Os 10 melhores filmes de terror da produtora A24

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Os 10 melhores filmes de terror da produtora A24

Por Gus Fiaux

Fundada em 2012, a A24 logo se tornaria um nome bem conhecido no cenário do cinema independente. Tanto produtora quanto distribuidora, a empresa ficou conhecida por dar uma atenção especial a projetos que nunca teriam espaço em grandes estúdios, lançando obras premiadas como Lady BirdO Quarto de Jack e, mais recentemente, Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo.

Embora não seja uma produtora exclusiva de horror, como demonstramos acima, a A24 acabou se consagrando entre os fãs do gênero, por lançar uma variedade impressionante de filmes que abraçam o terrível e o grotesco, além de lançar grandes nomes como Ari AsterRobert Eggers.

Aqui, listamos e ranqueamos os 10 melhores filmes de terror da A24, para você preparar sua maratona medonha!

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10. Morte Morte Morte (Bodies Bodies Bodies, 2022)

Lançado no ano passado, Morte Morte Morte é uma deliciosa sátira da Geração Z, dirigida por Halina Reijn e escrita por Sarah DeLappe. Na trama, um grupo de amigos se reúne em um casarão para passar um fim de semana, enquanto um furacão se aproxima. À noite, eles decidem jogar um jogo, mas tudo evolui para uma série de assassinatos.

Inspirado por slashers como Pânico, o filme explora as dinâmicas sociais e culturais na era do Twitter e do TikTok, enquanto apresenta personagens igualmente tóxicos e carismáticos. A cereja do bolo é o elenco, com nomes de peso como Rachel Sennott, Amandla Stenberg e Maria Bakalova. É o filme perfeito para ver com os amigos!

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9. O Farol (The Lighthouse, 2019)

Robert Eggers é um dos maiores talentos descobertos pela A24 - e essa não será a primeira vez que você verá o nome do cineasta na lista. Em 2019, ele apresentou ao mundo seu segundo longa-metragem, o horror cósmico O Farol, que traz Willem Dafoe e Robert Pattinson no papel de dois faroleiros isolados em uma ilha, enquanto abraçam a loucura.

Parcialmente inspirado em histórias de pescadores, o filme é ambientado na Nova Inglaterra do final do Século XIX, carregando tudo que já esperamos de um filme de Eggers: uma reconstrução de época gloriosa, uma bela fotografia e atuações marcantes. É uma ótima pedida para quem gosta das histórias de H.P. Lovecraft, como O Chamado de Cthulhu e Dagon.

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8. Saint Maud (2019)

Estamos bem acostumados em ver demônios e espíritos diabólicos no terror, em obras onde o cristianismo parece ser a única solução. Saint Maud, o longa de estreia da britânica Rose Glass, lida com o medo vindo de outra fonte: o fanatismo religioso, já que acompanha uma enfermeira que, após se converter para o catolicismo, passa a ficar obcecada por uma paciente.

O filme caminha no limiar entre o sagrado e o profano, tudo embelezado por uma atuação magistral de Morfydd Clark (a Galadriel de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder). Além de trazer imagens muito fortes, a obra ainda serve como um estudo de personagem muito profundo, que discute a linha tênue que separa a fé da adoração cega.

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7. A Enviada do Mal (The Blackcoat's Daughter, 2015)

Talvez o filme mais desconhecido e subestimado de toda a lista, A Enviada do Mal foi dirigido por Oz Perkins (o mesmo diretor de Maria e João: O Conto das Bruxas, e filho do Norman Bates do Psicose original). No longa, temos uma narrativa dividida em três linhas temporais, enquanto nós seguimos duas meninas lutando contra forças malignas em um internato.

Com uma atmosfera densa e opressiva, o filme constrói seu enredo bem aos poucos, dando tempo para o público se apegar às personagens. Para que isso aconteça, temos um baita elenco encabeçado por Emma Roberts (Pânico 4) e Kiernan Shipka (O Mundo Sombrio de Sabrina). Vale a pena ver de noite, com todas as luzes apagadas.

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6. Midsommar: O Mal Não Espera a Noite (Midsommar, 2019)

Ari Aster causou um furor geral ao apresentar seu longa de estreia - que comentaremos mais para frente. Em 2019, ele voltava com Midsommar (que no Brasil, ganhou o terrível subtítulo de O Mal Não Espera a Noite). O filme traz em seu elenco nomes como Florence Pugh, Jack Reynor, William Jackson Harper e Will Poulter.

