Os 10 filmes de terror mais influentes de todos os tempos

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Os 10 filmes de terror mais influentes de todos os tempos

Por Gus Fiaux

Nos acompanhando desde os primórdios do cinema, o horror se tornou um dos gêneros mais populares da produção cinematográfica, seja pelo seu apelo com os públicos jovens à sua predileção por imagens chocantes e perturbadoras. Em mais de um século, filmes de monstros, vampiros, fantasmas e assassinos se tornaram uma parte indissociável da Sétima Arte.

E nesse meio-tempo, mais de uma centena de filmes foram produzidos, lançando luz nas maiores sombras da nossa mente, dos nossos medos e anseios. Filmes que marcaram não só o gênero em si, como também se tornaram referências dentro da cultura do cinema. Na lista de hoje, você confere os 10 filmes de terror mais influentes de todos os tempos!

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Nosferatu (1922)

Muito antes do horror se estabelecer como um gênero em Hollywood, vários países fizeram diferentes experimentos cinematográficos para retratar como o insólito, o grotesco e o medonho se manifestam. O expressionismo alemão, surgido na República de Weimar, nos ofereceu clássicos nesse sentido, e um dos filmes mais influentes de sua prolífica colaboração é Nosferatu.

Dirigido por F.W. Murnau e nitidamente baseado em Drácula (o que levou a uma grande batalha judicial com a viúva de Bram Stoker), o longa de 1922 influenciou diversos diretores do horror, seja pelo jogo brilhante de luz e sombras ou até mesmo pela caracterização do vampiro, que serviu de base para vários de nossos pesadelos cinematográficos.

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Frankenstein (1931)

A década de 30 foi muito importante para o desenvolvimento do horror nos Estados Unidos, em grande parte graças aos vários filmes de monstros feitos pela Universal Pictures, como Frankenstein, obra baseada no romance homônimo de Mary Shelley e dirigida por James Whale, que eternizou Boris Karloff no papel do monstro reanimado composto por cadáveres.

Embora sua trama se desvie bastante do livro original de Shelley, o filme é até hoje lembrado como um dos maiores clássicos do horror, sobretudo por lidar com o monstro de uma forma humanizada e trágica. Whale, homossexual no armário durante boa parte de sua vida, inseriu ao filme camadas de subtexto ao abordar uma criatura malvista e maltratada por toda a sociedade.

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Psicose (1960)

Alfred Hitchcock não ficou conhecido como o Mestre do Suspense à toa. Ao longo de sua prolífica carreira, com mais de cinquenta longas-metragens, o cineasta trouxe contribuições inestimáveis para a linguagem e a técnica do cinema. Um dos filmes mais reconhecidos de sua carreira é Psicose, de 1960, baseado no livro homônimo de Robert Bloch.

Uma aula completa na construção de tensão, no uso da trilha sonora e até na representação da violência para a época, o filme se tornou um dos mais bem-sucedidos da carreira de Hitchcock, gerando uma série de continuações e um legado cultural ímpar. Até hoje, vemos centenas de homenagens e tributos à famigerada cena do chuveiro, que deixou uma marca na cultura pop.

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O Bebê de Rosemary (1968)

Baseado no livro homônimo de Ira Levin e dirigido por Roman Polanski - em um de seus primeiros trabalhos nos Estados Unidos -, o clássico O Bebê de Rosemary até hoje arranca reações muito genuínas e extremas de seu público, ao narrar a história de uma mulher que se vê no centro de uma conspiração diabólica para trazer o filho do diabo ao mundo.

Antecedendo o Pânico Satânico que tomaria conta dos Estados Unidos lá pela década de 80, o filme é conhecido por seguir bem fielmente a trama do livro, sem grandes desvios ou mudanças. Além disso, é um exemplo espetacular de como as atuações são importantes na construção do horror, como no caso de Mia Farrow e Ruth Gordon, que são lembradas até hoje.

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O Exorcista (1973)

Considerado por muitos como "o filme mais assustador já feito", o lendário e atemporal O Exorcista, de 1978, é uma pérola que revela como a década de 70 foi chocante e provocativa para o cinema Hollywoodiano. Dirigido por William Friedkin e roteirizado por William Peter Blatty (que é o escritor do livro que deu origem ao filme), o longa causa muitas reações até hoje.

