10 heróis que celebram o Natal de forma diferente!

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10 heróis que celebram o Natal de forma diferente!

Por Márcio Jangarélli

Promovendo um pouco de diversidade nessas celebrações do final de 2016, aqui estão 10 heróis que celebram o Natal de forma diferente! Independente de crença ou religião, o mais importante dessa época é a tradição de pregar a paz, o amor e todo tipo de sentimentos bons. Feliz Natal, pessoal!

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Kitty Pryde

Os X-Men sempre foram sinônimos de diversidade, então nada mais natural que começar a lista com uma integrante da equipe. Kitty Pryde, a Lince-Negra, é judia. Inclusive, a moça tem um discurso sensacional sobre sua crença, que você pode conferir nessa lista aqui.

Como judia, a Kitty não comemora o Natal. Os Judeus não celebram o nascimento de Jesus, isso não faz parte da sua tradição. Na época do Natal, eles realizam o Chanuká – ou Hanukkah – que é conhecido também como Festa das Luzes.

É uma celebração para comemorar a reabertura do Grande Templo de Jerusalém, reconquistado pelos Judeus depois de 3 anos de guerra. Tentando purificar o local das tradições pagãs, foram acesas várias luzes – daí vem o símbolo da comemoração, o menorá, o candelabro judaico onde uma vela é acesa a cada dia durante 8 dias, no período da celebração.

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Wiccano

Por mais que seus poderes e seu codinome digam outra coisa, William Kaplan, o Wiccano, também é judeu e, nessa época, deve comemorar o Hanukkah. Além de suas ligações com a Feiticeira Escarlate, ele é o filho mais velho de um casal de Judeus Reformistas, Jeff Kaplan e Rebecca Kaplan.

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Feiticeira Escarlate

Falando sobre a Feiticeira Escarlate, mesmo que, até tempos atrás, seu pai fosse o Magneto – que é judeu - a Wanda vem de uma tradição cigana. Assim, ela segue crenças pagãs e suas comemorações de Dezembro são diferentes do Natal – ainda que o próprio Natal se utilize de vários símbolos pagãos em sua construção.

O Yule é a comemoração do Solstício de Inverno para religiões pagãs, como a Wicca ou a Nórdica, e, no Hemisfério Norte, começa por volta do dia 21 de Dezembro. É o dia que marca a noite mais longa do ano e quando o inverno realmente se estabelece. Por aqui, a data é no mês de Junho.

Os povos antigos celebravam essa data pedindo aos Deuses que o inverno não fosse rigoroso demais e que as forças da natureza os auxiliassem atravessar o período de escassez.

No caso das bruxas, elas pedem proteção, força e renovação. Nessa época são enfeitadas árvores, como o pinheiro ou o carvalho, com guirlandas de folhas, sachês aromáticos e pequenas frutas.

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Zatanna

Indo para o mundo da DC Comics, a Zatanna também comemora o Yule. Por mais que sua estética mágica seja bem diferente, ela é filha do mágico Giovanni Zatara e da Sindella, que faz parte da raça mística de Homo Magis. Ela vem de uma descendência grandiosa e, de sua própria forma, celebra o Yule.

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Mulher-Maravilha

Já se perguntaram o que alguém como a Mulher-Maravilha comemora no Natal? Afinal de contas, ela é uma semi-deusa e tem toda sua ligação com os deuses do Olimpo. Pensando nesse caso, voltamos lá para Grécia Antiga onde, na época do Solstício de Inverno, a população celebrava o nascimento/aparição do deus Dionísio.

Inclusive, Dionísio possui uma história bem peculiar, quando, em uma das versões do mito, é filho de Zeus com uma humana, a princesa Sêmele. A lenda diz que Hera, irritada com a traição, enganou a humana e fez com que ela pedisse para ver a forma real do Deus do Trovão.

Ao se revelar, Sêmele não suporta a visão e perece. Para não deixar o filho morrer, ainda prematuro, Zeus o cria em sua coxa, até que ele nasce saudável. Dionísio é conhecido como o Deus do vinho, da festa, do teatro, mas também representa os ciclos vitais. Se a Mulher-Maravilha mantém suas tradições, provavelmente em Dezembro/Janeiro ela celebra seu meio-irmão.

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Solstício

Ainda na DC, a jovem indiana Kiran Singh, a Solstício, pode não ter o melhor dos relacionamentos com as divindades Hindus, mas sua criação foi dada nessa religião. Assim, a moça deve comemorar tanto o Diwali, como o Ganesha Chaturthi.

