Embora tenha chocado audiências com suas cenas grotescas e incômodas, O Exorcista trazia em seu núcleo uma mensagem sobre a fé e sua ausência ao abordar o protagonista em uma espécie de crise existencial, indo além do horror da possessão pra propor um debate profundo.

Dirigido por John Carpenter, o filme Eles Vivem! não traz cenas chocantes ou sustos baratos, mas ainda assim conta com uma proposta assustadora mergulhada em crítica social: existe um mundo que não vemos no qual seres reptilianos controlam nossa sociedade, nos manipulando bem debaixo do nosso nariz.

Imerso em visuais lisérgicos, Videodrome é uma aventura densa que repulsa no mesmo nível que entretém, contando com diversos simbolismos pungentes sobre mídia e alienação imersos nas imagens escatológicas que apresenta.

Funcionando como um thriller que vai escalando cada vez mais até atingir uma atmosfera de horror, Distúrbio conta a história de uma mulher que acredita estar sendo perseguida por um homem, deixando a audiência provar do mistério acerca dela ser louca ou não.

O filme traz críticas pungentes ao sistema de saúde mental americano, demonstrando de maneira sórdida como o abuso nestes locais é facilitado, sendo um soco no estômago extra para a audiência.

Ambientado durante a Guerra das Cidades na capital do Irã, o Teerã, Sob a Sombra entrega uma narrativa angustiante que tece comentários sociopolíticos vívidos.

Na trama, acompanhamos uma mãe e filho que, durante uma temporada de bombardeios, precisam ainda lidar com um Djinn, uma entidade hedionda as assombrando.

Muitos já se debruçaram sob esta críptica obra de Stanley Kubrick para espremer o significado de cada frame imposto no filme. Embora a trama do longa possa parecer deveras linear - Homem cuida de hotel isolado com a família, homem enlouquece e tenta matar a família - existem múltiplas interpretações pertinentes acerca do conteúdo mais enigmático que recheia o filme.

Usando o horror para tratar de temas psicológicos, Babadook vai fundo em temas de maternidade e depressão, expondo uma possível situação de assombro como uma metáfora pungente para problemas psicológicos.

Clássico de Andrzej Żuławski, Possessão mostra o relacionamento de um espião internacional e sua esposa, enquanto ele passa pelas turbulências de um possível divórcio.

Utilizando diversas alegorias visuais para tratar do tema do matrimônio, o filme não se importa em mostrar imagens grotescas e sequências de horror intensas que hipnotizam a audiência ao mesmo nível em que repelem.

Embora George Romero seja conhecido por popularizar o gênero zumbi nos cinemas, o diretor tentava tecer críticas sociais gritantes através de sua narrativa de horror.

Racismo, violência policial entre outros pungentes estão presentes de maneira gritante em Noite dos Mortos-Vivos, elevando-o para muito mais do que apenas um filme de zumbi.

Por fim, temos Corra!, filme do ano passado sobre um jovem negro que vai conhecer os pais de sua namorada branca. As coisas tomam um rumo esquisito rapidamente, com a narrativa do diretor Jordan Peele mirando de forma afiada em formas variadas de racismo presente na alta-classe.

Hilário, agoniante e certeiro fazem com que Corra se torne um dos destaques recentes do gênero e mereça sua atenção não apenas pelos susto que proporciona, mas também pela mensagem que carrega.