Em 2014, Scott Snyder se juntou ao ilustrador Jock para criar Wytches, uma HQ que é lembrada até hoje como um dos melhores exemplos de terror contemporâneo na nona arte. O quadrinho segue uma família que se muda para uma nova cidade, após a filha Sailor se tornar alvo de boatos terríveis.

Porém, ao chegar na nova cidade, Sailor acaba sendo sequestrada por entidades assustadoras que vivem na floresta. Isso causa uma comoção gigantesca, mas a história nunca perde o foco no que é mais importante: o drama familiar por trás desses eventos.

Wytches é uma história sensacional e é bem triste que ainda não tenha sido adaptada - embora, em certo ponto, havia um filme sendo produzido por Brad Pitt baseado na HQ. E mesmo que esse projeto tenha sido (aparentemente) deixado de lado, ainda gostaríamos de ver um filme baseado na trama.

Recém-publicada no Brasil pela Darkside Books, Condado Maldito é uma publicação original da Dark Horse Comics, escrita por Cullen Bunn e com belíssimas ilustrações de Tyler Crook. A história mistura fantasia e horror em uma trama cheia de misticismo e paganismo.

No condado de Harrow, os habitantes começam a planejar o assassinato da jovem Emmy Crawford, que muitos acreditam ser a reencarnação de uma poderosa bruxa. Ela tenta renegar suas origens ocultas, mas as entidades que vivem no vilarejo não vão deixá-la tão cedo...

Desde 2015, a Universal e a Dark Horse fizeram um acordo para produzir uma série de TV do quadrinho, mas até agora nada. Seria espetacular ver uma série da Netflix baseada em Condado Maldito, talvez nos moldes de O Mundo Sombrio de Sabrina.

The Magic Order é um caso bem curioso e peculiar. A HQ foi criada por Mark Millar e Olivier Coipel, trazendo uma aventura mística focada em cinco famílias poderosas de bruxos e feiticeiros. No entanto, o curioso aqui é que se trata da primeira HQ publicada pela Netflix.

A plataforma de streaming pretendia produzir uma série de The Magic Order, dando início a uma leva de produções baseadas no Millarworld. Contudo, graças à pandemia do Coronavírus, a empresa decidiu abandonar o projeto, já que seria um custo alto demais para se manter agora.

Ainda assim, a série merece uma adaptação no futuro. Esperamos que, quando toda essa situação caótica no mundo passar, a Netflix possa rever suas decisões e lançar uma adaptação do quadrinho, que já havia conquistado vários fãs com sua proposta bem interessante.

Ed Brubaker é um dos grandes criadores de quadrinhos, tendo escrito personagens importantes como o Capitão América. Uma de suas obras mais conhecidas e amadas é Fatale, quadrinho ilustrado por Sean Phillips e publicado pela Image Comics.

Explicar o mundo da HQ é um pouco complexo, uma vez que Fatale é uma história noir que traz elementos pesados de horror cósmico, enquanto seguimos a protagonista Jo, uma femme fatale que parece ser imortal, ao mesmo tempo em que é perseguida por um violento culto.

Para quem gostou de Lovecraft Country, uma adaptação do quadrinho seria espetacular, misturando elementos de outras narrativas com as divindades cósmicas e assustadoras criadas por H.P. Lovecraft. Inclusive, é uma história que iria prosperar nas mãos da HBO.

Um dos grandes projetos de Nick Spencer (em parceria com Joe Eisma), Morning Glories é uma dessas sagas cuja jornada é completamente insana e confusa. O próprio autor faz questão de descrever a HQ como "uma mescla entre Fugitivos [da Marvel] e Lost".

De acordo com os planos originais de Nick Spencer, a HQ ainda está em sua metade - e não há previsão para que ela se encerre. Com sorte, uma adaptação para a televisão ou para streaming poderia dar o "gás" necessário para que a Image terminasse logo o desenvolvimento da narrativa.

Na trama, seguimos seis adolescentes que são recrutados para uma misteriosa academia, onde coisas estranhas - como viagem no tempo, paradoxos e alteração da realidade - acontecem. Para quem gosta de séries confusas e complexas, como Dark, Westworld e Fringe.

