaga de Xian, que se tornou icônica para o restante da saga. Foi em Tomb Raider 2 ainda que tivemos a inclusão de uma versão maior da Mansão Croft, que serviu de playground para a personagem, onde os jogadores poderiam treinar suas habilidades e se divertir enquanto não partiam para uma próxima fase. Um game verdadeiramente completo, divertido e sem falhas para sua época.