As duas festas não acontecem em Dezembro – e não possuem datas específicas, com o Diwali podendo ser entre Outubro-Novembro e o Ganesha Chaturthi em Agosto-Setembro – mas são as melhores representações do “espírito natalino” indiano.

O Ganesha Chaturthi é feito em honra ao Deus Ganesha e é considerado o aniversário da divindade. É uma festa que dura de 10 a 14 dias e termina com a imersão de imagens do Senhor Ganesha em água.

No caso do Diwali, esse é o Festival das Luzes indiano. Celebrado uma vez por ano, as pessoas usam roupas novas, compartilham doces e tem muitas luzes – como o nome sugere – e fogos de artifício. É a celebração da destruição das forças do mal pela luz.

Mas, isso não impede os indianos de entrarem na celebração do Natal mais comercial em Dezembro, afinal de contas, é um evento global que se desvinculou muito da religião ao longo dos anos.

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Cavaleiro da Lua

Marc Spector era, até seu renascimento, judeu. Porém, depois de seu encontro com o Deus Khonshu, o Cavaleiro da Lua adotou uma crença mais voltada para a mitologia egípcia. Assim, se fosse comemorar algo da tradição no Natal, seria o nascimento/aparição de Hórus.

Hórus é filho de Ísis e Osíris, com seu nascimento não sendo muito específico, quando alguns estudos apontam diferentes datas para o mito. Porém, considerando a ideia do solstício, Hórus é um Deus solar, uma manifestação do poder do Sol, então, seu nascimento casar com a época em que a estrela está mais longe da Terra, quase uma infante, faz todo sentido.

O final de Dezembro também marca o nascimento de outros 5 deuses egípcios, entre eles o primeiro Hórus, que não é o filho de Isis. Então, de uma forma ou de outra, o final do calendário gregoriano traz datas importantes para a mitologia egípcia e marca celebrações similares às anteriores.

Inclusive, Khonshu tem algumas ligações com o segundo Hórus, sendo o Deus da Lua, então é uma possibilidade plausível que o Cavaleiro tire um pouco do seu tempo para uma celebração assim nessa época.

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Mulher-Gavião/Gavião Negro

Isso também vale para os maiores representantes da mitologia egípcia no Universo DC, a Mulher-Gavião e o Gavião Negro. Em sua primeira versão, antes da origem alienígena, Shiera Sanders Hall era a reencarnação da princesa egípcia Chay-Ara, enquanto Carter Hall era o avatar do seu amante, Príncipe Khufu. Os dois foram mortos no antigo Egito por uma adaga de Nth.

As propriedades do metal combinadas com o amor entre os dois causou seu múltiplo renascimento. Com memórias do antigo Egito, Shiera e Carter podem muito bem celebrar Hórus durante o mês de Dezembro.

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Punho de Ferro

Danny Rand, em toda sua filosofia oriental, é budista. Assim, o Punho de Ferro não comemora o Natal, pelo menos não da forma tradicional. Os budistas não acreditam na ideia de Jesus ser o filho de Deus, porém, veem sua passagem pela Terra como um exemplo de evolução e espiritualidade.

Assim, principalmente no ocidente, muitos budistas comemoram o Natal em sua forma mais globalizada, além de saudarem a ideia de paz e crescimento espiritual que a imagem de Jesus evoca. Danny pode sim usar um gorrinho de Papai Noel junto de sua máscara amarela.

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Kamala Khan

A nova Ms Marvel, Kamala Khan, é um exemplo de inclusão nos quadrinhos dos últimos anos, quando trata sobre a cultura islâmica pela perspectiva de uma garota, com descendência muçulmana, vivendo nos EUA.

No caso do Natal para a moça, sua religião não comemora o nascimento de Jesus. Os muçulmanos, na verdade, acreditam em sua existência e o veem como um profeta, mas não como o filho de deus. Algumas vertentes islâmicas respeitam e honram o feriado pela figura de Jesus, mas apenas por isso. Alguns mais liberais – e ocidentais – podem até embarcar nas tradições mais comerciais da data, mas as festividades param por aí.

Você comemora o Natal de alguma maneira diferente da cristã/comercial? Conhece algum outro herói com uma tradição distinta e que não foi listado? Não esqueça de comentar!

Feliz Natal!