Na trama, Dani Ardor é uma mulher lidando com o luto, que é chamada por seu namorado para visitar, junto com ele e alguns amigos, um vilarejo na Suécia, para celebrar as festividades de verão. Chegando lá, ela se vê em meio a uma série de rituais macabros, enquanto vê seu relacionamento ruindo aos poucos. O filme segue a cartilha do folk horror de O Homem de Palha.

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5. X: A Marca da Morte (X, 2022)

Um dos maiores lançamentos do ano passado, X: A Marca da Morte foi dirigido por Ti West, diretor que já tinha atraído a atenção no campo do horror com A Casa do Diabo. Aqui, acompanhamos um grupo de amigos se reunindo em uma fazenda no Texas para gravar um filme pornográfico, tudo isso na década de 70.

A tensão começa quando os donos da fazenda, um estranho casal de idosos, começam a interagir de forma suspeita com a equipe de filmagens, o que em pouco tempo se torna um banho de sangue. O longa foi muito elogiado em seu lançamento e é a primeira parte de uma trilogia, onde todos os filmes são dirigidos por West e protagonizados por Mia Goth.

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4. Pearl (2022)

Em quarto lugar, está a sequência de X: A Marca da Morte. Ainda inédito no Brasil, Pearl deu o que falar quando saiu nos Estados Unidos. O filme é ambientado na década de 1910 e conta um pouco da "história de origem" de Pearl, a antagonista do filme anterior - que aqui, também é interpretada por Mia Goth, em uma atuação brilhante.

Muito simples em sua estrutura, o filme é uma ode aos primórdios do cinema e o poder da sétima arte em retratar e canalizar nossos sonhos, ao passo em que também homenageia a era do Technicolor, com cores muito vibrantes e bonitas. Vale ressaltar que a trilogia se encerrará com MaXXXine, que se passa na década de 80 e lida com as consequências de X.

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3. Sob a Pele (Under the Skin, 2013)

Como dito na introdução, a A24 foi fundada em 2012, e um dos primeiros filmes comprados e distribuídos pela produtora foi Sob a Pele, de 2013. O longa segue uma mulher enigmática, vivida por Scarlett Johansson, em uma série de momentos corriqueiros e cotidianos, enquanto ela caça homens para se alimentar.

Com direção de Jonathan Glazer, o filme é vagamente baseado no livro de mesmo nome escrito por Michael Faber. E aqui, o diretor troca medo por repulsa, estranheza, curiosidade e até empatia, enquanto aborda alguns elementos de ficção científica. Além disso, é uma baita atuação por parte de Johansson, cuja personagem carrega um grande segredo.

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2. Hereditário (Hereditary, 2018)

Embora Midsommar seja um baita filme, até hoje, o melhor longa de Ari Aster é justamente seu primeiro. Lançado em 2018, Hereditário tomou o mundo de surpresa depois que várias reações em festivais o trataram como o "equivalente contemporâneo de O Exorcista", por tratar de uma família à beira do colapso após uma tragédia.

Cheio de surpresas e camadas escondidas, Hereditário conta com a atuação apavorante de Toni Collette no papel de Annie Graham, uma mulher que acabou de perder a própria mãe e precisa lidar com o comportamento errático de seus filhos, enquanto forças sobrenaturais espreitam nas sombras, trazendo consigo morte e uma presença hedionda.

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1. A Bruxa (The VVitch, 2015)

Já havíamos falado anteriormente de Robert Eggers, e o primeiro filme da lista é justamente seu longa de estreia. A Bruxa, de 2015, não só ajudou a colocar o nome do diretor no mapa, como também trouxe uma revelação na forma de Anya Taylor-Joy, além de ter popularizado a A24 entre os fãs do cinema de horror.

Embora não traga sustos e jumpscares, o filme se propõe a desconstruir um cenário idílico: uma família puritana vivendo na floresta, em pleno Século XVII, que logo se vê à mercê de uma possível bruxa. No filme, Eggers resgata todo o imagético da bruxaria no Novo Mundo, além de explorar temas ligados à fé, ao patriarcado e à figura do diabo, bem representado no Black Phillip.