10 filmes com ótimos efeitos que não são computação gráfica!

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10 filmes com ótimos efeitos que não são computação gráfica!

Por Márcio Jangarélli

A ideia de efeito prático, desde criar réplicas miniaturas ou em tamanho real de veículos, robôs, construções, etc, até explosões reais e tomadas diferenciadas de câmeras estão ganhando popularidade de novo nos blockbusters, depois do sucesso de público e crítica de filmes como Star Wars: O Despertar da Força e Mad Max: Estrada da Fúria. Para celebrar essa maneira incrível de se fazer filmes, escolhemos 10 filmes com efeitos práticos incríveis! Não consideramos filmes de terror na escolha, esses ficam para uma lista própria lotada de banhos de sangue. Se você acha que faltou algum, deixa aí nos comentários.

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O Senhor dos Anéis

Peter Jackson pode ser muito criticado, hoje, por conta dos resultados da adaptação de O Hobbit, mas a trilogia O Senhor dos Anéis é incrível, principalmente quando se trata de efeitos.

O maior trunfo dos efeitos práticos do filme, além das maquiagens e construções, é a exploração de uma perspectiva falsa para emular o tamanho dos hobbits perto dos outros personagens. Utilizando diferentes ângulos, distâncias e objetos construídos em tamanhos diferentes, os filmes são, em partes, construídos com base em uma ilusão de ótica.

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Star Wars

Um dos acertos de *J.J. Abrams no novo Star Wars foi a retomada dos efeitos práticos que deram vida à primeira trilogia. Uma Nova Esperança, O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi foram feitos, em grande parte, por efeitos práticos, naves, construções e veículos feitos em miniaturas, proporções falsas e enquadramentos certeiros, sendo um dos maiores filmes para se exemplificar esse tipo de produção.

George Lucas marcou o cinema nos anos 80, mas na trilogia do prelúdio, dos anos 2000, apostou muito no CGI, o que tornou o filme menos palpável, mais irreal e lotado de críticas.

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Tubarão

Tubarão, de Steven Spielberg, merece entrar na lista não só pelo tubarão mecânico gigante que serve como o grande monstro do filme, mas pelas formas que usaram para contornar os problemas quando Bruce pifou.

Toda a tensão construída e o mistério em cima do tubarão, com tomadas de câmera certeira e grande auxílio da trilha sonora, que tornaram o filme icônico, são saídas da produção para o robô defeituoso. Nada melhor que um efeito prático defeituoso para testar as outras práticas em seu limite.

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A Origem

A Origem, um dos filmes mais megalomaníacos do diretor Cristopher Nolan, se destaca um pouco entre os outro por já estar inserido em um mundo imerso no CGI. Não que o filme não se utilize da computação gráfica, pois ela está em toda a parte, porém, Nolan é um perfeccionista, pelo menos no visual, e adepto, até onde consegue, dos efeitos práticos.

No caso, temos várias referências aos efeitos de filmes antigos, inclusive, a cena icônica no corredor, onde utilizam um corredor girando real para criar a sequência.

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Mad Max

Mad Max: Estrada da Fúria, por mais que tenha sido um sucesso de críticas e satisfatório em público, gerou muitos problemas para o estúdio por conta do perfeccionismo de George Miller em sua criação.

O filme sofreu atrasos, cenas refeitas e muito, muito efeito prático, de explosões às coreografias nos mastros para troca de carros. Muita destruição, muita perseguição real e muito CGI também, que casou perfeitamente com as cenas reais e a saturação alta do filme. Assim como Star Wars, o longa venceu em 2015 por trazer de volta a velha maneira de fazer cinema, mesmo que tenha custado um pouco a mais por isso.

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2001: Uma Odisseia no Espaço

A Odisseia no Espaço de Kubrick é um marco no cinema pelo conjunto da obra; a história, a fotografia, os efeitos, a pretensão. É em 2001 que muitos diretores vão buscar seus referenciais para efeitos práticos, como exemplo Nolan e o corredor giratório, comparada com a clássica cena do astronauta correndo em baixa gravidade, que nada mais era que uma roda de hamster gigante, construída detalhadamente para dar a visão precisa.

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Alien

Ridley Scott e seu 8º Passageiro são exemplos no suspense, não só espacial, mas no geral do gênero. Mesmo que a construção do filme seja bem parecida com a de Tubarão, escondendo o Alien o máximo possível, apostando mais na tensão criada pela trilha sonora, aliada a tomadas brincando com a iluminação e o ambiente, quando se foca nos efeitos do filme, principalmente os práticos, o longa é 10/10. Nunca podemos esquecer de citar, em listas assim, a clássica cena do nascimento do Alien, que beira o gore, e é um clássico no cinema.

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Apollo 13

Falando em espaço, um dos bastidores mais impressionantes do cinema fica por conta de Apollo 13, de Ron Howard, e sua simulação de gravidade 0. No lugar de fazer o convencional com cabos e computação gráfica, o diretor, a primeiro momento, experimentou a sensação real da falta de gravidade, a bordo do avião KC-134 da NASA, que era utilizado no treinamento de astronautas. O avião voava até quase 11 mil metros de altura e, então, entrava em queda livre, o que simulava a falta de gravidade.

Após a experiência, o diretor quis montar um set dentro do KC-134 para filmar os atores em gravidade 0 do jeito mais prático possível. A NASA autorizou e, como a sensação dura cerca de 25 segundos, algumas cenas foram gravadas e juntadas para gerar o material final. Mais prático que isso, impossível.

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Independence Day

Ainda ligado ao assunto espaço, a invasão alienígena de Roland Emmerich, Independence Day, rendeu cenas icônicas ao cinema e bastidores impressionantes. Além da miniatura da Casa Branca que foi construída apenas para explodir, logo depois, as cenas do fogo invadindo as ruas foram feitas em um cenário vertical, criando a ideia de invasão das chamas. Isso tudo além das miniaturas de naves e cenários feitos.

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127 Horas

Pra fechar, um dos efeitos práticos mais agoniantes do cinema está em 127 Horas. De Danny Boyle e protagonizado por James Franco, o filme biográfico sobre a história do alpinista Aron Ralston, que ficou preso em uma pedra em uma de suas expedições, precisava ser o mais realista possível para a sequência final, onde Franco decepa seu próprio braço para conseguir escapar. A cena foi feita com uma prótese especial, criada para emular os sons e a textura das fraturas nas filmagens. Funcionou.