Conhecida por trabalhar na Marvel, a roteirista Kelly Sue DeConnick sempre imprimiu muitas críticas sociais em suas histórias. Em Bitch Planet, projeto ilustrado por Valentine de Landro, ela deixa essas críticas fluírem bem mais pesadas, em uma narrativa feminista.

O quadrinho se passa em um mundo distópico onde mulheres que "não se comportam" são enviadas a um planeta-prisão. Ao todo, o projeto teve dez edições e um derivado com cinco edições. Para a autora, a ideia era fazer uma homenagem/subversão dos filmes de exploitation dos anos 70 e 80.

Por ser uma história bem fechada e intrigante, Bitch Planet merecia virar um filme, mostrando mais do planeta-prisão e da vida das mulheres que foram enviadas para lá, talvez em um estilo similar a Orange is the New Black - mas com mais sangue, violência e ação.

Greg Rucka está ficando bem famoso. O quadrinista já trabalhou com a Mulher-Maravilha nas HQs, e recentemente roteirizou o filme baseado em seu próprio projeto, The Old Guard. Mas outra obra dele que precisa urgentemente de uma adaptação é Lazarus.

Ilustrado por Michael Lark, o quadrinho é ambientado em um futuro distópico, onde o mundo foi dividido inteiro entre dezesseis famílias, que comandam seus territórios em um sistema arcaico e feudal. Na história, acompanhamos uma das famílias e todas as intrigas políticas que a cercam.

Há boatos de que a Amazon esteja desenvolvendo uma série baseada no quadrinho desde 2017, mas até agora não tivemos nenhuma informação concreta. De qualquer jeito, Lazarus é o tipo de obra que merece ganhar as telas do cinema, devido à sua escala épica e grandiloquente.

Famosas por terem trabalhado na Marvel, Marjorie Liu e Sana Takeda se uniram para produzir uma obra épica para a Image Comics, chamada Monstress. A HQ foi aclamada pela crítica e já rendeu prêmios famosos, como o Hugo Awards, por exemplo.

Descrita como uma "ambiciosa mistura entre George R.R. Martin e J.R.R. Tolkien", a série se passa em um mundo inspirado pelo continente asiático no século XX. Na trama, nós seguimos a história de Maika Halfwolf, uma menina que tem um elo psíquico com um monstro extremamente poderoso.

O quadrinho continua sendo publicado até hoje e é um espetacular exemplo de história que poderia estar sendo adaptada para um filme ou série televisiva. Até o momento, ninguém se dispôs a fazer isso, mas certamente gostaríamos de ver o mundo de Monstress nas telas.

Um dos quadrinhos independentes mais premiados de todos os tempos, Saga é a obra-prima de Brian K. Vaughan e Fiona Staples, um épico espacial com elementos de fantasia. A história foi fortemente influenciada e inspirada por Star Wars, algo que fica bem evidente desde o começo da trama.

Aqui, acompanhamos um casal de alienígenas vindos de raças que se odeiam e vivem em guerra, Alana e Marko. Eles possuem uma filha, Hazel, e precisam protegê-la enquanto fogem das autoridades intergalácticas em uma grande história de amor, ódio e guerra.

Desde o começo, Brian K. Vaughan já havia dito que não pensa em ver Saga adaptada para a TV ou para o cinema, e que está satisfeito com a história no formato de quadrinhos. Ainda assim, isso não impede os fãs de sonharem com uma longa série de TV que explore as desventuras de Alana e Marko...

Um dos melhores títulos lançados pela Image nos últimos anos, The Wicked + The Divine é uma co-criação de Kieron Gillen e Jamie McKelvie, misturando elementos de fantasia, ficção científica e super-heróis em uma narrativa complexa e muito bem construída.

No universo da saga, deuses renascem no corpo de humanos normais a cada 90 anos. Eles são amados e odiados, e em dois anos, eles morrem. Porém, na mais nova reencarnação do Panteão, uma trama bem intrincada começa a se desenrolar, trazendo uma grande ameaça no horizonte.

O quadrinho mescla muito bem todos os elementos com uma rica mitologia, formando uma história belíssima com começo, meio e fim. Os direitos de adaptação da HQ já haviam sido comprados pela Universal, mas até agora, nada foi anunciado. Mesmo assim, seria incrível ver uma adaptação por parte da Netflix ou do Prime Video.