Um dos primeiros filmes de horror a entrar em peso no Oscar, o filme não só mostra a vida de uma menina sendo desgraçada por forças diabólicas, como também é um retrato sensível e sutil das inúmeras mudanças sociais dos EUA na época de 70, além de trazer uma discussão muito complexa sobre fé. Hoje, é quase impossível alguém não ter sido assombrado por Regan MacNeil.

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O Massacre da Serra Elétrica (1974)

Na década de 70, os Estados Unidos ainda estavam impactados com a Guerra do Vietnã, com centenas de soldados voltando para casa mortos ou inválidos - isso quando não aos pedaços. Essa crescente paranoia com a segurança e a paz logo serviriam como um terreno fértil para a concepção de O Massacre da Serra Elétrica, filme de 1974 dirigido por Tobe Hooper.

O longa acompanha um grupo de hippies viajando por estradas desertas no Texas, até que acabam caindo nas garras de Leatherface e sua degenerada família de canibais. O filme foi extremamente chocante para a época, mesmo não contendo grandes imagens de violência explícita, e logo abriria as portas para o subgênero que conheceríamos como slasher.

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Halloween: A Noite do Terror (1978)

Aliás, falando no slasher, o gênero em si só começaria "oficialmente" no ano de 1978, quando John Carpenter e Debra Hill se juntaram para criar a história de Halloween, clássico sobre um assassino mascarado que, após fugir da prisão em que estava contido, retorna para sua cidade natal, com um instinto assassino aguçado e nenhuma moral.

O longa logo se tornaria um pináculo no cinema de horror Hollywoodiano, e provaria aos estúdios e produtores que o gênero estava mais vivo que nunca, sobretudo entre o público mais jovem. Foi a partir do sucesso de Halloween que várias outras obras floresceram, como Sexta-Feira 13, Acampamento Sinistro e A Hora do Pesadelo.

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O Iluminado (1980)

Que Stephen King é um dos maiores autores de terror vivos, ninguém há de discordar. Porém, quando o escritor se uniu ao cineasta Stanley Kubrick, conhecido por sua maestria visual, para comandar uma adaptação de O Iluminado, muitos nem imaginavam que o resultado final poderia ser tão marcante e polêmico.

Renegado pelo próprio King (e pela crítica da época), o filme posteriormente ganhou força e se tornou um ícone visual próprio, de modo que até o padrão do tapete do Hotel Overlook é um símbolo muito reconhecido pelos fãs. Não só isso, o longa foi homenageado em diversas obras posteriores, desde a sequência Doutor Sono até a aventura Jogador Número Um.

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Pânico (1996)

Wes Craven é, sem sombra de dúvidas, um dos nomes mais importantes no desenvolvimento do horror em Hollywood. Na década de 70, ele surgiu no chocante Aniversário Macabro; nos anos 80, criou A Hora do Pesadelo e a sua rica mitologia. E em 1996, quando o slasher já era um tipo de filme nas últimas, ele revolucionou tudo com Pânico.

Cocriado pelo roteirista Kevin Williamson, o filme foi responsável por um completo renascimento no subgênero, agora abraçando o humor e os temas metarreferenciais como parte de sua logística. É possível dizer que Pânico não só foi o começo de uma nova franquia lendária no horror, como também deu uma sobrevida a um de seus estilos narrativos mais populares.

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A Bruxa de Blair (1999)

O ano era 1999 e o mundo passava por uma transformação completa, com o advento da internet e a chegada de um novo milênio. Foi nesse cenário que um grupo de amigos se reuniu para compor um projeto ousado: um filme em formato de documentário, sobre três pessoas que desaparecem na floresta ao procurar vestígios de uma lenda local.

A Bruxa de Blair foi influente por uma série de razões - desde o uso do found footage como uma estética própria à sua campanha de marketing, uma das mais bem-sucedidas na história do cinema de terror. Foi graças ao legado de A Bruxa de Blair que logo fomos saudados com uma nova era de filmes feito sob medida para o público virutal, representando anseios de uma sociedade cada vez mais tecnológica.