Começando pela minissérie da HBO que conta como foi o acidente em Chernobyl. Na série foi dito que o acidente ocorreu devido a um superaquecimento dentro do reator que atingiu vários tanques de água sob a usina. Para tentar conter a catástrofe, foram enviados 3 trabalhadores para esvaziar esses tanques de água e, na vida real, eles realmente foram tidos como heróis.

A questão do erro na série é que na série o criador Craig Mazin foi muito específico ao dar números como “explosões de 2 a 4 megatons”, mas segundo físicos: “Não há informações suficientes para fazer um cálculo confiável”.

Mulher Maravilha, filme de 2017, tinha como um de seus principais vilões o general alemão Erich Ludendorff, um dos aliados mais próximos de Hitler. Mas, na ficção, a Mulher Maravilha mata Ludendorff a caminho de seu confronto contra Ares, o Deus da Guerra. Já na vida real, Erich Ludendorff foi um comandante supremo das forças alemãs ao final da Primeira Guerra Mundial.

Em 1923, ele foi um dos apoiadores da extrema direita na Alemanhã e, junto com Adolf Hitler, participou do “Beer Hall Putsch”. O autor de Mulher Maravilha sugere em sua obra que, sem Ludendorff, provavelmente não haveria o Terceiro Reich e, consequentemente, não haveria Segunda Guerra Mundial. Mas essa afirmação é ousada demais visto os fatos históricos reais.

Gladiador é uma história de vingança do general deposto Maximus contra o Imperador cruel, Commodus, que ordenou a execução da esposa e filho do general. A narrativa sugere que a derrota de Commodus daria a oportunidade para uma renovação para o Império Romano em decadência, fazendo com que Maximus tenha diversos aliados poderosos.

Porém, tudo isso pode soar fantasioso para quem entende da história de Roma, já que não há evidências de que Marco Aurélio tivesse tendências republicanas e, a real morte de Commodus (que foi estrangulado no banho), não mudou em nada a trajetória do Império Romano. Sua morte logo deu espaço para o Ano dos Cinco Imperadores, onde vários homens disputavam o poder supremo. Décadas depois veio a Crise do Terceiro Século, onde o Império se desintegrou.

10.000 a.C. peca muito quando o assunto é ser fiel a linha temporal do mundo real. Um dos exemplos disso é a aparição de pirâmides exatamente iguais as egípcias, sendo que o Egito só se estabeleceu 7.000 anos após a época em que o filme se passava. O reino unificado do Egito surgiu por volta de 2.900 a.C.

De qualquer forma, no ramo da arqueologia ainda há desacordos sobre períodos de erosão dessas construções monumentais que indicam exatamente o ano de sua construção, mas não ao ponto de se equiparar ao que o filme nos mostra.

O filme A Noviça Rebelde termina com a família Von Trapp fugindo de Salzburgo, na Austrália, pelos Alpes em direção à Suíça. Apesar de dramático, não foi exatamente assim que a geografia da fuga se deu. Começando pelo fato de que a fronteira da Suíça fica a cerca de 320 quilômetros de Salzburgo e os Von Trapps da vida real viviam perto de uma estação ferroviária, ou seja: eles só precisavam pegar um trem com destino a Itália.

Indiana Jones e a Última Cruzada já começa com Indy e Elsa Schneider indo até Veneza em busca de pistas sobre a localização do Santo Graal. Assim, eles vão ao subsolo e exploram diversas catacumbas e enfrentam diversos desafios até emergirem em um bueiro no meio de Veneza.

Mas Veneza não possui catacumbas! Na verdade é possível encontrar alguns porões de igrejas. Segundo um arqueólogo chamado Luigi Fozzati: “Não há catacumbas em Veneza, pois a cidade ergue-se sobre pilhas de madeira no meio da Lagoa Veneziana de água salgada. Não há espaço para câmaras ou passagens subterrâneas e apenas alguns edifícios têm porão.”

Mais uma imprecisão vinda da franquia Indiana Jones… Dessa vez, em Os Caçadores da Arca Perdida, temos a ambientação no Cairo, onde vemos uma grande movimentação de soldados alemães, porém em 1936 o Egito foi ocupado por britânicos e esse domínio colonial permaneceu por algumas décadas.

Devido a toda a movimentação histórica paralela a esse período, é bem difícil que militares alemães atravessassem o Cairo enquanto os governos britânico ou egípcio permitissem isso livremente. Além de que é muito mais provável que tudo isso gerasse um incidente internacional.

O filme 300 leva esse nome por contar a história de 300 soldados espartanos que foram para o campo de batalha liderados pelo seu Rei, Leônidas. Essa batalha realmente aconteceu, mas não exatamente como o filme retrata… Falta uma ênfase nos soldados gregos que lutaram ao lado dos espartanos, além de alguns outros aliados que foram esquecidos pelo filme.

Historicamente, os gregos somavam de 6 a 7 mil soldados, incluindo 1000 acádios, 700 téspios e 400 tebanos. Muitos desses aliados partiram antes do confronto final, mas os téspios ficaram e morreram ao lado dos espartanos, segundo Heródoto.

Coração Valente é bem famoso por ter muitos problemas envolvendo a História, mas um relacionamento entre William Wallace e Isabel da França talvez seja um dos mais gritantes. Isabella da França se tornou a Rainha da Inglaterra e no filme foi enviada por Longshanks para negociar com Wallace, na tentativa de distrair o escocês.

Porém, quando Wallace é capturado ela implora por sua vida e admite estar grávida dele, mas a verdadeira Isabel da França não tinha mais de 13 anos quando Wallace morreu em 1305.

O filme U-571: A Batalha do Atlântico é ambientado no ano de 1942, contando a história de um submarino americano que parte em uma perigosa missão de interceptar um submarino alemão carregando uma máquina enigma, essencial para decifrar códigos alemães.

Porém, na vida real, foram os britânicos que recuperaram uma máquina enigma pela primeira vez em 1941, antes mesmo dos EUA terem entrado na Segunda Guerra Mundial. O filme foi considerado uma "afronta à memória dos marinheiros britânicos que perderam a vida nesta ação".