O primeiro filme, lançado em 2003, foi um sucesso inesperado de público e arrancou vários elogios da crítica. O mesmo não pode ser dito deste segundo filme, que não chega nem perto do original em nenhum quesito.

Nele, Willie (Billy Bob Thorton), o Papai Noel de shopping alcoolatra e mal-caráter, retoma sua parceria com o igualmente sem jeito Marcus (Tony Cox), com o objetivo de roubar uma instituição de caridade bem na noite de natal.

Com um monte de situações adultas mostradas só para chocar o público, o filme joga fora tudo o que funcionou no original, inclusive o (pouco) crescimento de seus personagens.

O primeiro Meu Papai é Noel é um clássico inconstestável, campeão de reprises nesta época do ano. O segundo se mantém divertido, mas é melhor passar batido pelo terceiro.

Nele, o Papai Noel Scott Calvin (Tim Allen) precisa lidar com dois grandes problemas na noite mais importante do ano para ele: agradar sua nova família e impedir que Jack Frost, interpretado por um afetadíssimo Martin Short, domine o natal.

E se o Papai Noel tivesse um irmão problemático e encrenqueiro? Essa é a premissa deste filme, que traz Vince Vaughn como Fred, o irmão invejoso do bom velhinho.

Se escondendo das autoridades no Polo Norte, Fred passa a ficar na casa de Nicholas, o Papai Noel, lhe arranjando mais um monte de problemas para lidar durante o feriado. Para uma comédia, é bem sem graça.

Jack Frost (Michael Keaton) é um homem de negócios viciado em trabalho e sem tempo para a própria família, que morre em um acidente de carro bem na noite de natal. Um ano depois, ele volta... na forma de um boneco de neve. Ele então tenta recuperar o tempo perdido com sua família.

Falando assim parece um belo conto de natal, mas o resultado final é mal executado e tem poucos momentos divertidos. Sem falar que no final, Jack morre de novo. Pronto, poupei vocês de irem atrás. De nada.

Adam Sandler em um longa-metragem animado com temática natalina? O que poderia dar errado? Aparentemente, tudo.

No filme, Sandler é Davey Stone, um zé ninguém que é preso no dia de natal após aprontar mais uma das suas. Condenado a prestar serviços comunitários, ele precisa ajudar uma equipe de basquete infantil, mas sua personalidade põe tudo a perder.

O longa é cheio de piadas escatológicas desnecessárias e nunca engata. Não é a toa que fracassou e caiu no esquecimento.

Parece título de filme pornô, a gente sabe. Mas na verdade é um filme natalino, cujo elenco tem atores muito amados pelo público, como Keanu Reeves, Drew Barrymore e Pat Morita, o sr. Miyagi de Karatê Kid. Não que isso salve o filme, é claro.

Ele conta a história de Lisa Piper (Drew Barrymore), que é transportada para a terra dos brinquedos e acaba se envolvendo em uma luta para impedir que o vilão Barnaby (Richard Mulligan) domine o lugar.

É como se fosse uma cópia de O Quebra-Nozes, só que com o orçamento de um episódio de Hermes e Renato.

Considerado o pior filme de natal já feito, Salvando o Natal mostra o ator Kirk Cameron (O Mike da série Growing Pains) interpretando ele mesmo enquanto tenta "salvar" o feriado, que ao seu ver se tornou uma data exclusivamente comercial (não que ele esteja totalmente errado nisso).

O filme então mostra Cameron falando incontáveis vezes sobre o quanto os ateus e o comércio estragaram o natal, repetindo aquele discurso que a sua tia chata faz todos os anos durante essa data. Ele bola um plano para fazer com que as pessoas lembrem do "verdadeiro significado" do natal, empurrando sua religião goela abaixo das pessoas.

Chato e preconceituoso, conseguiu a façanha de ter 0% de aprovação no Rotten Tomatoes, além de vários prêmios Framboesa de Ouro.

De tão ruim, esta animação de tornou lendária, ganhando ainda mais infâmia depois da internet.

A história mostra um grupo de crianças órfãs que sofrem nas mãos da diretora de seu orfanato, que gasta todo o dinheiro que deveria usar para melhorar a vida dos pequenos em jogos de azar. Após a chegada de uma nova assistente, as coisas começam a mudar para melhor.

A premissa tem toda cara de filme de natal, mas a animação pobre, a dublagem tosca e as situações absurdas, que culminam com o Papai Noel disparando um raio na vilã, põem tudo a perder.

Só existe uma palavra para definir esse especial de natal com as Tartarugas Ninja, lançado diretamente para o mercado de home video: Pavoroso.

Nele, as tartarugas precisam comprar um presente para o mestre Splinter, e fazem isso cantando raps natalinos com letras constrangedoras. Pronto, é isso.

A caracterização dos personagens, com cabeças enormes e bocas sempre abertas, é de dar pesadelos nas crianças mais novinhas, justamente o público alvo que o especial queria alcançar.

E finalmente, o peru da festa: o "episódio proibido" que tanto George Lucas quanto a Disney queriam que você esquecesse, o lendário Especial de Natal de Star Wars.

Misturando desenhos animados, atores dos filmes originais e apresentações musicais de artistas da época dos quais ninguém lembra mais, esse especial mostra os famosos personagens do filme de 1977 tentando se reunir para comemorar o "dia da vida" que é como se fosse o natal do universo de Star Wars.

Constrangimentos à parte, o especial tem lá seus méritos. Ele marcou a primeira aparição do mercenário Boba Fett, ainda que como desenho animado, e o "dia da vida" foi recentemente tornado canônico na saga durante a série The Mandalorian.