A primeira aparição da personagem aconteceu em Mortal Kombat 3, o jogo que realmente expandiu a quantidade de personagens da franquia. Sheeva depois de uma grande campanha dos fãs para que Goro fosse um personagem jogável, surgindo assim a “versão feminina” do vilão que podia ser controlada por jogadores.

Desde então ela apareceu como jogável em Mortal Kombat: Trilogy, Mortal Kombat Advance, Mortal Kombat: Deception (apenas na história), Mortal Kombat: Armageddon, Mortal Kombat 9 e nos quadrinhos de Mortal Kombat X.

Baseada no Deus da destruição Hindu Shiva, uma divindade esguia de quatro braços. A personagem chegou ao jogo depois de uma campanha dos fãs, sendo chamada de “She-Goro” no início do desenvolvimento e, posteriormente, adotando um nome parecido com o da divindade que inspirou sua criação.

Até o momento ela é a única mulher do jogo a ser considerada uma “Sub-Boss” (aquela que aparece antes do chefão final da torre de combate), assumindo esse cargo sempre que uma lutadora fosse selecionada nesse modo de jogo em “Mortal Kombat: Armageddon”.

Sendo uma Shokan, a raça híbrida entre humanos e dragões, tal qual Goro e Kintaro, assim sendo Sheeva também possui quatro braços poderosos, excelente força física e agilidade, conseguindo pular sobre seus inimigos e causar uma grande quantidade de dano.

Assim como os outros Shokan, Sheeva pode lançar bolas de fogo em seus oponentes, mas fica claro que ela é superior nessa habilidade, causando muito mais dano que Goro ou Kintaro.

Quando Shao Kahn ressuscitou Sindel, ele escolheu Sheeva especialmente para ser a guarda-costas da Rainha Edeniana. O cargo era uma grande honra e a guerreira aceitou de prontidão, apenas para descobrir que o Imperador também havia contratado o centauro Motaro para liderar os Esquadrões de Exterminação em batalha.

Centauros e Shokans eram raças em conflito eterno, o que fez com que Sheeva considerasse a contratação do guerreiro como um insulto pessoal. Mesmo assim, ela ainda protegeu Sindel durante a invasão à Terra, contudo, sua força bruta não foi o bastante para parar Kitana e Jade que a derrotaram e conseguiram libertar Sindel do feitiço de Shao Khan.

Envergonhada por ter fracassado, Sheeva retorna para Outworld, apenas para descobrir que Shao Kahn traiu os Shokan, iniciando uma guerra contra a raça de guerreiros. Ela entra na guerra contra as forças do imperador, mesmo sabendo que existem poucas chances de sobreviver ao confronto. Felizmente para seu povo, Shao Kahn foi derrotado pelos heróis da Terra.

Carregada com seu ódio, ela decide se vingar do seu inimigo Motaro e Shao Kahn. Fazendo uma aliança com Kano, ela ataca o centauro com brutalidade. Depois de acreditar que ele estava morto (o que não era realmente o caso), Sheeva parte para um ataque surpresa contra Shao Kahn, apenas para ser traída por Kano, que anuncia o plano da Shokan ao Imperador, que sem a menor piedade apunhala a guerreira com sua espada diversas vezes.

De alguma forma, Sheeva conseguiu sobreviver ao ataque do imperador. Em Armageddon ela aparece como uma suposta ilusão, junto de uma legião de demônios que contesta o reinado do Deus Caído Shinnok, em um teste para Taven.

Durante a abertura do jogo, vemos a Sheeva verdadeira enfrentando sozinha Bo’Rai Cho, Cyrax, Nightwolf e Ermac, sendo morta logo em seguida por Kenshi. Ao vencer o modo história, ela se torna uma Deusa da Destruição, destruindo tudo que ela não gostava nos reinos e os recriando da forma que ela desejava.

A história de Sheeva é praticamente a mesma em Mk 9. Ela continua sendo a guarda-costas e a carcereira oficial de Shao Kahn, totalmente fiel ao Imperador. Ela aprisiona tanto Sonya quanto Kitana ao longo dos torneios e é derrotada diversas vezes ao longo dos jogo.

Durante a Invasão na Terra, Sheeva é uma das generais de Shao Kahn, comandando o ataque à Terra, encontrando seu final no modo história pelas mãos de Kabal que a derrota - mas não a mata - em combate.

Ainda que não apareça no jogo, nos quadrinhos sobre Mortal Kombat X, Sheeva e os outros Shokan possuem um papel importante na história dos quadrinhos. Ela é coroada a Rainha do seu povo e realmente se mostra preocupada com o bem estar de sua raça, não querendo perder nenhum guerreiro na disputa de Kotal Kahn e Mileena - mesmo apoiando Mileena.

Ao longo da trama, fica claro que Sheeva está cansada de ver sangue Shokan sendo derramado, lamentando cada uma das suas mortes e se mostrando uma líder justa e inteligente, pacífica até. Quando Kintaro morre nas mãos de Sonya (que estava possuída) ela lamenta a morte dele, deixando subentendido que os dois possuiam um relacionamento.

A história em quadrinhos, no entanto, não é a primeira vez que é mencionado que Sheeva se tornou a rainha e líder do seu povo. No final não canônico de Mortal Kombat 9, ela se preocupa com o destino dos Shokans após a morte de Shao Kahn, temendo que sua raça seja caçada e morta como forma de retaliação.

Depois de apelar para Raiden e os outros Deuses Antigos, eles compreendem o temor da guerreira, e concededem misericórdia aos Shokans, transportando todos eles para Austrália, onde Sheeva criou um reino de harmonioso e seguro.

Em Mortal Kombat: Aniquilação, Sheeva aparece como um dos lacaios de Shao Kahn sendo interpretada pela atriz norte-americana Marjean Holden. Ainda que no longa sua participação seja pequena, o roteiro previa uma longa luta entre a guerreira com Raiden, algo que acabou sendo descartado durante as filmagens, com Sheeva morrendo de forma tosca ao ser atingida por uma gaiola.

Em uma entrevista sobre o filme a atriz se mostrou bem descontente com o final da lutadora: Ali estava uma personagem, que era uma das mais populares no jogo… e eles mataram ela sem nem usar uma grande luta! Isso é algo que não me deixou feliz. Uma das razões pelas quais eu quis o papel, era o fato de que haviam lutas incríveis no filme para minha personagem, e eles cortaram todas elas.”